Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Comitê ficará fora dos Diálogos para Desenvolvimento Sustentável

Data: 03/05/2012 01:41
Por Por Redação TN/Agência Brasil
O Comitê Facilitador da Sociedade Civil na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) descartou o convite formulado pelo governo federal para participação nos Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável (DDS), que serão promovidos durante o encontro. Em nota divulgada ontem (2/5), no Rio de Janeiro, o comitê esclareceu que sempre foi uma característica das redes de organizações e movimentos que preparam a Cúpula dos Povos, que ocorrerá paralelamente à Rio+20, a “abertura de espaços de participação e diálogo visando a conquista de políticas públicas que façam avançar a democratização no âmbito dos Estados, a justiça social e ambiental e a distribuição da renda e riqueza”.
O Comitê Facilitador considera que o método estabelecido pelos DDS “não recolhe esta dinâmica de diálogo que temos tentado fazer avançar”. De acordo com avaliação das redes que integram o comitê, a proposta do governo “foi estabelecida de cima para baixo”.Os movimentos sociais denunciam que o governo brasileiro definiu previamente os temas que serão abordados, bem como os participantes e facilitadores. A nota diz que essa atitude indica, “de forma inequívoca, que os diálogos e seus resultados serão controlados pelo governo”.
O comitê sinaliza, ainda, que a definição de três recomendações por tema, que seriam escolhidos de “forma fechada”, eliminará a possibilidade de que as redes possam influenciar no processo de decisão e reafirmou que pretende tornar a Cúpula dos Povos por Justiça Social e Ambiental em um espaço autônomo, onde serão efetuadas análises críticas sobre a conferência oficial e suas propostas.
A intenção é divulgar para a sociedade, de maneira abrangente, as visões das redes e movimentos sobre os variados temas que serão debatidos na Rio+20, utilizando todos os meios de comunicação disponíveis.“Esperamos assim que as vozes e propostas dos povos que estarão representados na Cúpula dos Povos possam ser ouvidas pela sociedade e pelos chefes de Estado presentes na Rio+20”, afiança a nota de esclarecimento.

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