29/02/2012 - Autor: Jéssica Lipinski - Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Mongabay/Daily News
Iniciativas de conservação florestal na Tanzânia são acusadas de terem desviado US$ 85 mil, dinheiro que terá que ser reembolsado; crime não deve interromper financiamento norueguês a outros programas de REDD
Nesta terça-feira (28), a Noruega anunciou que suspendeu o financiamento de dois projetos de REDD na Tanzânia, que em dezembro de 2011 haviam sido acusados de desfalque pelo WWF. A própria ONG é responsável pela administração dos fundos dos projetos, que já haviam recebido juntos US$ 4 milhões.
O primeiro programa, Fortalecimento da Capacidade de Organizações Ambientalistas da Sociedade Civil, foi assinado em abril de 2008 e era estimado em US$ 4,5 milhões, sendo que já havia arrecadado US$ 3,5 milhões do governo norueguês. O segundo, Reforçando a Capacidade da Tanzânia para Entregar em Curto e Longo Prazo Dados sobre Estoques de Carbono Florestal, foi firmado em dezembro de 2010 e havia recebido US$ 500 mil dos US$ 2,5 milhões.
“A embaixada foi informada da suspeita de má gestão financeira no último ano e pretendemos conduzir uma investigação. Suspendemos todos os desembolsos para os dois projetos”, comentou Simon Milledge, assessor da embaixada norueguesa, ao Daily News.
“Dois programas foram suspensos, rescindimos a contratação de oito funcionários e um pediu demissão depois que a evidência de fraude foi confirmada”, confirmou Kimunya Mugo Munya, diretor de comunicação e marca do WWF-África Ocidental e Austral.
Estima-se que US$ 85 mil tenham sido desviados das iniciativas, dinheiro que o governo norueguês quer ver reembolsado. Um relatório da firma de consultoria Ernst & Young, que foi convidada para investigar o caso, deve estabelecer exatamente quanto de fundos foi desviado.
“O WWF pediu que a Ernst & Young conduzisse uma investigação independente dessas irregularidades e a embaixada está aguardando o recebimento do relatório antes de tomar quaisquer decisões, de acordo com nossa política de tolerância zero à corrupção”, observou IngerNæss, secretária da embaixada norueguesa, ao site Mongabay.
Além da Ernst & Young, o WWF também está realizando suas próprias investigações. “Tivemos um problema com fraude em dois programas na Tanzânia e quando constatamos embasamento para agir houve uma resposta firme. Acreditamos que isso é o que devemos a nossos funcionários, doadores e apoiadores honestos e comprometidos. Continuamos a investigar e criamos uma equipe de gestão provisória”, disse Phil Dickie, do WWF-Internacional.
Apesar do ocorrido, o governo norueguês ressaltou que continuará apoiando e financiando projetos de REDD tanto na Tanzânia quanto em outros países. “A Noruega está comprometida em assistir países como a Tanzânia a se prepararem para um futuro mecanismo internacional de REDD+ e espera que todos os seus parceiros demonstrem bons níveis de governança na gestão de programas/projetos”, afirmou Inger.
“Embora esse tipo de incidente seja lamentável, isso não deve impedir que muitas outras iniciativas valiosas de progresso para o benefício geral da Tanzânia e dos tanzanianos. Por isso, continuaremos a apoiar não apenas a Tanzânia, mas também esforços globais para combater as mudanças climáticas”, concluiu a secretária.
O primeiro programa, Fortalecimento da Capacidade de Organizações Ambientalistas da Sociedade Civil, foi assinado em abril de 2008 e era estimado em US$ 4,5 milhões, sendo que já havia arrecadado US$ 3,5 milhões do governo norueguês. O segundo, Reforçando a Capacidade da Tanzânia para Entregar em Curto e Longo Prazo Dados sobre Estoques de Carbono Florestal, foi firmado em dezembro de 2010 e havia recebido US$ 500 mil dos US$ 2,5 milhões.
“A embaixada foi informada da suspeita de má gestão financeira no último ano e pretendemos conduzir uma investigação. Suspendemos todos os desembolsos para os dois projetos”, comentou Simon Milledge, assessor da embaixada norueguesa, ao Daily News.
“Dois programas foram suspensos, rescindimos a contratação de oito funcionários e um pediu demissão depois que a evidência de fraude foi confirmada”, confirmou Kimunya Mugo Munya, diretor de comunicação e marca do WWF-África Ocidental e Austral.
Estima-se que US$ 85 mil tenham sido desviados das iniciativas, dinheiro que o governo norueguês quer ver reembolsado. Um relatório da firma de consultoria Ernst & Young, que foi convidada para investigar o caso, deve estabelecer exatamente quanto de fundos foi desviado.
“O WWF pediu que a Ernst & Young conduzisse uma investigação independente dessas irregularidades e a embaixada está aguardando o recebimento do relatório antes de tomar quaisquer decisões, de acordo com nossa política de tolerância zero à corrupção”, observou IngerNæss, secretária da embaixada norueguesa, ao site Mongabay.
Além da Ernst & Young, o WWF também está realizando suas próprias investigações. “Tivemos um problema com fraude em dois programas na Tanzânia e quando constatamos embasamento para agir houve uma resposta firme. Acreditamos que isso é o que devemos a nossos funcionários, doadores e apoiadores honestos e comprometidos. Continuamos a investigar e criamos uma equipe de gestão provisória”, disse Phil Dickie, do WWF-Internacional.
Apesar do ocorrido, o governo norueguês ressaltou que continuará apoiando e financiando projetos de REDD tanto na Tanzânia quanto em outros países. “A Noruega está comprometida em assistir países como a Tanzânia a se prepararem para um futuro mecanismo internacional de REDD+ e espera que todos os seus parceiros demonstrem bons níveis de governança na gestão de programas/projetos”, afirmou Inger.
“Embora esse tipo de incidente seja lamentável, isso não deve impedir que muitas outras iniciativas valiosas de progresso para o benefício geral da Tanzânia e dos tanzanianos. Por isso, continuaremos a apoiar não apenas a Tanzânia, mas também esforços globais para combater as mudanças climáticas”, concluiu a secretária.
Crédito da Imagem: Fanny Schertzer/Wikimedia Commons
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