Grupo japonês deve anunciar na próxima semana construção de parque para gerar energia a partir do vento no litoral norte gaúcho
Perto de Rio Grande, torres sobem no parque do Santander, que terá na vizinhança projeto da Odebrecht Foto: Lauro Alves / Agencia RBS
Depois de anunciar, em fevereiro, que instalará aerogeradores para suprir parte da energia consumida por uma fábrica nos EUA, a Honda prepara iniciativa semelhante no Brasil. Na próxima semana, na Capital, o grupo japonês vai oficializar a construção de um parque eólico no litoral norte gaúcho.
O projeto da Honda segue o conceito de autoprodução. A energia gerada pelo parque eólico será injetada no sistema interligado nacional e a empresa poderá utilizar um volume equivalente em sua fábrica de automóveis no município paulista de Sumaré. Assim, não precisa passar por leilão, como a maioria dos projetos do gênero. A usina eólica da Honda ainda é cercada de mistérios, após mais de um ano de negociações com o governo gaúcho para ganhar a confiança dos negociadores orientais e garantir o empreendimento.
Embora tenha uma natureza diferente da maioria dos projetos já desenvolvidos no Estado, o parque da Honda deve ter pequeno porte. A potência seria de cerca de 20 megawatts (MW), com investimento em torno de R$ 100 milhões.
– A autoprodução depende do segmento da empresa. Produzir a própria energia é como uma verticalização. É um bom negócio, mas com a desoneração promovida pelo governo federal a energia do mercado cativo ficou mais barata – analisa Ricardo Rosito, presidente do Sindicato das Empresas de Energia Eólica no Rio Grande do Sul.
Mercado cativo é aquele que abastece as casas e pequenas e microempresas e só pode ser atendido por uma mesma distribuidora de energia. Existe outro, chamado de mercado livre, no qual grandes consumidores, como indústrias, têm liberdade para comprar de diferentes geradores.
Segundo maior produtor de energia eólica no país, superado apenas pelo Ceará, o Rio Grande do Sul tem hoje 15 parques em operação, que somam capacidade de 460 MW. Com base nos empreendimentos que já passaram por leilões, a potência instalada deve chegar a 1,4 mil MW até janeiro de 2017.
Dois empreedimentos em construção na Zona Sul
Com cerca de 40 parques eólicos para entrar em operação nos próximos cinco anos, a participação eólica na matriz energética do Estado deve mais do que dobrar, chegando a 10% do total produzido no Rio Grande do Sul. A expansão eólica no Estado, que começou com três parques em Osório, aos poucos se espalha do Litoral à Fronteira Oeste e alcança a Metade Sul.
Apenas em Rio Grande, dois parques estão em construção, ambos ligados a grandes grupos até há pouco sem identificação com o setor elétrico. Um deles é o Complexo Eólico Corredor do Senandes, do grupo Odebrecht, com investimento de R$ 400 milhões e previsão de início de geração no final de 2013.
No grupo, a novidade é a intenção de vender a energia gerada antes do prazo contratado com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no mercado livre. A capacidade instalada prevista é de 108 megawatts, e a primeira torre começa a ser levantada.
Quase ao lado, em fase até mais avançada – as torres começam a aparecer na paisagem –, está o parque do banco Santander, com capacidade instalada de 64 MW e com conclusão prevista para o final deste ano.
Cata-ventos em altaEnergia eólica no Estado:
Geração atual: 460 MW
Parques operando: 15
Geração até janeiro de 2017: 1.418 MW
Entram em operação até 2017: 40
Participação da eólica
4,5% da matriz energética do Estado
A previsão é que, em quatro anos, o percentual chegue a 10%
Vice-líder
O Rio Grande do Sul é o segundo em geração eólica no país, atrás apenas do Ceará
Parques com início da operação previsto entre início de 2013 e 2017 no Estado, em megawatts (MW)
OsórioFazenda Rosário 2: 20
Osório 3: 26
Parque Eólico dos Índios: 28
Índios 3: 22
Palmares do SulAtlântica 1,2,4 e 5: 120
Força 1,2 e 3: 72
Granja Vargas 1: 28
Rio GrandeREB Cassino 1,2 e 3: 69
Corredor do Senandes 2,3 e 4: 75,6
Vento Aragano 1: 28,8
S. do LivramentoIbirapuitã1: 24
Cerro Chato 4,5 e 6: 46
Cerro dos Trindade: 8
Santa Vitória do PalmarVerace 1 a 10: 258
ChuíChuí 1,2,4 e 5: 98
Minuano 1 e 2: 46
ViamãoPontal 3B: 25,6
Pontal 2B: 10,8
O projeto da Honda segue o conceito de autoprodução. A energia gerada pelo parque eólico será injetada no sistema interligado nacional e a empresa poderá utilizar um volume equivalente em sua fábrica de automóveis no município paulista de Sumaré. Assim, não precisa passar por leilão, como a maioria dos projetos do gênero. A usina eólica da Honda ainda é cercada de mistérios, após mais de um ano de negociações com o governo gaúcho para ganhar a confiança dos negociadores orientais e garantir o empreendimento.
Embora tenha uma natureza diferente da maioria dos projetos já desenvolvidos no Estado, o parque da Honda deve ter pequeno porte. A potência seria de cerca de 20 megawatts (MW), com investimento em torno de R$ 100 milhões.
– A autoprodução depende do segmento da empresa. Produzir a própria energia é como uma verticalização. É um bom negócio, mas com a desoneração promovida pelo governo federal a energia do mercado cativo ficou mais barata – analisa Ricardo Rosito, presidente do Sindicato das Empresas de Energia Eólica no Rio Grande do Sul.
Mercado cativo é aquele que abastece as casas e pequenas e microempresas e só pode ser atendido por uma mesma distribuidora de energia. Existe outro, chamado de mercado livre, no qual grandes consumidores, como indústrias, têm liberdade para comprar de diferentes geradores.
Segundo maior produtor de energia eólica no país, superado apenas pelo Ceará, o Rio Grande do Sul tem hoje 15 parques em operação, que somam capacidade de 460 MW. Com base nos empreendimentos que já passaram por leilões, a potência instalada deve chegar a 1,4 mil MW até janeiro de 2017.
Dois empreedimentos em construção na Zona Sul
Com cerca de 40 parques eólicos para entrar em operação nos próximos cinco anos, a participação eólica na matriz energética do Estado deve mais do que dobrar, chegando a 10% do total produzido no Rio Grande do Sul. A expansão eólica no Estado, que começou com três parques em Osório, aos poucos se espalha do Litoral à Fronteira Oeste e alcança a Metade Sul.
Apenas em Rio Grande, dois parques estão em construção, ambos ligados a grandes grupos até há pouco sem identificação com o setor elétrico. Um deles é o Complexo Eólico Corredor do Senandes, do grupo Odebrecht, com investimento de R$ 400 milhões e previsão de início de geração no final de 2013.
No grupo, a novidade é a intenção de vender a energia gerada antes do prazo contratado com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no mercado livre. A capacidade instalada prevista é de 108 megawatts, e a primeira torre começa a ser levantada.
Quase ao lado, em fase até mais avançada – as torres começam a aparecer na paisagem –, está o parque do banco Santander, com capacidade instalada de 64 MW e com conclusão prevista para o final deste ano.
Cata-ventos em altaEnergia eólica no Estado:
Geração atual: 460 MW
Parques operando: 15
Geração até janeiro de 2017: 1.418 MW
Entram em operação até 2017: 40
Participação da eólica
4,5% da matriz energética do Estado
A previsão é que, em quatro anos, o percentual chegue a 10%
Vice-líder
O Rio Grande do Sul é o segundo em geração eólica no país, atrás apenas do Ceará
Parques com início da operação previsto entre início de 2013 e 2017 no Estado, em megawatts (MW)
OsórioFazenda Rosário 2: 20
Osório 3: 26
Parque Eólico dos Índios: 28
Índios 3: 22
Palmares do SulAtlântica 1,2,4 e 5: 120
Força 1,2 e 3: 72
Granja Vargas 1: 28
Rio GrandeREB Cassino 1,2 e 3: 69
Corredor do Senandes 2,3 e 4: 75,6
Vento Aragano 1: 28,8
S. do LivramentoIbirapuitã1: 24
Cerro Chato 4,5 e 6: 46
Cerro dos Trindade: 8
Santa Vitória do PalmarVerace 1 a 10: 258
ChuíChuí 1,2,4 e 5: 98
Minuano 1 e 2: 46
ViamãoPontal 3B: 25,6
Pontal 2B: 10,8
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