Este filme apresenta os diferentes tipos de fontes de energia dsiponíveis em países da União Européia. A maioria deles está em uso , com maior ou menor intensidade. A UE almeja que sua matriz energética possua 20% de energia renovável.
Na Alemanha, energia renovavel já responde por mais de 20% de toda a energia gerada. Lá energia eólica tem se desenvolvido bem.
Mas de modo geral a UE ainda é muito dependende dos combustiveis fósseis. Quando há um inverno intenso usa-se muito carvão e óleo para gerar aquecimento nas residencias e edificos comerciais; quando o verão é intenso usa-se os mesmos combustiveis para gerar resfriamento. Com o preço do petróleo alto há uma redução do consumo, mas hoje com o barril a 40 US$, barato portanto, o consumo está nas alturas.Também estão as emissões de GEE e o Aquecimento Global.
Carta da Terra
"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)
União Européia: Até o Ano de 2020 , 20% de sua energia será de Fontes Renováveis
Fazenda Solar Esbarra em Uso Intensivo de Água.
No noroeste dos EUA, um grande projeto para geração de energia foi instalado pela empresa alemã Solar Millenium.Trata-se de uma Fazenda Solar.
No entanto,há um grande paradoxo. Embora a energia gerada seja limpa e renovável, para sua produção são consumidas gigantescas quantidades de água, utilizadas no processo de refigeração dos equipamentos.
A tecnologia para resfriamento da planta de produção adotada pelo empreendimento consome 20% de todo o recurso Água disponivel na região. Os pequenos fazendeiros locais vêem a oportunidade de venderem a água de seus poços e assim garantirem uma aposentadoria segura.
Tal procedimento atinge diretamente a produção regional de alimentos, pois a água não será mais direcionada à agricultura, limitando assim a produção local.
Considerando este comportamento ocorrendo em larga escala torna-se possivel visualizar o cenário provável de um futuro onde o recurso água será cada vez menos disponível (pelo consumo humano), ou utilizado na produção de energia , por exemplo. A população e a demanda por alimentos crescerão em paralelo. Hoje somos 6,5 bilhões,em 2010 seremos 9,5 bilhões de pessoas no mundo. Estudos apontam que já em 2015 haverão 3 bilhões de pessoas sem acesso á agua tratada no mundo (ONU).
Os fazendeiros da região dizem: "plantaremos Kilowatts ao invés de Alfafa".
Este é um cenario não tão distante do nosso. O Brasil incentiva e investe fortemente na produção de energia renovável, seja a partir da cana de açucar, seja de outras espécies vegetais, mas todas demandam água no seu cultivo e processamento.
Este artigo, nos remete à algumas reflexões interessante sobre o comportamento de pessoas, as quais vêem uma forma simples de garantir o seu futuro e; como uma tecnologia tida como "renovável e limpa" incide diretamente sobre os recursos naturais do planeta, o que nos alerta para o fato de que hoje mais do que nunca é necessária uma atenção especial quanto às externalidades das novas formas de produção. Inclusive as de energia renovável.
Laércio Bruno Filho.
Alternative Energy Projects Stumble on a Need for Water
By TODD WOODY, NY Times,sept-30.
AMARGOSA VALLEY, Nev. — In a rural corner of Nevada reeling from the recession, a bit of salvation seemed to arrive last year. A German developer, Solar Millennium, announced plans to build two large solar farms here that would harness the sun to generate electricity, creating hundreds of jobs.
But then things got messy. The company revealed that its preferred method of cooling the power plants would consume 1.3 billion gallons of water a year, about 20 percent of this desert valley’s available water.
Now Solar Millennium finds itself in the midst of a new-age version of a Western water war. The public is divided, pitting some people who hope to make money selling water rights to the company against others concerned about the project’s impact on the community and the environment.
“I’m worried about my well and the wells of my neighbors,” George Tucker, a retired chemical engineer, said on a blazing afternoon.
Here is an inconvenient truth about renewable energy: It can sometimes demand a huge amount of water. Many of the proposed solutions to the nation’s energy problems, from certain types of solar farms to biofuel refineries to cleaner coal plants, could consume billions of gallons of water every year(...)
Leia este artigo completo acessando o link:
http://www.nytimes.com/2009/09/30/business/energy-environment/30water.html?_r=1&hpw
No entanto,há um grande paradoxo. Embora a energia gerada seja limpa e renovável, para sua produção são consumidas gigantescas quantidades de água, utilizadas no processo de refigeração dos equipamentos.
A tecnologia para resfriamento da planta de produção adotada pelo empreendimento consome 20% de todo o recurso Água disponivel na região. Os pequenos fazendeiros locais vêem a oportunidade de venderem a água de seus poços e assim garantirem uma aposentadoria segura.
Tal procedimento atinge diretamente a produção regional de alimentos, pois a água não será mais direcionada à agricultura, limitando assim a produção local.
Considerando este comportamento ocorrendo em larga escala torna-se possivel visualizar o cenário provável de um futuro onde o recurso água será cada vez menos disponível (pelo consumo humano), ou utilizado na produção de energia , por exemplo. A população e a demanda por alimentos crescerão em paralelo. Hoje somos 6,5 bilhões,em 2010 seremos 9,5 bilhões de pessoas no mundo. Estudos apontam que já em 2015 haverão 3 bilhões de pessoas sem acesso á agua tratada no mundo (ONU).
Os fazendeiros da região dizem: "plantaremos Kilowatts ao invés de Alfafa".
Este é um cenario não tão distante do nosso. O Brasil incentiva e investe fortemente na produção de energia renovável, seja a partir da cana de açucar, seja de outras espécies vegetais, mas todas demandam água no seu cultivo e processamento.
Este artigo, nos remete à algumas reflexões interessante sobre o comportamento de pessoas, as quais vêem uma forma simples de garantir o seu futuro e; como uma tecnologia tida como "renovável e limpa" incide diretamente sobre os recursos naturais do planeta, o que nos alerta para o fato de que hoje mais do que nunca é necessária uma atenção especial quanto às externalidades das novas formas de produção. Inclusive as de energia renovável.
Laércio Bruno Filho.
Alternative Energy Projects Stumble on a Need for Water
By TODD WOODY, NY Times,sept-30.
AMARGOSA VALLEY, Nev. — In a rural corner of Nevada reeling from the recession, a bit of salvation seemed to arrive last year. A German developer, Solar Millennium, announced plans to build two large solar farms here that would harness the sun to generate electricity, creating hundreds of jobs.
But then things got messy. The company revealed that its preferred method of cooling the power plants would consume 1.3 billion gallons of water a year, about 20 percent of this desert valley’s available water.
Now Solar Millennium finds itself in the midst of a new-age version of a Western water war. The public is divided, pitting some people who hope to make money selling water rights to the company against others concerned about the project’s impact on the community and the environment.
“I’m worried about my well and the wells of my neighbors,” George Tucker, a retired chemical engineer, said on a blazing afternoon.
Here is an inconvenient truth about renewable energy: It can sometimes demand a huge amount of water. Many of the proposed solutions to the nation’s energy problems, from certain types of solar farms to biofuel refineries to cleaner coal plants, could consume billions of gallons of water every year(...)
Leia este artigo completo acessando o link:
http://www.nytimes.com/2009/09/30/business/energy-environment/30water.html?_r=1&hpw
Peso da Poluição//Agencia FAPESP
Por Alex Sander Alcântara, Agencia FAPESP,28/9/2009
Agência FAPESP – Uma nova pesquisa reforça trabalhos anteriores ao apontar a poluição ambiental como uma das causas do baixo peso em crianças recém-nascidas. O estudo, feito por pesquisadores da Universidade de Taubaté (Unitau), em São Paulo, destacou o papel de poluentes – entre os quais ozônio e dióxido de enxofre – como fatores de risco para o baixo peso de bebês.
Os resultados foram descritos em artigo na revista Cadernos de Saúde Pública, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz.
Os autores do artigo são Luiz Fernando Nascimento, professor do Departamento de Medicina da Unitau, e o aluno de graduação Douglas Amaral Moreira. A pesquisa foi feita no âmbito do projeto “Análise espacial de agravos à saúde no vale do Paraíba”, que tem apoio da FAPESP na modalidade Auxílio a Pesquisa – Regular.
Diferentemente de estudos anteriores, que foram feitos em metrópoles como São Paulo, desta vez o foco foi uma cidade de médio porte, no caso São José dos Campos (SP), que tem cerca de 615 mil habitantes.
A pesquisa apontou que 3,95% dos recém-nascidos apresentaram redução no peso devido aos poluentes, principalmente ao ozônio. Segundo Nascimento, o recorte do estudo considerou apenas mães classificadas como saudáveis dentro dos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Foram usados dados de 2.529 mulheres relativos a 2001.
“O estudo recortou perfis de mulheres entre 20 e 34 anos, que tinham concluído o ensino médio, realizado no mínimo sete exames pré-natal e tiveram gestação entre 37 e 41 semanas, gravidez única e parto normal. Com isso, pudemos saber que o baixo peso não se devia a outras causas”, afirmou.
O estudo usou dados ambientais da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). Foram montados bases da dados com informações acumuladas sobre a exposição trimestral aos poluentes, de modo a permitir um efeito cumulativo e estimar a resposta a cada susbstância.
Para cada dia analisado de ocorrência de nascimentos de bebês com baixo peso, os pesquisadores consideraram os valores totais para os 90 dias anteriores para cada poluente.
De acordo com Nascimento, como o estudo trabalha com população (recorte ecológico) e não com o indivíduo, não há identificação da mãe nem do bebê com baixo peso. “Trabalhamos com dados secundários do Sistema de Informação dos Nascidos Vivos (Sinasc), que apresenta muitas variáveis do registro dos nascidos vivos. Esse registro, no entanto, não traz alguns dados importantes como se a mãe fuma ou não, por exemplo, uma vez que o fumo é um agente importante na gênese do baixo peso”, ressaltou.
Nascimento indica que existe um volume considerável de trabalhos que relacionam a poluição a problemas respiratórios e doenças cardiovasculares, mas que ainda há muito poucos que analisam as possíveis relações com o baixo peso em recém-nascidos.
Um dos trabalhos destacados pelo pesquisador foi coordenado por Nelson da Cruz Gouveia, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina (FM) da Universidade de São Paulo (USP), que indicou que a poluição do ar aumenta em 50% o risco de morte de recém-nascidos na cidade de São Paulo.
O estudo de Gouveia e Andréa Peneluppi de Medeiros, atualmente professora da Universidade de Taubaté, verificou que de uma amostra de 311.735 nascimentos, 4,6% dos recém-nascidos apresentaram menos de 2,5 quilos ao nascer.
Pesquisas importantes e pioneiras na área tem sido conduzidas há duas décadas por Paulo Hilário Saldiva, professor do Departamento de Patologia da FMUSP, que demonstraram, entre outras conclusões, que nos dias mais poluídos morrem mais bebês em gestação na capital paulista.
Saldiva coordenou o Projeto Temático “O impacto das exposições intrauterina e nas fases iniciais do desenvolvimento pós-natal aos poluentes atmosféricos no desenvolvimento de alterações adversas na vida adulta”, apoiado pela FAPESP e concluído em 2008, e atualmente é coordenador do Instituto Nacional de Análise Integrada de Risco Ambiental, um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), que no Estado de São Paulo são apoiados pela FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa - Projeto Temático.
“Estudar o baixo peso nos recém-nascidos é importante porque se trata de um dos principais fatores de risco. Ainda é bastante alta a prevalência dos risco de óbitos no primeiro ano de vida da criança”, disse Nascimento.
Mecanismo obscuro
Nascimento aponta que o mecanismo de atuação da poluição no baixo peso dos recém-nascidos ainda é obscuro. “Temos modelos de análise mostrando como o ozônio atua no trato respiratório, mas muito poucos em relação ao crescimento”, disse.
Mas o estudo lança algumas hipóteses. A poluição por ozônio poderia provocar um aumento na viscosidade do sangue, comprometendo o fluxo sanguíneo na placenta que leva nutrientes para o feto. Ou seja, o efeito do ozônio, que é um oxidante poderoso, pode envolver mecanismos inflamatórios.
“A gravidez é acompanhada por um aumento da ventilação alveolar. E a hiperventilação resulta no aumento da absorção do ozônio, com uma resposta inflamatória e a liberação de produtos de peroxidação lipídica e citocinas. Esses agentes podem afetar a circulação na placenta e colocar em risco o crescimento fetal”, indicou.
O ozônio é um poderoso oxidante que participa nas reações extra e intracelulares, com o envolvimento de importantes enzimas metabólicas. Ele contribui para o agravamento de doenças respiratórias preexistentes e para o aumento de hospitalizações e visitas a emergências durante as crises respiratórias.
“O ozônio é um poluente secundário. Ele é originado da ação da radiação ultravioleta nos poluentes da combustão dos motores de álcool, gasolina e diesel, por exemplo. E a alta concentração é registrada em picos durante o dia, entre 10 da manhã e 4 da tarde. Daí a total contra-indicação de atividade física nesses horários, mesmo em lugares arborizados como parques”, disse Nascimento.
O professor da Unitau conta que a pesquisa prosseguirá de forma ampliada. “Esse estudo foi realizado em um período de um ano. Agora vamos continuá-lo, estendendo o tempo para dois anos”, disse.
Para ler o artigo Os poluentes ambientais são fatores de risco para o baixo peso ao nascer?, disponível na biblioteca on-line SciELO (Bireme/FAPESP), de Luiz Fernando Nascimento e Douglas Moreira clique aqui
Agência FAPESP – Uma nova pesquisa reforça trabalhos anteriores ao apontar a poluição ambiental como uma das causas do baixo peso em crianças recém-nascidas. O estudo, feito por pesquisadores da Universidade de Taubaté (Unitau), em São Paulo, destacou o papel de poluentes – entre os quais ozônio e dióxido de enxofre – como fatores de risco para o baixo peso de bebês.
Os resultados foram descritos em artigo na revista Cadernos de Saúde Pública, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz.
Os autores do artigo são Luiz Fernando Nascimento, professor do Departamento de Medicina da Unitau, e o aluno de graduação Douglas Amaral Moreira. A pesquisa foi feita no âmbito do projeto “Análise espacial de agravos à saúde no vale do Paraíba”, que tem apoio da FAPESP na modalidade Auxílio a Pesquisa – Regular.
Diferentemente de estudos anteriores, que foram feitos em metrópoles como São Paulo, desta vez o foco foi uma cidade de médio porte, no caso São José dos Campos (SP), que tem cerca de 615 mil habitantes.
A pesquisa apontou que 3,95% dos recém-nascidos apresentaram redução no peso devido aos poluentes, principalmente ao ozônio. Segundo Nascimento, o recorte do estudo considerou apenas mães classificadas como saudáveis dentro dos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Foram usados dados de 2.529 mulheres relativos a 2001.
“O estudo recortou perfis de mulheres entre 20 e 34 anos, que tinham concluído o ensino médio, realizado no mínimo sete exames pré-natal e tiveram gestação entre 37 e 41 semanas, gravidez única e parto normal. Com isso, pudemos saber que o baixo peso não se devia a outras causas”, afirmou.
O estudo usou dados ambientais da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). Foram montados bases da dados com informações acumuladas sobre a exposição trimestral aos poluentes, de modo a permitir um efeito cumulativo e estimar a resposta a cada susbstância.
Para cada dia analisado de ocorrência de nascimentos de bebês com baixo peso, os pesquisadores consideraram os valores totais para os 90 dias anteriores para cada poluente.
De acordo com Nascimento, como o estudo trabalha com população (recorte ecológico) e não com o indivíduo, não há identificação da mãe nem do bebê com baixo peso. “Trabalhamos com dados secundários do Sistema de Informação dos Nascidos Vivos (Sinasc), que apresenta muitas variáveis do registro dos nascidos vivos. Esse registro, no entanto, não traz alguns dados importantes como se a mãe fuma ou não, por exemplo, uma vez que o fumo é um agente importante na gênese do baixo peso”, ressaltou.
Nascimento indica que existe um volume considerável de trabalhos que relacionam a poluição a problemas respiratórios e doenças cardiovasculares, mas que ainda há muito poucos que analisam as possíveis relações com o baixo peso em recém-nascidos.
Um dos trabalhos destacados pelo pesquisador foi coordenado por Nelson da Cruz Gouveia, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina (FM) da Universidade de São Paulo (USP), que indicou que a poluição do ar aumenta em 50% o risco de morte de recém-nascidos na cidade de São Paulo.
O estudo de Gouveia e Andréa Peneluppi de Medeiros, atualmente professora da Universidade de Taubaté, verificou que de uma amostra de 311.735 nascimentos, 4,6% dos recém-nascidos apresentaram menos de 2,5 quilos ao nascer.
Pesquisas importantes e pioneiras na área tem sido conduzidas há duas décadas por Paulo Hilário Saldiva, professor do Departamento de Patologia da FMUSP, que demonstraram, entre outras conclusões, que nos dias mais poluídos morrem mais bebês em gestação na capital paulista.
Saldiva coordenou o Projeto Temático “O impacto das exposições intrauterina e nas fases iniciais do desenvolvimento pós-natal aos poluentes atmosféricos no desenvolvimento de alterações adversas na vida adulta”, apoiado pela FAPESP e concluído em 2008, e atualmente é coordenador do Instituto Nacional de Análise Integrada de Risco Ambiental, um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), que no Estado de São Paulo são apoiados pela FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa - Projeto Temático.
“Estudar o baixo peso nos recém-nascidos é importante porque se trata de um dos principais fatores de risco. Ainda é bastante alta a prevalência dos risco de óbitos no primeiro ano de vida da criança”, disse Nascimento.
Mecanismo obscuro
Nascimento aponta que o mecanismo de atuação da poluição no baixo peso dos recém-nascidos ainda é obscuro. “Temos modelos de análise mostrando como o ozônio atua no trato respiratório, mas muito poucos em relação ao crescimento”, disse.
Mas o estudo lança algumas hipóteses. A poluição por ozônio poderia provocar um aumento na viscosidade do sangue, comprometendo o fluxo sanguíneo na placenta que leva nutrientes para o feto. Ou seja, o efeito do ozônio, que é um oxidante poderoso, pode envolver mecanismos inflamatórios.
“A gravidez é acompanhada por um aumento da ventilação alveolar. E a hiperventilação resulta no aumento da absorção do ozônio, com uma resposta inflamatória e a liberação de produtos de peroxidação lipídica e citocinas. Esses agentes podem afetar a circulação na placenta e colocar em risco o crescimento fetal”, indicou.
O ozônio é um poderoso oxidante que participa nas reações extra e intracelulares, com o envolvimento de importantes enzimas metabólicas. Ele contribui para o agravamento de doenças respiratórias preexistentes e para o aumento de hospitalizações e visitas a emergências durante as crises respiratórias.
“O ozônio é um poluente secundário. Ele é originado da ação da radiação ultravioleta nos poluentes da combustão dos motores de álcool, gasolina e diesel, por exemplo. E a alta concentração é registrada em picos durante o dia, entre 10 da manhã e 4 da tarde. Daí a total contra-indicação de atividade física nesses horários, mesmo em lugares arborizados como parques”, disse Nascimento.
O professor da Unitau conta que a pesquisa prosseguirá de forma ampliada. “Esse estudo foi realizado em um período de um ano. Agora vamos continuá-lo, estendendo o tempo para dois anos”, disse.
Para ler o artigo Os poluentes ambientais são fatores de risco para o baixo peso ao nascer?, disponível na biblioteca on-line SciELO (Bireme/FAPESP), de Luiz Fernando Nascimento e Douglas Moreira clique aqui
A Saúde dos Jovens. "Young people: not as healthy as they seem"//The Lancet/ The Global health Collection
Robert W Blum;The Lancet, Volume 374, Issue 9693, Pages 853 - 854, 12 September 2009
Ao longo dos últimos 25 anos, tem havido grandes mudanças nas causas de mortalidade e morbidade entre os jovens (idade entre 10-24 anos). A AIDS era praticamente desconhecida há 25 anos atrás, e outras doenças infecciosas, tais como infecções pulmonares, eram as principais causas de morte nesta faixa etária. O suicídio era menos comum do que é hoje, e as mortes por acidentes com veículos automotores eram muito menos freqüentes em muitos países do mundo quando comparadas à atualidade. Além disso, em 1985, as mulheres casavam se mais jovens, com menos idade do que fazem hoje,menos jovens iam para a escola, e o número de jovens que habitavam as áreas rurais também era maior, quando comparado aos dias de hoje.
Todas essas tendências têm afetado a mortalidade e morbidade nos jovens.
Outros padrões de mudança, especificamente como as mudanças demográficas, são muito importantes de se considerar quando exploramos a mortalidade de adolescentes. Hoje, quase um terço da população do mundo está com idade 10-24 anos, e em muitos países em desenvolvimento 30% ou mais da população se encaixam nessa faixa etária (em comparação com cerca de 13% na Europa, Japão, EUA e Canadá ).
Praticamente 90% dos jovens do mundo vivem em países em desenvolvimento, e durante os próximos 20 anos, essa proporção vai aumentar. Em 2025, serão 140 milhões de jovens vivendo na Europa, contra os atuais 111 milhões, enquanto que na África, a proporção de jovens aumentará de um valor de 305 milhões em 2006 para 424 milhões em 2025(um aumento maior do que toda a população de jovens na Europa).
Outros padrões globais afetam a saúde dos jovens, como a migração transnacional, a migração rural-urbana, o aumento da migração de mulheres jovens, casamentos mais tardios, e os aumentos nas taxas de educação, especialmente das meninas. Todas essas mudanças afetam os comportamentos (por exemplo, relações sexuais, antes do casamento) que predispõem para outras conseqüências, tais como infecções sexualmente transmissíveis (incluindo o HIV) e fora do casamento, gravidez e aborto, todas as quais se refletem nas estatísticas de mortalidade.
Embora a adolescência seja muitas vezes referida como a fase da vida mais saudável, o relatório de George Patton e seus colaboradores na revista The Lancet de hoje, deixa claro que os jovens correm riscos significativos de mortalidade. O relatório indica que o risco de mortalidade aumenta com a idade, que dois terços das mortes nessa faixa etária ocorrem em duas regiões especificas do mundo, e que as causas da morte do adolescente variam por região geográfica e de acordo com os recursos nacionais e pessoais.
O que distingue as causa-mortis destes jovens é que em sua maioria elas têm causas comportamentais agravadas pela política nacional do país onde vivem e/ou por falhas dos sistemas locais de saúde publica e prestação de serviços.
Nos países industrializados, os homens jovens possuem de duas a quatro vezes mais probabilidade de morrer do que as mulheres jovens, e homicídios, suicídios, e lesões provocadas por acidentes representam entre 50% e 80% da mortalidade de adolescentes. Entretanto, por causa de mortes por AIDS e da mortalidade materna, a disparidade nos padrões de mortalidade de homens jovens não é observada na África, Sul e Sudeste da Ásia, onde a maioria dos jovens do mundo vive e onde a mortalidade juvenil é mais intensa.
A OMS - Organização Mundial da Saúde, estima que mais de 250.000 mortes relacionadas a gravidez deverão acontecer no mundo inteiro. O casamento precoce na infância contribui muito para este número de mortalidade assim como a prática da mutilação genital feminina, que contribui significativamente para a morbidade.
Países onde o aborto é ilegal e clandestino, ele responde por uma mortalidade tão alta quanto 60 por cada 100.000 mulheres, em comparação com 0,6 e 1,0 por cada 100.000 mulheres, respectivamente, para o EUA e Cuba, onde o aborto é legalizado.
Em todo o mundo, mais de um quarto da mortalidade materna resulta de falhas nas políticas nacionais de aborto e, quando essas políticas são revertidas cai a mortalidade materna. Um exemplo concreto disso é a África do Sul que teve uma redução de 90% da mortalidade materna depois que adotou uma política clara tornando legalizado o ato do aborto.
Aponta o relatório que outra diferença em todo o mundo são os padrões de mortalidade atribuídos ao HIV e à sua transmissão. Na Europa e na América do Norte a transmissão ainda é principalmente entre homens que fazem sexo com homens, e dois terços dos infectados são homens. Em grande parte do sudeste da Ásia, o uso de drogas injetáveis é o modo predominante de transmissão da infecção pelo HIV.
Na África, três quartos da população de jovens está infectado pelo HIV. As mulheres jovens são duplamente expostas ao risco de contaminação por jovens do sexo masculino. Fatores que contribuem para este risco incluem a pobreza, o casamento precoce, a desigualdade de comportamento entre os gêneros sexuais, mitos e crenças sobre o HIV e os fatores biológicos (por exemplo, a imaturidade do colo do útero, e uma maior exposição ao risco de mulheres jovens quando comparadas aos rapazes).
O suicídio também conta como uma das principais causas de morte em pessoas jovens. Em todo o mundo, é apontada como a quinta causa em grande parte da Europa e América do Norte. Na China se classifica em segunda ou terceira e na Índia, é a principal causa de morte nesta idade.
Historicamente, as taxas são baixas em países da América Latina, África Subsaariana, o Mediterrâneo, e em nações muçulmanas.
Especificamente, quando Diekstra e Hawton estudaram a tendência secular de suicídio na Europa, durante grande parte do século 20, relataram um conjunto de fatores não muito diferentes de grande parte do mundo em desenvolvimento hoje, como por exemplo, aumento do desemprego, desestruturação familiar, homicídio, uso de álcool, a secularização da sociedade, a superpopulação, estresse urbano e conflitos sociais. 7
O relatório observa ainda que as lesões provocadas por acidentes são as principais causas de morte para homens jovens em todas as regiões do mundo, sendo que a maioria das mortes está associada á veículos automotores. Apesar das mortes por lesão serem apontadas como responsáveis por mais da metade dos óbitos masculinos na segunda década de vida, a mortalidade em muitos países, caiu em 30% ou mais nos últimos 20 anos.
Fatores que têm contribuído para que esta redução: estabelecimento de uma idade mínima para a compra de álcool;maior especificação nos procedimentos para obtenção de licenças de condução de veículos; adequação da segurança rodoviária (por exemplo,novos equipamento de suporte nas rodovias, postes de luz, redesenho das sinalizações); melhoria dos padrões de segurança dos veículos (por exemplo, airbags); as leis de cinto de segurança;exigência do uso de capacetes e endurecimento das leis de transito.
Em vista de nossa compreensão atual sobre mortalidade juvenil, pelo menos 75% de todas as mortes na segunda década de vida poderiam ser evitadas através da implementação de métodos preventivos e estabelecimento de estratégias de intervenção. Sabemos que o acesso a contraceptivos e serviços de planejamento familiar reduzem a gravidez não planejada. Sabemos que o aborto seguro, reduz a mortalidade materna, que a educação e a capacitação melhora os seus aspectos correlatos à saúde feminina em muitas dimensões e ajuda a criar novas alternativas para as mulheres jovens.
Sabemos que as políticas de segurança rodoviária e de condução reduzem a mortalidade nos acidentes nas estradas. Nós sabemos o suficiente sobre intervenções efetivas para poder basear o nosso trabalho em ações que realmente surtam efeito positivo.
Sabemos também que a redução de risco por si só é insuficiente, nós precisamos construir os fatores de defesa que protegerão os jovens da adversidade.
Os desafios são grandes, mas assim também o são as oportunidades.
Acesse o artigo " Young people: not as healthy as they seem" na revista THE LANCET:
http://www.thelancet.com/collections/global-health?collexcode=110
Ao longo dos últimos 25 anos, tem havido grandes mudanças nas causas de mortalidade e morbidade entre os jovens (idade entre 10-24 anos). A AIDS era praticamente desconhecida há 25 anos atrás, e outras doenças infecciosas, tais como infecções pulmonares, eram as principais causas de morte nesta faixa etária. O suicídio era menos comum do que é hoje, e as mortes por acidentes com veículos automotores eram muito menos freqüentes em muitos países do mundo quando comparadas à atualidade. Além disso, em 1985, as mulheres casavam se mais jovens, com menos idade do que fazem hoje,menos jovens iam para a escola, e o número de jovens que habitavam as áreas rurais também era maior, quando comparado aos dias de hoje.
Todas essas tendências têm afetado a mortalidade e morbidade nos jovens.
Outros padrões de mudança, especificamente como as mudanças demográficas, são muito importantes de se considerar quando exploramos a mortalidade de adolescentes. Hoje, quase um terço da população do mundo está com idade 10-24 anos, e em muitos países em desenvolvimento 30% ou mais da população se encaixam nessa faixa etária (em comparação com cerca de 13% na Europa, Japão, EUA e Canadá ).
Praticamente 90% dos jovens do mundo vivem em países em desenvolvimento, e durante os próximos 20 anos, essa proporção vai aumentar. Em 2025, serão 140 milhões de jovens vivendo na Europa, contra os atuais 111 milhões, enquanto que na África, a proporção de jovens aumentará de um valor de 305 milhões em 2006 para 424 milhões em 2025(um aumento maior do que toda a população de jovens na Europa).
Outros padrões globais afetam a saúde dos jovens, como a migração transnacional, a migração rural-urbana, o aumento da migração de mulheres jovens, casamentos mais tardios, e os aumentos nas taxas de educação, especialmente das meninas. Todas essas mudanças afetam os comportamentos (por exemplo, relações sexuais, antes do casamento) que predispõem para outras conseqüências, tais como infecções sexualmente transmissíveis (incluindo o HIV) e fora do casamento, gravidez e aborto, todas as quais se refletem nas estatísticas de mortalidade.
Embora a adolescência seja muitas vezes referida como a fase da vida mais saudável, o relatório de George Patton e seus colaboradores na revista The Lancet de hoje, deixa claro que os jovens correm riscos significativos de mortalidade. O relatório indica que o risco de mortalidade aumenta com a idade, que dois terços das mortes nessa faixa etária ocorrem em duas regiões especificas do mundo, e que as causas da morte do adolescente variam por região geográfica e de acordo com os recursos nacionais e pessoais.
O que distingue as causa-mortis destes jovens é que em sua maioria elas têm causas comportamentais agravadas pela política nacional do país onde vivem e/ou por falhas dos sistemas locais de saúde publica e prestação de serviços.
Nos países industrializados, os homens jovens possuem de duas a quatro vezes mais probabilidade de morrer do que as mulheres jovens, e homicídios, suicídios, e lesões provocadas por acidentes representam entre 50% e 80% da mortalidade de adolescentes. Entretanto, por causa de mortes por AIDS e da mortalidade materna, a disparidade nos padrões de mortalidade de homens jovens não é observada na África, Sul e Sudeste da Ásia, onde a maioria dos jovens do mundo vive e onde a mortalidade juvenil é mais intensa.
A OMS - Organização Mundial da Saúde, estima que mais de 250.000 mortes relacionadas a gravidez deverão acontecer no mundo inteiro. O casamento precoce na infância contribui muito para este número de mortalidade assim como a prática da mutilação genital feminina, que contribui significativamente para a morbidade.
Países onde o aborto é ilegal e clandestino, ele responde por uma mortalidade tão alta quanto 60 por cada 100.000 mulheres, em comparação com 0,6 e 1,0 por cada 100.000 mulheres, respectivamente, para o EUA e Cuba, onde o aborto é legalizado.
Em todo o mundo, mais de um quarto da mortalidade materna resulta de falhas nas políticas nacionais de aborto e, quando essas políticas são revertidas cai a mortalidade materna. Um exemplo concreto disso é a África do Sul que teve uma redução de 90% da mortalidade materna depois que adotou uma política clara tornando legalizado o ato do aborto.
Aponta o relatório que outra diferença em todo o mundo são os padrões de mortalidade atribuídos ao HIV e à sua transmissão. Na Europa e na América do Norte a transmissão ainda é principalmente entre homens que fazem sexo com homens, e dois terços dos infectados são homens. Em grande parte do sudeste da Ásia, o uso de drogas injetáveis é o modo predominante de transmissão da infecção pelo HIV.
Na África, três quartos da população de jovens está infectado pelo HIV. As mulheres jovens são duplamente expostas ao risco de contaminação por jovens do sexo masculino. Fatores que contribuem para este risco incluem a pobreza, o casamento precoce, a desigualdade de comportamento entre os gêneros sexuais, mitos e crenças sobre o HIV e os fatores biológicos (por exemplo, a imaturidade do colo do útero, e uma maior exposição ao risco de mulheres jovens quando comparadas aos rapazes).
O suicídio também conta como uma das principais causas de morte em pessoas jovens. Em todo o mundo, é apontada como a quinta causa em grande parte da Europa e América do Norte. Na China se classifica em segunda ou terceira e na Índia, é a principal causa de morte nesta idade.
Historicamente, as taxas são baixas em países da América Latina, África Subsaariana, o Mediterrâneo, e em nações muçulmanas.
Especificamente, quando Diekstra e Hawton estudaram a tendência secular de suicídio na Europa, durante grande parte do século 20, relataram um conjunto de fatores não muito diferentes de grande parte do mundo em desenvolvimento hoje, como por exemplo, aumento do desemprego, desestruturação familiar, homicídio, uso de álcool, a secularização da sociedade, a superpopulação, estresse urbano e conflitos sociais. 7
O relatório observa ainda que as lesões provocadas por acidentes são as principais causas de morte para homens jovens em todas as regiões do mundo, sendo que a maioria das mortes está associada á veículos automotores. Apesar das mortes por lesão serem apontadas como responsáveis por mais da metade dos óbitos masculinos na segunda década de vida, a mortalidade em muitos países, caiu em 30% ou mais nos últimos 20 anos.
Fatores que têm contribuído para que esta redução: estabelecimento de uma idade mínima para a compra de álcool;maior especificação nos procedimentos para obtenção de licenças de condução de veículos; adequação da segurança rodoviária (por exemplo,novos equipamento de suporte nas rodovias, postes de luz, redesenho das sinalizações); melhoria dos padrões de segurança dos veículos (por exemplo, airbags); as leis de cinto de segurança;exigência do uso de capacetes e endurecimento das leis de transito.
Em vista de nossa compreensão atual sobre mortalidade juvenil, pelo menos 75% de todas as mortes na segunda década de vida poderiam ser evitadas através da implementação de métodos preventivos e estabelecimento de estratégias de intervenção. Sabemos que o acesso a contraceptivos e serviços de planejamento familiar reduzem a gravidez não planejada. Sabemos que o aborto seguro, reduz a mortalidade materna, que a educação e a capacitação melhora os seus aspectos correlatos à saúde feminina em muitas dimensões e ajuda a criar novas alternativas para as mulheres jovens.
Sabemos que as políticas de segurança rodoviária e de condução reduzem a mortalidade nos acidentes nas estradas. Nós sabemos o suficiente sobre intervenções efetivas para poder basear o nosso trabalho em ações que realmente surtam efeito positivo.
Sabemos também que a redução de risco por si só é insuficiente, nós precisamos construir os fatores de defesa que protegerão os jovens da adversidade.
Os desafios são grandes, mas assim também o são as oportunidades.
Acesse o artigo " Young people: not as healthy as they seem" na revista THE LANCET:
http://www.thelancet.com/collections/global-health?collexcode=110
SAP endorses Copenhagen Communiqué
SAP anunciou que assinou o Comunicado Copenhaguen sobre Mudanças Climáticas
Este comunicado está sendo utilizado pelos líderes das mais importantes companias globais. Ele clama por um ambicioso, robusto e equilibrado acordo climático que responda de forma crível à escala de urgencia em nível global á qual o planeta se depara atualmente.
(...) o documento segue indicando que o Pacto Climático a ser selado em Copenhagem, dezembro próximo, deveria:
1- Estabelecer um limite de emissões globais,via captura e redução a longo prazo para todos os gases que provocam o efeito estufa, para o período de 2013 a 2050 (com metas escalonadas)(...);
2- Os países desenvolvidos precisam assumir compromissos profundos e imediatos de redução de suas de emissões, visto que são muito
superiores à média global de emissões, e deverão ser sustentadas por estratégias críveis para descarbonizar suas economias(...);
3- Os países em desenvolvimento terão de desempenhar o seu papel através da elaboração de planos de redução de suas próprias emissões , de acordo
com suas responsabilidades comuns mas diferenciadas (...);
Para ler o artigo "SAP endorses..." acesse o link:
http://www.chloregy.com/component/myblog/SAP-endorses-Copenhagen-CommuniquA-.html
Para ler o conteudo integral do documento "The Copenhagen Comuniqué..."( em ingles) acesse o link:
http://www.cpi.cam.ac.uk/pdf/Copenhagen%20Communique%20-%20English2.pdf
Este comunicado está sendo utilizado pelos líderes das mais importantes companias globais. Ele clama por um ambicioso, robusto e equilibrado acordo climático que responda de forma crível à escala de urgencia em nível global á qual o planeta se depara atualmente.
(...) o documento segue indicando que o Pacto Climático a ser selado em Copenhagem, dezembro próximo, deveria:
1- Estabelecer um limite de emissões globais,via captura e redução a longo prazo para todos os gases que provocam o efeito estufa, para o período de 2013 a 2050 (com metas escalonadas)(...);
2- Os países desenvolvidos precisam assumir compromissos profundos e imediatos de redução de suas de emissões, visto que são muito
superiores à média global de emissões, e deverão ser sustentadas por estratégias críveis para descarbonizar suas economias(...);
3- Os países em desenvolvimento terão de desempenhar o seu papel através da elaboração de planos de redução de suas próprias emissões , de acordo
com suas responsabilidades comuns mas diferenciadas (...);
Para ler o artigo "SAP endorses..." acesse o link:
http://www.chloregy.com/component/myblog/SAP-endorses-Copenhagen-CommuniquA-.html
Para ler o conteudo integral do documento "The Copenhagen Comuniqué..."( em ingles) acesse o link:
http://www.cpi.cam.ac.uk/pdf/Copenhagen%20Communique%20-%20English2.pdf
Uma Silva Sucessora de um Silva?
Leonardo Boff/Colaboração de Tita Barreto
[Ecodebate] Não estou ligado a nenhum partido, pois para mim partido é parte. Eu como intelectual me interesso pelo todo embora, concretamente, saiba que o todo passa pela parte. Tal posição me confere a liberdade de emitir opiniões pessoais e descompromissadas com os partidos.
De forma antecipada se lançou a disputa: Quem será o sucessor do carismático presidente Luiz Inácio Lula da Silva?
De antemão afirmo que a eleição de Lula é uma conquista do povo brasileiro, principalmente daqueles que foram sempre colocados à margem do poder. Ele introduziu uma ruptura histórica como novo sujeito político e isso parece ser sem retorno.
Não conseguiu escapar da lógica macro-econômica que privilegia o capital e mantém as bases que permitem a acumulação das classes opulentas. Mas introduziu uma transição de um estado privatista e neoliberal para um governo republicano e social que confere centralidade à coisa pública (res publica), o que tem beneficiado vários milhões de pessoas. Tarefa primeira de um governante é cuidar da vida de seu povo e isso Lula o fez sem nunca trair suas origens de sobrevivente da grande tribulação brasileira.
Depois de oito anos de governo se lança a questão que seguramente interessa à cidadania e não só ao PT: quem será seu sucessor? Para responder a esta questão precisamos ganhar altura e dar-nos conta das mudanças ocorridas no Brasil e no mundo. Em oito anos muta coisa mudou. O PT foi submetido a duras provas e importa reconhecer que nem sempre esteve à altura do momento e às bases que o sustentam. Estamos ainda esperando uma vigorosa autocrítica interna a propósito de presumido “mensalação”. Nós cidadãos não perdoamos esta falta de transparência e de coragem cívica e ética.
Em grande parte, o PT viou um partido eleitoreiro, interessado em ganhar eleições em todos os níveis. Para isso se obrigou a fazer coligações muito questionáveis, em alguns casos, com a parte mais podre dos partidos, em nome da governabilidade que, não raro, se colocou acima da ética e dos propósitos fundadores do PT.
Há uma ilusão que o PT deve romper: imaginar-se a realização do sonho e da utopia do povo brasileiro. Seria rebaixar o povo, pois este não se contenta com pequenos sonhos e utopias de horizonte tacanho. Eu que circulo, em função de meu trabalho, pelas bases da sociedade vejo que se esvaziou a discussão sobre “que Brasil queremos”, discussão que animou por decênios o imaginário popular. Houve uma inegável despolitização em razão de o PT ter ocupado o poder. Fez o que pôde quando podia ter feito mais, especialmente com referência à reforma agrária e a inclusão estratégica (e não meramente pontual) da ecologia.
Quer dizer, o sucessor não pode se contentar de fazer mais do mesmo. Importa introduzir mudanças. E a grande mudança na realidade e na consciência da humanidade é o fato de que a Terra já mudou. A roda do aquecimento global não pode mais ser parada, apenas retardada em sua velocidade. A partir de 23 de setembro de 2008 sabemos que a Terra como conjunto de ecosissitemas com seus recursos e serviços já se tornou insustentável porque o consumo humano, especialmente dos ricos que esbanjam, já psssou em 40% de sua capacidade de reposição.
Esta conjuntura que, se não for tomada a sério, pode levar nos próximos decênios a uma tragédia ecológicohumanitária de proporções inimagináveis e, até pelo final do século, ao desaparecimento da espécie humana. Cabe reconhecer que o PT não incorporou a dimensão ecológica no cerne de seu projeto político. E o Brasil será decisivo para o equilíbrio do planeta e para o futuro da vida.
Qual é a pessoa com carisma, com base popular, ligada aos fundamentos do PT e que se fez ícone da causa ecológica? É uma mulher, seringueira, da Igreja da libertação, amazônica. Ela também é uma Silva como Lula. Seu nome é Marina Osmarina Silva.
Leonardo Boff é autor do livro Que Brasil queremos? Vozes 2000.
* Colaboração de Tita Barreto
[Ecodebate] Não estou ligado a nenhum partido, pois para mim partido é parte. Eu como intelectual me interesso pelo todo embora, concretamente, saiba que o todo passa pela parte. Tal posição me confere a liberdade de emitir opiniões pessoais e descompromissadas com os partidos.
De forma antecipada se lançou a disputa: Quem será o sucessor do carismático presidente Luiz Inácio Lula da Silva?
De antemão afirmo que a eleição de Lula é uma conquista do povo brasileiro, principalmente daqueles que foram sempre colocados à margem do poder. Ele introduziu uma ruptura histórica como novo sujeito político e isso parece ser sem retorno.
Não conseguiu escapar da lógica macro-econômica que privilegia o capital e mantém as bases que permitem a acumulação das classes opulentas. Mas introduziu uma transição de um estado privatista e neoliberal para um governo republicano e social que confere centralidade à coisa pública (res publica), o que tem beneficiado vários milhões de pessoas. Tarefa primeira de um governante é cuidar da vida de seu povo e isso Lula o fez sem nunca trair suas origens de sobrevivente da grande tribulação brasileira.
Depois de oito anos de governo se lança a questão que seguramente interessa à cidadania e não só ao PT: quem será seu sucessor? Para responder a esta questão precisamos ganhar altura e dar-nos conta das mudanças ocorridas no Brasil e no mundo. Em oito anos muta coisa mudou. O PT foi submetido a duras provas e importa reconhecer que nem sempre esteve à altura do momento e às bases que o sustentam. Estamos ainda esperando uma vigorosa autocrítica interna a propósito de presumido “mensalação”. Nós cidadãos não perdoamos esta falta de transparência e de coragem cívica e ética.
Em grande parte, o PT viou um partido eleitoreiro, interessado em ganhar eleições em todos os níveis. Para isso se obrigou a fazer coligações muito questionáveis, em alguns casos, com a parte mais podre dos partidos, em nome da governabilidade que, não raro, se colocou acima da ética e dos propósitos fundadores do PT.
Há uma ilusão que o PT deve romper: imaginar-se a realização do sonho e da utopia do povo brasileiro. Seria rebaixar o povo, pois este não se contenta com pequenos sonhos e utopias de horizonte tacanho. Eu que circulo, em função de meu trabalho, pelas bases da sociedade vejo que se esvaziou a discussão sobre “que Brasil queremos”, discussão que animou por decênios o imaginário popular. Houve uma inegável despolitização em razão de o PT ter ocupado o poder. Fez o que pôde quando podia ter feito mais, especialmente com referência à reforma agrária e a inclusão estratégica (e não meramente pontual) da ecologia.
Quer dizer, o sucessor não pode se contentar de fazer mais do mesmo. Importa introduzir mudanças. E a grande mudança na realidade e na consciência da humanidade é o fato de que a Terra já mudou. A roda do aquecimento global não pode mais ser parada, apenas retardada em sua velocidade. A partir de 23 de setembro de 2008 sabemos que a Terra como conjunto de ecosissitemas com seus recursos e serviços já se tornou insustentável porque o consumo humano, especialmente dos ricos que esbanjam, já psssou em 40% de sua capacidade de reposição.
Esta conjuntura que, se não for tomada a sério, pode levar nos próximos decênios a uma tragédia ecológicohumanitária de proporções inimagináveis e, até pelo final do século, ao desaparecimento da espécie humana. Cabe reconhecer que o PT não incorporou a dimensão ecológica no cerne de seu projeto político. E o Brasil será decisivo para o equilíbrio do planeta e para o futuro da vida.
Qual é a pessoa com carisma, com base popular, ligada aos fundamentos do PT e que se fez ícone da causa ecológica? É uma mulher, seringueira, da Igreja da libertação, amazônica. Ela também é uma Silva como Lula. Seu nome é Marina Osmarina Silva.
Leonardo Boff é autor do livro Que Brasil queremos? Vozes 2000.
* Colaboração de Tita Barreto
Situação dos Indios Kaiowá no Mato Grosso do Sul
Em relação aos povos indígenas do Brasil, merece destaque a situação do povo Guarani Kaiowá, no cone sul do Mato Grosso do Sul. Este povo segue enfrentando a pior realidade entre os povos indígenas brasileiros. Enquanto isso, os estudos para identificação das terras do povo ainda não recomeçaram, mesmo não havendo impedimentos legais para que eles sejam retomados. Para alertar sobre a situação, vale destacar alguns casos mais significativos:
Laranjeira Nhanderu (próxima ao município Rio Brilhante)
As 130 pessoas da comunidade de Laranjeira Nhanderu foram despejadas no dia 11 de setembro da área onde viviam há dois anos, em seu território tradicional ainda não demarcado. Por ordem judicial, eles saíram da área e, por não terem para onde ir, formaram o 20º acampamento indígena à beira de estradas no MS. Na noite do dia 14 de setembro, por ordem do fazendeiro que reintegrou a terra, alguns homens incendiaram pertences e animais dos indígenas que ainda estavam na aldeia.
Nos últimos meses, duas crianças da comunidade morreram, pois o fazendeiro vizinho à terra proibiu a entrada das equipes da Funasa e da Funai para prestarem assistência à saúde. Além disso, três jovens se suicidaram.
Kurussu Ambá (próxima ao município Coronel Sapucaia)
Cerca de 200 pessoas vivem em barracos em pequeno pedaço da terra sem condições de plantar. Eles já tentaram retornar para seu território tradicional duas vezes nos últimos dois anos. Como resultado, uma líder religiosa de 70 anos foi assassinada por um segurança privado (que foi identificado, mas não está condenado), a principal liderança foi assassinada na porta de seu barraco, cinco indígenas foram baleados por seguranças de fazendeiros, 4 lideranças foram presas e condenadas por furto, numa situação questionada pela defesa dos indígenas, pois apresentava indícios de ter sido armada.
Nhanderu Marangatu (próxima ao município Antônio João – fronteira com Paraguai)
Nessa terra, mais de 900 pessoas vivem em 124 hectares, apesar dela ter sido homologada com 9.300 hectares em 2005. Após a homologação, o STF decidiu, liminarmente, suspender os efeitos deste ato. Até hoje o mérito da ação ainda não foi julgado. As pessoas da aldeia são constantemente vigiadas e ameaçadas por seguranças armados, empregados do fazendeiro que disputa a área com os indígenas. Nos últimos anos, uma liderança da aldeia foi assassinada, mulheres foram violentadas pelos seguranças e ocorreram outras agressões.
Amambai (próxima do município de Amambai)
Foi uma das primeiras terras Kaiowá Guarani reservadas no início do século passado. Vivem nela quase 8 mil pessoas em menos de 2 mil hectares. Entre as graves conseqüências do confinamento, os indígenas sofrem com violência do narcotráfico, alcoolismo, prostituição, trabalho escravo, entre outros males.
Passo Piraju (próxima do município de Dourados)
A terra foi retomada há quase 10 anos e, por todo esse período, há uma constante tensão entre indígenas e fazendeiros da região. Os indígenas estão confinados a 40 hectares por um Termo de Ajustamento de Conduta. Nos últimos três anos, após um conflito em que morreram dois policiais, passaram a sofrer perseguições e pressões da polícia. Em conseqüência disso hoje se encontram reduzidos a menos da metade das famílias que havia anos passados.
TI Dourados (no município de Dourados)
É a terra indígena com a maior população do país, em torno de 13 mil pessoas, onde ocorre o maior número de mortes de crianças por desnutrição e o maior número de casos de suicídios e homicídios de indígenas do país. Na área superlotada não há espaço sequer para roça familiar. Por falta de opção para se sustentarem na terra, muitos indígenas se submetem a situações degradantes e até análogas à escravidão em usinas de álcool na região.
Tudo isso gerou, nos últimos anos, um grande aumento de violência na área com formação de gangues e alto consumo de drogas. Em função disso estão sendo discutidas políticas de segurança na aldeia, que vão desde a preparação de contingentes policiais para atuar na área, até o toque de recolher a partir das dez horas da noite.
(Ecodebate, 24/09/2009) publicado pelo IHU On-line [IHU On-line é publicado pelo Instituto Humanitas Unisinos - IHU, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS.]
Laranjeira Nhanderu (próxima ao município Rio Brilhante)
As 130 pessoas da comunidade de Laranjeira Nhanderu foram despejadas no dia 11 de setembro da área onde viviam há dois anos, em seu território tradicional ainda não demarcado. Por ordem judicial, eles saíram da área e, por não terem para onde ir, formaram o 20º acampamento indígena à beira de estradas no MS. Na noite do dia 14 de setembro, por ordem do fazendeiro que reintegrou a terra, alguns homens incendiaram pertences e animais dos indígenas que ainda estavam na aldeia.
Nos últimos meses, duas crianças da comunidade morreram, pois o fazendeiro vizinho à terra proibiu a entrada das equipes da Funasa e da Funai para prestarem assistência à saúde. Além disso, três jovens se suicidaram.
Kurussu Ambá (próxima ao município Coronel Sapucaia)
Cerca de 200 pessoas vivem em barracos em pequeno pedaço da terra sem condições de plantar. Eles já tentaram retornar para seu território tradicional duas vezes nos últimos dois anos. Como resultado, uma líder religiosa de 70 anos foi assassinada por um segurança privado (que foi identificado, mas não está condenado), a principal liderança foi assassinada na porta de seu barraco, cinco indígenas foram baleados por seguranças de fazendeiros, 4 lideranças foram presas e condenadas por furto, numa situação questionada pela defesa dos indígenas, pois apresentava indícios de ter sido armada.
Nhanderu Marangatu (próxima ao município Antônio João – fronteira com Paraguai)
Nessa terra, mais de 900 pessoas vivem em 124 hectares, apesar dela ter sido homologada com 9.300 hectares em 2005. Após a homologação, o STF decidiu, liminarmente, suspender os efeitos deste ato. Até hoje o mérito da ação ainda não foi julgado. As pessoas da aldeia são constantemente vigiadas e ameaçadas por seguranças armados, empregados do fazendeiro que disputa a área com os indígenas. Nos últimos anos, uma liderança da aldeia foi assassinada, mulheres foram violentadas pelos seguranças e ocorreram outras agressões.
Amambai (próxima do município de Amambai)
Foi uma das primeiras terras Kaiowá Guarani reservadas no início do século passado. Vivem nela quase 8 mil pessoas em menos de 2 mil hectares. Entre as graves conseqüências do confinamento, os indígenas sofrem com violência do narcotráfico, alcoolismo, prostituição, trabalho escravo, entre outros males.
Passo Piraju (próxima do município de Dourados)
A terra foi retomada há quase 10 anos e, por todo esse período, há uma constante tensão entre indígenas e fazendeiros da região. Os indígenas estão confinados a 40 hectares por um Termo de Ajustamento de Conduta. Nos últimos três anos, após um conflito em que morreram dois policiais, passaram a sofrer perseguições e pressões da polícia. Em conseqüência disso hoje se encontram reduzidos a menos da metade das famílias que havia anos passados.
TI Dourados (no município de Dourados)
É a terra indígena com a maior população do país, em torno de 13 mil pessoas, onde ocorre o maior número de mortes de crianças por desnutrição e o maior número de casos de suicídios e homicídios de indígenas do país. Na área superlotada não há espaço sequer para roça familiar. Por falta de opção para se sustentarem na terra, muitos indígenas se submetem a situações degradantes e até análogas à escravidão em usinas de álcool na região.
Tudo isso gerou, nos últimos anos, um grande aumento de violência na área com formação de gangues e alto consumo de drogas. Em função disso estão sendo discutidas políticas de segurança na aldeia, que vão desde a preparação de contingentes policiais para atuar na área, até o toque de recolher a partir das dez horas da noite.
(Ecodebate, 24/09/2009) publicado pelo IHU On-line [IHU On-line é publicado pelo Instituto Humanitas Unisinos - IHU, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS.]
Limites da Terra
Agência FAPESP – Identificar e quantificar os limites da Terra que não podem ser transgredidos ajudaria a evitar que as atividades humanas continuem causando mudanças ambientais inaceitáveis. A afirmação, de um grupo internacional de cientistas, está em artigo destacado na edição desta quinta-feira (24/9) da revista Nature.
Segundo eles, a humanidade deve permanecer dentro dessas fronteiras para os processos essenciais do sistema terrestre se quiser evitar alterações ambientais de dimensões catastróficas. Esses limites representariam os espaços seguros para a ação e para a vida humana.
O conceito de limites (ou fronteiras) planetários representa um novo modelo para medir as agressões ao planeta e define espaços seguros para a existência humana. Seguros tanto para o sistema terrestre como para o próprio homem, por consequência.
Johan Rockström, da Universidade de Estocolmo, na Suécia, e colegas sugerem nove processos sistêmicos principais para esses limites: mudanças climáticas; acidificação dos oceanos; interferência nos ciclos globais de nitrogênio e de fósforo; uso de água potável; alterações no uso do solo; carga de aerossóis atmosféricos; poluição química; e a taxa de perda da biodiversidade, tanto terrestre como marinha.
Para três desses limites da ação humana – ciclo do nitrogênio, perda da biodiversidade e mudanças climáticas –, os autores do artigo argumentam que a fronteira aceitável já foi atravessada. Afirmam também que a humanidade está rapidamente se aproximando dos limites no uso de água, na conversão de florestas e de outros ecossistemas naturais para uso agropecuário, na acidificação oceânica e no ciclo de fósforo.
O estudo dá números para esses limites. Para o ciclo do nitrogênio, por exemplo, antes da Revolução Industrial a quantidade de nitrogênio removido da atmosfera para uso humano era zero. O limite estabelecido pelo estudo é de 35 milhões de toneladas por ano. Parece muito, mas os valores atuais são de 121 milhões, mais de três vezes além do limite aceitável.
A taxa de perda de biodiversidade, calculada em número de espécies extintas por milhão de espécies por ano era de 0,1 a 1 até o início da era industrial. O limite proposto pelo estudo é de 35, mas o valor atual passou de 100.
O consumo de água potável por humanos era de 415 quilômetros cúbicos por ano antes da Revolução Industrial. Hoje, chegou a 2.600, perigosamente próximo ao limite sugerido de 4.000 quilômetros cúbicos por ano.
Os pesquisadores destacam a necessidade de se estabelecer os limites também para a emissão de aerossóis atmosféricos e de poluição química, apesar de não haver, atualmente, dados suficientes para tal definição.
Transgredir uma única dessas fronteiras planetárias por um tempo demasiadamente longo é o suficiente, argumentam, para promover alterações ambientais “abruptas e inaceitáveis que serão muito danosas ou até mesmo catastróficas à sociedade”. Além disso, quando um limite é derrubado, os níveis de segurança dos outros processos acabam sendo seriamente afetados.
“Embora a Terra tenha passado por muitos períodos de alterações ambientais importantes, o ambiente planetário tem se mantido estável pelos últimos 10 mil anos. Esse período de estabilidade – que os geólogos chamam de Holoceno – viu civilizações surgirem, se desenvolverem e florescerem. Mas tal estabilidade pode estar em risco”, descrevem os autores.
“Desde a Revolução Industrial, um novo período surgiu, o Antropoceno, no qual as ações humanas se tornaram o principal condutor das mudanças ambientais globais”, destacam. Segundo os pesquisadores, se não fosse a pressão promovida pelo homem, o Holoceno continuaria ainda por muitos milhares de anos.
Link para o Estudo original "A Safe operating space for humanity":
http://www.nature.com/nature/journal/v461/n7263/full/461472a.html
Segundo eles, a humanidade deve permanecer dentro dessas fronteiras para os processos essenciais do sistema terrestre se quiser evitar alterações ambientais de dimensões catastróficas. Esses limites representariam os espaços seguros para a ação e para a vida humana.
O conceito de limites (ou fronteiras) planetários representa um novo modelo para medir as agressões ao planeta e define espaços seguros para a existência humana. Seguros tanto para o sistema terrestre como para o próprio homem, por consequência.
Johan Rockström, da Universidade de Estocolmo, na Suécia, e colegas sugerem nove processos sistêmicos principais para esses limites: mudanças climáticas; acidificação dos oceanos; interferência nos ciclos globais de nitrogênio e de fósforo; uso de água potável; alterações no uso do solo; carga de aerossóis atmosféricos; poluição química; e a taxa de perda da biodiversidade, tanto terrestre como marinha.
Para três desses limites da ação humana – ciclo do nitrogênio, perda da biodiversidade e mudanças climáticas –, os autores do artigo argumentam que a fronteira aceitável já foi atravessada. Afirmam também que a humanidade está rapidamente se aproximando dos limites no uso de água, na conversão de florestas e de outros ecossistemas naturais para uso agropecuário, na acidificação oceânica e no ciclo de fósforo.
O estudo dá números para esses limites. Para o ciclo do nitrogênio, por exemplo, antes da Revolução Industrial a quantidade de nitrogênio removido da atmosfera para uso humano era zero. O limite estabelecido pelo estudo é de 35 milhões de toneladas por ano. Parece muito, mas os valores atuais são de 121 milhões, mais de três vezes além do limite aceitável.
A taxa de perda de biodiversidade, calculada em número de espécies extintas por milhão de espécies por ano era de 0,1 a 1 até o início da era industrial. O limite proposto pelo estudo é de 35, mas o valor atual passou de 100.
O consumo de água potável por humanos era de 415 quilômetros cúbicos por ano antes da Revolução Industrial. Hoje, chegou a 2.600, perigosamente próximo ao limite sugerido de 4.000 quilômetros cúbicos por ano.
Os pesquisadores destacam a necessidade de se estabelecer os limites também para a emissão de aerossóis atmosféricos e de poluição química, apesar de não haver, atualmente, dados suficientes para tal definição.
Transgredir uma única dessas fronteiras planetárias por um tempo demasiadamente longo é o suficiente, argumentam, para promover alterações ambientais “abruptas e inaceitáveis que serão muito danosas ou até mesmo catastróficas à sociedade”. Além disso, quando um limite é derrubado, os níveis de segurança dos outros processos acabam sendo seriamente afetados.
“Embora a Terra tenha passado por muitos períodos de alterações ambientais importantes, o ambiente planetário tem se mantido estável pelos últimos 10 mil anos. Esse período de estabilidade – que os geólogos chamam de Holoceno – viu civilizações surgirem, se desenvolverem e florescerem. Mas tal estabilidade pode estar em risco”, descrevem os autores.
“Desde a Revolução Industrial, um novo período surgiu, o Antropoceno, no qual as ações humanas se tornaram o principal condutor das mudanças ambientais globais”, destacam. Segundo os pesquisadores, se não fosse a pressão promovida pelo homem, o Holoceno continuaria ainda por muitos milhares de anos.
Link para o Estudo original "A Safe operating space for humanity":
http://www.nature.com/nature/journal/v461/n7263/full/461472a.html
Momentum on Climate Pact Is Elusive/NYtimes
By ANDREW C. REVKIN
Published: September 21, 2009
The world leaders who met at the United Nations to discuss climate change on Tuesday are faced with an intricate challenge: building momentum for an international climate treaty at a time when global temperatures have been relatively stable for a decade and may even drop in the next few years.
(...)“People understand what I’m saying, but then basically wind up saying, ‘We don’t believe anything,’ ”
(...)"Most climate scientists stand firm in their projections of centuries of rising seas and other disruptive effects of a warming planet if humans take no steps to reduce their emissions of greenhouse gases"
(...)“It does not have the direct visual or emotive impact of seeing seabirds covered in oil from the Exxon Valdez oil spill,”
Complete article here:
http://www.nytimes.com/2009/09/23/science/earth/23cool.html?_r=1&th&emc=th
Published: September 21, 2009
The world leaders who met at the United Nations to discuss climate change on Tuesday are faced with an intricate challenge: building momentum for an international climate treaty at a time when global temperatures have been relatively stable for a decade and may even drop in the next few years.
(...)“People understand what I’m saying, but then basically wind up saying, ‘We don’t believe anything,’ ”
(...)"Most climate scientists stand firm in their projections of centuries of rising seas and other disruptive effects of a warming planet if humans take no steps to reduce their emissions of greenhouse gases"
(...)“It does not have the direct visual or emotive impact of seeing seabirds covered in oil from the Exxon Valdez oil spill,”
Complete article here:
http://www.nytimes.com/2009/09/23/science/earth/23cool.html?_r=1&th&emc=th
Gore pide propuestas financieras concretas para afrontar cambio climático//ONU//NY
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em
9/22/2009 06:00:00 PM
Marcadores:
adaptacion,
cambio climático
ONU:22 de septiembre, 2009
El ex vicepresidente de Estados Unidos, Al Gore, pidió a todos los jefes de Estado que presenten propuestas concretas sobre cómo financiar la adaptación al cambio climático y la transferencia de tecnología para combatir el fenómeno.
En rueda de prensa celebrada en la sede de la ONU en el contexto de la Cumbre sobre Cambio Climático, Gore hizo ese llamamiento en particular al G-20, que se reunirá esta semana en Pittsburgh.
Aludió a la necesidad de que Estados Unidos desempeñe un papel de liderazgo en las negociaciones que tendrán lugar en la Conferencia de Copenhague en diciembre próximo.
El Premio Nobel confió en que el Congreso estadounidense logre suficiente progreso en el proceso legislativo antes del cónclave, para que permita al país actuar constructivamente e impulsar a un acuerdo.
“Sólo contamos con 76 días. Sé que parece un desafío de enormes proporciones, pero no es imposible afrontarlo. La participación personal por los jefes de Estado será el factor crucial para romper el impasse”, dijo Gore.
Destacó que la amenaza del cambio climático al futuro de la civilización es de tal magnitud que se deben dejar de lado las consideraciones políticas e ideológicas, y las disputas nacionales.
Allí se negociará un acuerdo para reducir a largo plazo las emisiones de dióxido de carbono y otras sustancias que contribuyen al calentamiento global.
El ex vicepresidente de Estados Unidos, Al Gore, pidió a todos los jefes de Estado que presenten propuestas concretas sobre cómo financiar la adaptación al cambio climático y la transferencia de tecnología para combatir el fenómeno.
En rueda de prensa celebrada en la sede de la ONU en el contexto de la Cumbre sobre Cambio Climático, Gore hizo ese llamamiento en particular al G-20, que se reunirá esta semana en Pittsburgh.
Aludió a la necesidad de que Estados Unidos desempeñe un papel de liderazgo en las negociaciones que tendrán lugar en la Conferencia de Copenhague en diciembre próximo.
El Premio Nobel confió en que el Congreso estadounidense logre suficiente progreso en el proceso legislativo antes del cónclave, para que permita al país actuar constructivamente e impulsar a un acuerdo.
“Sólo contamos con 76 días. Sé que parece un desafío de enormes proporciones, pero no es imposible afrontarlo. La participación personal por los jefes de Estado será el factor crucial para romper el impasse”, dijo Gore.
Destacó que la amenaza del cambio climático al futuro de la civilización es de tal magnitud que se deben dejar de lado las consideraciones políticas e ideológicas, y las disputas nacionales.
Allí se negociará un acuerdo para reducir a largo plazo las emisiones de dióxido de carbono y otras sustancias que contribuyen al calentamiento global.
O Brasil e As Mudanças Climáticas
Carlos Nobre, climatologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, contesta a afirmação de Fred Krupp, presidente do Environmental Defense Fund, Fred Krupp, de que os Estados Unidos é apenas o segundo maior emissor de gases GEE. Ele ainda diz que o Brasil deve receber ajuda financeira para diminuir suas emissões.
Mundo Ainda Sem Liderança para o Encontro Global do Clima;No Climate Change Leader as Nations Meet//NYtimes
No Climate Change Leader as Nations Meet
artigo de Neil MacFarquhar, NYT - tradução de Laércio Bruno Filho
Economistas apontam para a Índia, uma potência tipicamente emergente, como capaz de ilustrar os obstáculos que cerca de 100 líderes do mundo devem enfrentar ao se reunir em Nova York na próxima terça-feira para a maior reunião de cúpula sobre mudança climática já convocada.
O governo indiano anunciou um importante compromisso de levar eletricidade, via energia renovável solar para mais de 400 milhões de pessoas, hoje sem acesso.
Contudo, o governo foi criticado internamente, por aceitar a meta internacional de redução de 2 graus fahrenheit (sobre a temperatura atual) visando impedir o aumento da temperatura global e assim reduzindo suas emissões de GEE. Os partidos da oposição acusaram o governo de vender o futuro desenvolvimento do país.
Embora praticamente todas as grandes nações desenvolvidas e em desenvolvimento tenham assumido compromissos nacionais para a criação mais eficiente de fontes de energia renováveis, visando as reduções de emissões, ninguém quer assumir a liderança na luta por importantes metas internacionais de redução das emissões. Isto se dá por conta de que nenhum desses países deseja correr o risco de ser acusado internamente de vender futuros empregos e crescimento econômico.
As negociações para um novo acordo sobre as alterações climáticas a ser assinado em Copenhague em dezembro estão paralisadas. Com o atual acordo em execução mais de 200 páginas, afirmam os negociadores dos países, são de pontos de discordância diplomática entre os países. Há uma preocupação geral de que o documento seja demasiado pesado para reunir um consenso nos próximos meses.
Ao convocar esta reunião, as Nações Unidas esperam que, coletivamente, os líderes possam despertar atenção e vontade dos países participantes para a superação de interesses nacionais limitados e dar aos negociadores uma amplitude maior da questão, buscando pelo menos a concepção de um esboço possível acordo global.
Ban Ki-moon – Secretario Geral da ONU: "Eu os tenho incentivado a falar e agir como líderes globais,pensando além de suas fronteiras nacionais", disse quinta-feira na reunião da ONU.
Na próxima terça-feira,líderes e chefes de Estado e de Governo da maioria das potencias econômicas, estão engajados em discussões preliminares sobre questões pendentes à mudança climática,já como preparação para o encontro de dezembro.
Segundo Robert Orr, secretário-geral adjunto para o planejamento da política das Nações Unidas,este encontro não objetiva o posicionamento “país a país “, mas sim um posicionamento conjunto de todos os países presentes. "Politicamente, todos eles têm que saltar juntos, e essa é a essência deste encontro”.
Vamos ver se todos os governos estão dispostos a dizer: "Estou dando o primeiro passo, você virá comigo?" Isso seria uma quebra enorme nos procedimentos de negociação adotados até hoje”
(...)Apesar de se limitar o aumento da temperatura a 2 graus Fahrenheit uma meta já aceita, não há consenso sobre como chegar lá.
Os países industrializados não chegaram a acordo sobre metas de médio prazo. Fizeram promessas de redução em cerca de metade da meta definida pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, que é de 25% a 40% de redução dos níveis identificados em 1990 até o ano limite de 2020.
Os países em desenvolvimento concordaram sobre a necessidade de reduzir as suas emissões, mas rejeitaram qualquer limite obrigatório, além de exigirem apoio financeiro e técnico em troca de tais reduções.
A questão da ajuda aos países mais pobres para se adaptar ao impacto das alterações climáticas tem sido posta de lado. Também não há acordo sobre quais seriam as instituições que seriam responsáveis por verificar o atingi mento de metas cumpridas e a fiscalização das finanças.
De acordo com Kim Carstensen, diretor do Global Climate Initiative of the World Wildlife Fund, o consenso geral que reina no encontro é :”posicione-se o mínimo possível, o mais tarde possível e deixe a outra pessoa ir primeiro".
Nas últimas semanas, surgiram profundas divisões entre os Estados Unidos e a União Européia. Os europeus disseram que iriam doar de US $ 2 bilhões a US $ 15 bilhões por ano, na próxima década para ajudar os países menos desenvolvidos a se adaptarem à mudança climática. O governo dos EUA não ofereceu nada próximo.
A meta européia é uma redução de 20%o, dos níveis de emissão identificados no ano 1990, até o ano de 2020. Isto seria ainda inferior aos 25% recomendados pelo Painel Intergovernamental, embora os europeus dissessem que aceitariam 30% se todos os países concordassem.
O Congresso dos EUA está discutindo tais questões(...) ,as chances de definição de um projeto final de compensação no Congresso Americano até dezembro são cada vez mais improváveis, (...) especialistas estão esperando ansiosamente para ouvir o que o presidente Obama,proporá em seu discurso na terça-feira próxima sobre mudanças climáticas, questão fundamental em sua administração.
Um discurso do presidente Hu Jintao, da China também é amplamente esperado. Especialistas esperam que ele anuncie um compromisso significativo para com energias renováveis e redução de emissões nos próximos cinco anos. Hu jintao é o primeiro presidente chinês a participar na Conferência Anual da Assembléia Geral das Nações Unidas.
Estados Unidos e a China representam, juntos, cerca de 40 por cento das emissões mundiais, divididos quase igualmente.Um consenso entre estes dois países impulsionaria de forma significativa um acordo global.
(…) EUA só querem assumir metas de redução depois do posicionamento da China, há quem diga que este posicionamento fará naufragar todo o esforço do Encontro. Além disso, os EUA não desejam assumir os mesmos montantes de redução que China, diz um senador americano, antigo negociador norte-americano.
Blocos de países menores, as nações mais pobres têm suas próprias agendas. Os países insulares do Pacífico e do Caribe pressionarão por um limite máximo de temperatura ainda mais baixa que os 2 graus Fahrenheit porque eles temem que a elevação dos mares poderia literalmente inundá-los. Os africanos estão ameaçando sair das negociações se não forem acordados US $ 300 bilhões em ajuda.
Existem ainda as objeções da Nova Zelândia para o fato de que as negociações têm basicamente ignorado a agricultura, que responde por 13% a 14% das emissões de GEE. Os países em desenvolvimento temem que uma eventual regulamentação da agricultura poderia aprofundar os graves problemas na alimentação de suas populações.
"O percepção é de que paira é uma espécie de reação nacionalista que pode levar a um retrocesso de posições", disse Jeffrey Sachs, diretor do Earth Institute da Columbia University. "Deveríamos estar vendo isto como solucionando uma questão global, e não como a negociação global."
To read in English,access the link below :
http://www.nytimes.com/2009/09/20/science/earth/20nations.html?th&emc=th
artigo de Neil MacFarquhar, NYT - tradução de Laércio Bruno Filho
Economistas apontam para a Índia, uma potência tipicamente emergente, como capaz de ilustrar os obstáculos que cerca de 100 líderes do mundo devem enfrentar ao se reunir em Nova York na próxima terça-feira para a maior reunião de cúpula sobre mudança climática já convocada.
O governo indiano anunciou um importante compromisso de levar eletricidade, via energia renovável solar para mais de 400 milhões de pessoas, hoje sem acesso.
Contudo, o governo foi criticado internamente, por aceitar a meta internacional de redução de 2 graus fahrenheit (sobre a temperatura atual) visando impedir o aumento da temperatura global e assim reduzindo suas emissões de GEE. Os partidos da oposição acusaram o governo de vender o futuro desenvolvimento do país.
Embora praticamente todas as grandes nações desenvolvidas e em desenvolvimento tenham assumido compromissos nacionais para a criação mais eficiente de fontes de energia renováveis, visando as reduções de emissões, ninguém quer assumir a liderança na luta por importantes metas internacionais de redução das emissões. Isto se dá por conta de que nenhum desses países deseja correr o risco de ser acusado internamente de vender futuros empregos e crescimento econômico.
As negociações para um novo acordo sobre as alterações climáticas a ser assinado em Copenhague em dezembro estão paralisadas. Com o atual acordo em execução mais de 200 páginas, afirmam os negociadores dos países, são de pontos de discordância diplomática entre os países. Há uma preocupação geral de que o documento seja demasiado pesado para reunir um consenso nos próximos meses.
Ao convocar esta reunião, as Nações Unidas esperam que, coletivamente, os líderes possam despertar atenção e vontade dos países participantes para a superação de interesses nacionais limitados e dar aos negociadores uma amplitude maior da questão, buscando pelo menos a concepção de um esboço possível acordo global.
Ban Ki-moon – Secretario Geral da ONU: "Eu os tenho incentivado a falar e agir como líderes globais,pensando além de suas fronteiras nacionais", disse quinta-feira na reunião da ONU.
Na próxima terça-feira,líderes e chefes de Estado e de Governo da maioria das potencias econômicas, estão engajados em discussões preliminares sobre questões pendentes à mudança climática,já como preparação para o encontro de dezembro.
Segundo Robert Orr, secretário-geral adjunto para o planejamento da política das Nações Unidas,este encontro não objetiva o posicionamento “país a país “, mas sim um posicionamento conjunto de todos os países presentes. "Politicamente, todos eles têm que saltar juntos, e essa é a essência deste encontro”.
Vamos ver se todos os governos estão dispostos a dizer: "Estou dando o primeiro passo, você virá comigo?" Isso seria uma quebra enorme nos procedimentos de negociação adotados até hoje”
(...)Apesar de se limitar o aumento da temperatura a 2 graus Fahrenheit uma meta já aceita, não há consenso sobre como chegar lá.
Os países industrializados não chegaram a acordo sobre metas de médio prazo. Fizeram promessas de redução em cerca de metade da meta definida pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, que é de 25% a 40% de redução dos níveis identificados em 1990 até o ano limite de 2020.
Os países em desenvolvimento concordaram sobre a necessidade de reduzir as suas emissões, mas rejeitaram qualquer limite obrigatório, além de exigirem apoio financeiro e técnico em troca de tais reduções.
A questão da ajuda aos países mais pobres para se adaptar ao impacto das alterações climáticas tem sido posta de lado. Também não há acordo sobre quais seriam as instituições que seriam responsáveis por verificar o atingi mento de metas cumpridas e a fiscalização das finanças.
De acordo com Kim Carstensen, diretor do Global Climate Initiative of the World Wildlife Fund, o consenso geral que reina no encontro é :”posicione-se o mínimo possível, o mais tarde possível e deixe a outra pessoa ir primeiro".
Nas últimas semanas, surgiram profundas divisões entre os Estados Unidos e a União Européia. Os europeus disseram que iriam doar de US $ 2 bilhões a US $ 15 bilhões por ano, na próxima década para ajudar os países menos desenvolvidos a se adaptarem à mudança climática. O governo dos EUA não ofereceu nada próximo.
A meta européia é uma redução de 20%o, dos níveis de emissão identificados no ano 1990, até o ano de 2020. Isto seria ainda inferior aos 25% recomendados pelo Painel Intergovernamental, embora os europeus dissessem que aceitariam 30% se todos os países concordassem.
O Congresso dos EUA está discutindo tais questões(...) ,as chances de definição de um projeto final de compensação no Congresso Americano até dezembro são cada vez mais improváveis, (...) especialistas estão esperando ansiosamente para ouvir o que o presidente Obama,proporá em seu discurso na terça-feira próxima sobre mudanças climáticas, questão fundamental em sua administração.
Um discurso do presidente Hu Jintao, da China também é amplamente esperado. Especialistas esperam que ele anuncie um compromisso significativo para com energias renováveis e redução de emissões nos próximos cinco anos. Hu jintao é o primeiro presidente chinês a participar na Conferência Anual da Assembléia Geral das Nações Unidas.
Estados Unidos e a China representam, juntos, cerca de 40 por cento das emissões mundiais, divididos quase igualmente.Um consenso entre estes dois países impulsionaria de forma significativa um acordo global.
(…) EUA só querem assumir metas de redução depois do posicionamento da China, há quem diga que este posicionamento fará naufragar todo o esforço do Encontro. Além disso, os EUA não desejam assumir os mesmos montantes de redução que China, diz um senador americano, antigo negociador norte-americano.
Blocos de países menores, as nações mais pobres têm suas próprias agendas. Os países insulares do Pacífico e do Caribe pressionarão por um limite máximo de temperatura ainda mais baixa que os 2 graus Fahrenheit porque eles temem que a elevação dos mares poderia literalmente inundá-los. Os africanos estão ameaçando sair das negociações se não forem acordados US $ 300 bilhões em ajuda.
Existem ainda as objeções da Nova Zelândia para o fato de que as negociações têm basicamente ignorado a agricultura, que responde por 13% a 14% das emissões de GEE. Os países em desenvolvimento temem que uma eventual regulamentação da agricultura poderia aprofundar os graves problemas na alimentação de suas populações.
"O percepção é de que paira é uma espécie de reação nacionalista que pode levar a um retrocesso de posições", disse Jeffrey Sachs, diretor do Earth Institute da Columbia University. "Deveríamos estar vendo isto como solucionando uma questão global, e não como a negociação global."
To read in English,access the link below :
http://www.nytimes.com/2009/09/20/science/earth/20nations.html?th&emc=th
Brasileiros ainda enfrentam doenças por falta de água
UOL
Se a maior parte dos brasileiros tem acesso a água encanada e coleta de esgoto em casa, moradores de 9,2 milhões de residências ainda dependem de poços, nascentes, carros-pipa ou da chuva para beber, cozinhar e tomar banho. Já cerca de 2,2 milhões de casas não contam com nenhum tipo de escoamento para o esgoto.
Segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, do IBGE), a rede de abastecimento de água cresceu 0,7 ponto porcentual entre 2007 e 2008, atendendo cerca de 1,8 milhão de casas a mais no período. A rede cresceu mais no Nordeste, onde hoje 78% das residências têm água.
A rede é menor no Norte, onde só 58,3% das casas têm água encanada, de acordo com dados da pesquisa. É na região que se encontram os três Estados com as redes mais precárias: Rondônia, Pará e Acre - que atendem 42,3%, 49,1% e 56,8% das casas, respectivamente.
"O problema da falta de água ou da intermitência no fornecimento é que ela leva a população a procurar alternativas que podem não ter os mesmos parâmetros de potabilidade da rede oficial", explica Wanderley Paganini, professor doutor do departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da USP. "Água potável é a diferença entre a vida e a morte".
Paganini afirma que, no Brasil, 60% das internações de crianças de zero a 10 anos são causadas pela falta de água potável ou de esgotamento sanitário. Os jovens chegam aos hospitais com diarréia, disenteria, vermes, tifo e hepatite. Se a combinação de chuva, esgoto e ratos estiver presente, há o risco grande de contrair leptospirose.
Os números da coleta de esgoto são mais desanimadores. O IBGE chama de "outro" o esgotamento que não trata os dejetos, lançando-os para fossas rudimentares, valas, rios, lagos ou para o mar. Enquanto o Distrito Federal trata 96,8% do esgoto residencial, o Tocantins trata somente 32,1%. Ainda é mais que o Mato Grosso do Sul, onde somente 24% do esgoto é tratado. O Estado tem o pior índice de coleta de esgoto no país, muito abaixo do número modesto do vizinho Mato Grosso, onde a rede coletora atende 53,4% das residências.
A rede de esgoto no Mato Grosso do Sul está divida entre a Sanesul, empresa que cuida das áreas urbanas do Estado, o Incra e a Funasa, que dividem o trabalho na parte rural. Na capital Campo Grande, o sistema de saneamento é privatizado e a empresa responsável pelos serviços de abastecimento e esgoto é a Águas Guariroba.
De acordo com a assessoria de imprensa da Sanesul, a empresa trata hoje 15% do esgoto das áreas urbanas, número que deve pular para 35% em 2010, quando está prevista a entrega das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) nas cidades Corumbá, Dourados, Ponta Porá e Três Lagoas.
Enquanto as obras não ficam prontas, a cidade de Corumbá, conhecida como a porta de entrada do Pantanal, tem somente 4% do esgoto tratado. Segundo a Sanesul, as principais dificuldades para aumentar a rede de esgoto na cidade são o terreno rochoso, que encarece as obras de instalação do encanamento, e o grande número de ligações clandestinas que despejam os dejetos das casas diretamente nas galerias pluviais - que seguem para o rio Paraguai. O contraponto no Mato Grosso do Sul é a turística cidade de Bonito, onde 100% do esgoto é tratado, afirma a empresa.
A disparidade de saneamento entre as unidades da federação é tão grande que, ao contrário do Mato Grosso do Sul, o volume de esgoto residencial coletado e tratado no Estado de São Paulo chega a 94,2%. No Distrito Federal, o índice é ainda maior: 96,8%.
Coleta de lixo
Não é só água sem tratamento e esgoto a céu aberto que causa doenças. A má disposição do lixo também pode causar problemas de saúde. O acúmulo de resíduos sólidos junta ratos, baratas e moscas, que são vetores de bactérias.
Segundo o IBGE, a coleta de lixo cresceu 0,6 ponto porcentual de 2007 para 2008 e hoje atende a mais de 50 milhões de domicílios. Dados da Pnad mostram que as regiões Nordeste e Sudeste deram as maiores contribuições em números absolutos, com 641 mil e 690 mil casas, respectivamente, passando a fazer parte da rede de coleta de lixo.
Em porcentagem, o Sudeste lidera na coleta dos resíduos domiciliares: 95,3% é recolhido, contra 4,7% que são queimados ou enterrados em propriedades, jogados em terreno baldio, nas ruas, rios, lagos ou mesmo no mar. A pior situação está no Nordeste, onde 24,6% - quase um quarto de todo o lixo produzido - não tem destino correto.
A evolução dos serviços de coleta é essencial. Mas o problema do lixo não acaba no caminhão, mas sim nos aterros sanitários.
"O lixo tem que ser encarado de três maneiras: uma é forma como ele é separado e embalado dentro de casa. Outra é a coleta pelo poder público. Mas o mais importante é para onde vai esse lixo e como vai ser disposto na natureza", diz Wanderley Paganini, da Faculdade de Saúde Pública da USP.
"A disposição correta dos sacos de lixo protege a população das doenças. E a disposição protege o meio ambiente", completa o professor.
Se a maior parte dos brasileiros tem acesso a água encanada e coleta de esgoto em casa, moradores de 9,2 milhões de residências ainda dependem de poços, nascentes, carros-pipa ou da chuva para beber, cozinhar e tomar banho. Já cerca de 2,2 milhões de casas não contam com nenhum tipo de escoamento para o esgoto.
Segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, do IBGE), a rede de abastecimento de água cresceu 0,7 ponto porcentual entre 2007 e 2008, atendendo cerca de 1,8 milhão de casas a mais no período. A rede cresceu mais no Nordeste, onde hoje 78% das residências têm água.
A rede é menor no Norte, onde só 58,3% das casas têm água encanada, de acordo com dados da pesquisa. É na região que se encontram os três Estados com as redes mais precárias: Rondônia, Pará e Acre - que atendem 42,3%, 49,1% e 56,8% das casas, respectivamente.
"O problema da falta de água ou da intermitência no fornecimento é que ela leva a população a procurar alternativas que podem não ter os mesmos parâmetros de potabilidade da rede oficial", explica Wanderley Paganini, professor doutor do departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da USP. "Água potável é a diferença entre a vida e a morte".
Paganini afirma que, no Brasil, 60% das internações de crianças de zero a 10 anos são causadas pela falta de água potável ou de esgotamento sanitário. Os jovens chegam aos hospitais com diarréia, disenteria, vermes, tifo e hepatite. Se a combinação de chuva, esgoto e ratos estiver presente, há o risco grande de contrair leptospirose.
Os números da coleta de esgoto são mais desanimadores. O IBGE chama de "outro" o esgotamento que não trata os dejetos, lançando-os para fossas rudimentares, valas, rios, lagos ou para o mar. Enquanto o Distrito Federal trata 96,8% do esgoto residencial, o Tocantins trata somente 32,1%. Ainda é mais que o Mato Grosso do Sul, onde somente 24% do esgoto é tratado. O Estado tem o pior índice de coleta de esgoto no país, muito abaixo do número modesto do vizinho Mato Grosso, onde a rede coletora atende 53,4% das residências.
A rede de esgoto no Mato Grosso do Sul está divida entre a Sanesul, empresa que cuida das áreas urbanas do Estado, o Incra e a Funasa, que dividem o trabalho na parte rural. Na capital Campo Grande, o sistema de saneamento é privatizado e a empresa responsável pelos serviços de abastecimento e esgoto é a Águas Guariroba.
De acordo com a assessoria de imprensa da Sanesul, a empresa trata hoje 15% do esgoto das áreas urbanas, número que deve pular para 35% em 2010, quando está prevista a entrega das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) nas cidades Corumbá, Dourados, Ponta Porá e Três Lagoas.
Enquanto as obras não ficam prontas, a cidade de Corumbá, conhecida como a porta de entrada do Pantanal, tem somente 4% do esgoto tratado. Segundo a Sanesul, as principais dificuldades para aumentar a rede de esgoto na cidade são o terreno rochoso, que encarece as obras de instalação do encanamento, e o grande número de ligações clandestinas que despejam os dejetos das casas diretamente nas galerias pluviais - que seguem para o rio Paraguai. O contraponto no Mato Grosso do Sul é a turística cidade de Bonito, onde 100% do esgoto é tratado, afirma a empresa.
A disparidade de saneamento entre as unidades da federação é tão grande que, ao contrário do Mato Grosso do Sul, o volume de esgoto residencial coletado e tratado no Estado de São Paulo chega a 94,2%. No Distrito Federal, o índice é ainda maior: 96,8%.
Coleta de lixo
Não é só água sem tratamento e esgoto a céu aberto que causa doenças. A má disposição do lixo também pode causar problemas de saúde. O acúmulo de resíduos sólidos junta ratos, baratas e moscas, que são vetores de bactérias.
Segundo o IBGE, a coleta de lixo cresceu 0,6 ponto porcentual de 2007 para 2008 e hoje atende a mais de 50 milhões de domicílios. Dados da Pnad mostram que as regiões Nordeste e Sudeste deram as maiores contribuições em números absolutos, com 641 mil e 690 mil casas, respectivamente, passando a fazer parte da rede de coleta de lixo.
Em porcentagem, o Sudeste lidera na coleta dos resíduos domiciliares: 95,3% é recolhido, contra 4,7% que são queimados ou enterrados em propriedades, jogados em terreno baldio, nas ruas, rios, lagos ou mesmo no mar. A pior situação está no Nordeste, onde 24,6% - quase um quarto de todo o lixo produzido - não tem destino correto.
A evolução dos serviços de coleta é essencial. Mas o problema do lixo não acaba no caminhão, mas sim nos aterros sanitários.
"O lixo tem que ser encarado de três maneiras: uma é forma como ele é separado e embalado dentro de casa. Outra é a coleta pelo poder público. Mas o mais importante é para onde vai esse lixo e como vai ser disposto na natureza", diz Wanderley Paganini, da Faculdade de Saúde Pública da USP.
"A disposição correta dos sacos de lixo protege a população das doenças. E a disposição protege o meio ambiente", completa o professor.
Rumo a Copenhague/COP 15
(material de Planeta Sustentavel/Grupo Abril)
O que podemos esperar da nova conferência climática que reunirá líderes dos principais países emissores de GEE em torno do tratado que substituirá o Protocolo de Quioto? O climatologista Carlos Nobre, conselheiro do Planeta Sustentável, analisa o que será tônica na reunião e que notícias o Brasil poderá anunciar durante o encontro.
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Postado por
Unknown
em
9/16/2009 04:41:00 AM
Marcadores:
acordo global,
cop 15,
Copenhague,
mudanças climáticas
Agência FAPESP – A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP15), que será realizada em Copenhague, na Dinamarca, de 7 a 18 de dezembro, deverá definir um novo acordo global para o clima que passará a vigorar com o fim do Protocolo de Kyoto, em 2011.
A importância do encontro é tão grande que não deixou espaço para fracassos. “Tudo ou nada”, dizem uns; “não há plano B”, apontam outros. Um artigo publicado nesta quarta-feira (16/9) na revista The Lancet e no The British Medical Journal vai nessa toada, não economizando nas expectativas.
Segundo os autores, o sucesso em Copenhague é “vital para o futuro da espécie humana e da civilização”. “O fracasso em concordar com reduções radicais nas emissões significa uma catástrofe para a saúde global”, afirmam os autores lorde Michael Jay, diplomata e chairman da comissão de nomeações da Casa dos Lordes, a câmara alta do parlamento britânico, e sir Michael Marmot, professor de epidemiologia e saúde pública na University College London.
Evidências científicas de que as temperaturas no planeta têm se elevado por causa da ação do homem têm sido amplamente aceitas desde o relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) divulgado em 2007.
A conta que deve ser fechada: se quiser evitar um aumento de 2ºC nas temperaturas médias pré-industriais – considerado limite para um cenário catastrófico e irreversível –, o mundo deve reduzir, até 2050, as emissões de dióxido de carbono de modo a chegar, no máximo, a 50% dos níveis verificados da década de 1990.
O desafio é extremamente complexo e deve ser de responsabilidade geral. “As mudanças climáticas são globais. Emissões não conhecem fronteiras e as medidas necessárias para diminuí-las devem ser vistas não como um custo, as sim como uma oportunidade”, afirmam.
“Usinas energéticas a carvão poluem a atmosfera e pioram a saúde humana. O mesmo ocorre com os motores a combustão. O desflorestamento destrói a biodiversidade. Mesmo sem as mudanças climáticas, é forte o argumento para energia limpa, automóveis elétricos, preservação de florestas, eficiência energética e novas tecnologias agrícolas. As mudanças climáticas tornam o argumento irrefutável”, apontam.
De acordo com os autores, o sucesso em Copenhague exigirá o reconhecimento por parte dos países mais ricos de que eles têm obrigações para com os mais pobres. E o reconhecimento por parte das nações mais pobres de que as mudanças climáticas são um problema global que exige uma solução global na qual todos têm um papel a cumprir.
Comentário publicado na mesma edição da The Lancet, escrito por um grupo internacional de pesquisadores, ressalta a importância da conferência em dezembro.
“Há um perigo real de que os políticos se mostrem indecisos, especialmente em um momento de turbulência econômica. Mas se suas respostas se mostrarem fracas, os resultados para a saúde mundial serão catastróficos”, destacam.
O artigo Politicians must heed health effects of climate change podem ser lidos aqui ou acessando: http://www.thelancet.com/
HEALTH AND CLIMATE CHANGE//The Lancet
Expectations are running high for the UN climate change conference in Copenhagen this December. But will we get the global commitment for radical cuts in CO2 emissions that the world so urgently needs? The scientific evidence that global temperatures are rising and that man is responsible has been widely accepted since the 2007 report by the Intergovernmental Panel on Climate Change.1 There is now equally wide consensus that we need to reduce CO2 emissions to at most 50% of 1990 levels by 2050,2 if we are to have even a 50% chance of preventing temperatures exceeding preindustrial levels by more than 2°C, considered by many to be the tipping point for catastrophic and irreversible climate change.
The economic argument that taking action now rather than later will be cheaper is also widely accepted after the Stern report in 2006.3 The election of President Barack Obama has shifted US policy from seeking to block an agreement to seeking to find one.
So the chances of success should be good. But the politics are tough. The most vocal arguments are about equity: the rich world caused the problem: why should the poor world pay to put it right? Can the rich world do enough, through its own actions and through its financial and technological support for the poor, to persuade the poor to join in a global agreement? The present economic climate does not help, giving rich world sceptics arguments for not acting—or at least not acting now. And the sensitive issue of population stabilisation continues to slip off the agenda but is crucial to achieving real reductions in global CO2 emissions.
These arguments need to be addressed head on. Climate change is global. Emissions know no frontiers. And the necessary measures should be seen not as a cost but as an opportunity. Coal-fired power stations pollute the atmosphere and worsen health. So does the internal combustion engine. Deforestation destroys biodiversity. Saving energy helps hard-pressed household budgets. Drought-resistant crops help poor farmers. So even without climate change, the case for clean power, electric cars, saving forests, energy efficiency, and new agricultural technology is strong.4 Climate change makes it unanswerable.
The threat to health is especially evident in the poorest countries, particularly in sub-Saharan Africa, as the recent report by The Lancet and the University College London Institute for Global Health Commission shows.4 These countries are struggling to meet the Millennium Development Goals (MDGs). Their poverty and lack of resources, infrastructure, and often governance, make them far more vulnerable to the effects of climate change. Warmer climate can lead to drought, pressure on resources (particularly water), migration, and conflict. The conflict in Darfur is as much about pressure on resources as the desert encroaches as about the internal politics of Sudan. And the implications for the health of local populations are acute—on the spread and changing patterns of disease, notably water-borne diseases from inadequate and unclean supplies, on maternal and child mortality as basic health services collapse, and on malnutrition where food is scarce.5 And population stabilisation will not be achieved if, for want of resources, girls are not educated and contraceptives are unavailable.6
Climate change is causing other kinds of extreme weather events too: storms, floods, and rising sea levels affecting coastal populations and islands.7 Every such event has adverse consequences for health. The poorer the country and its infrastructure, the worse are the consequences, and the poorer the chances of meeting the MDGs.
Crucially for winning hearts and minds in richer countries, what is good for the climate is good for health. The measures needed to combat climate change coincide with those needed to ensure a healthier population and reduce the burden on health services. A low-carbon economy will mean less pollution. A low-carbon diet (especially eating less meat) and more exercise will mean less cancer, obesity, diabetes, and heart disease.4 Opportunity, surely, not cost.
This is an opportunity too, to advance health equity—increasingly seen as necessary for a healthy and happy society. If we take climate change seriously, it will require major changes to the way we live, reducing the gap between carbon-rich and carbon-poor within and between countries. The Commission on Social Determinants of Health said that action to promote health must go well beyond health care.8 It must focus on the conditions in which people are born, grow, live, work, and age, and on the structural drivers of those conditions—inequities in power, money, and resources. These insights give further confirmation that what is good for the climate is good for health.
A successful outcome at Copenhagen is vital for our future as a species and for our civilisation. It will require recognition by the rich countries of their obligations to the poor; and recognition by the poor countries that climate change is a global problem that requires a global solution in which we all have to play a part. It will require a new mindset: that the measures needed to mitigate the risks of climate change and adapt to its already inevitable effects provide an opportunity to achieve goals that are desirable in their own right—the achievement of the MDGs in poor countries and a healthier, more equal society in the rich world and globally. Failure to agree radical reductions in emissions spells a global health catastrophe, which is why health professionals must put their case forcefully now and after Copenhagen.9
The economic argument that taking action now rather than later will be cheaper is also widely accepted after the Stern report in 2006.3 The election of President Barack Obama has shifted US policy from seeking to block an agreement to seeking to find one.
So the chances of success should be good. But the politics are tough. The most vocal arguments are about equity: the rich world caused the problem: why should the poor world pay to put it right? Can the rich world do enough, through its own actions and through its financial and technological support for the poor, to persuade the poor to join in a global agreement? The present economic climate does not help, giving rich world sceptics arguments for not acting—or at least not acting now. And the sensitive issue of population stabilisation continues to slip off the agenda but is crucial to achieving real reductions in global CO2 emissions.
These arguments need to be addressed head on. Climate change is global. Emissions know no frontiers. And the necessary measures should be seen not as a cost but as an opportunity. Coal-fired power stations pollute the atmosphere and worsen health. So does the internal combustion engine. Deforestation destroys biodiversity. Saving energy helps hard-pressed household budgets. Drought-resistant crops help poor farmers. So even without climate change, the case for clean power, electric cars, saving forests, energy efficiency, and new agricultural technology is strong.4 Climate change makes it unanswerable.
The threat to health is especially evident in the poorest countries, particularly in sub-Saharan Africa, as the recent report by The Lancet and the University College London Institute for Global Health Commission shows.4 These countries are struggling to meet the Millennium Development Goals (MDGs). Their poverty and lack of resources, infrastructure, and often governance, make them far more vulnerable to the effects of climate change. Warmer climate can lead to drought, pressure on resources (particularly water), migration, and conflict. The conflict in Darfur is as much about pressure on resources as the desert encroaches as about the internal politics of Sudan. And the implications for the health of local populations are acute—on the spread and changing patterns of disease, notably water-borne diseases from inadequate and unclean supplies, on maternal and child mortality as basic health services collapse, and on malnutrition where food is scarce.5 And population stabilisation will not be achieved if, for want of resources, girls are not educated and contraceptives are unavailable.6
Climate change is causing other kinds of extreme weather events too: storms, floods, and rising sea levels affecting coastal populations and islands.7 Every such event has adverse consequences for health. The poorer the country and its infrastructure, the worse are the consequences, and the poorer the chances of meeting the MDGs.
Crucially for winning hearts and minds in richer countries, what is good for the climate is good for health. The measures needed to combat climate change coincide with those needed to ensure a healthier population and reduce the burden on health services. A low-carbon economy will mean less pollution. A low-carbon diet (especially eating less meat) and more exercise will mean less cancer, obesity, diabetes, and heart disease.4 Opportunity, surely, not cost.
This is an opportunity too, to advance health equity—increasingly seen as necessary for a healthy and happy society. If we take climate change seriously, it will require major changes to the way we live, reducing the gap between carbon-rich and carbon-poor within and between countries. The Commission on Social Determinants of Health said that action to promote health must go well beyond health care.8 It must focus on the conditions in which people are born, grow, live, work, and age, and on the structural drivers of those conditions—inequities in power, money, and resources. These insights give further confirmation that what is good for the climate is good for health.
A successful outcome at Copenhagen is vital for our future as a species and for our civilisation. It will require recognition by the rich countries of their obligations to the poor; and recognition by the poor countries that climate change is a global problem that requires a global solution in which we all have to play a part. It will require a new mindset: that the measures needed to mitigate the risks of climate change and adapt to its already inevitable effects provide an opportunity to achieve goals that are desirable in their own right—the achievement of the MDGs in poor countries and a healthier, more equal society in the rich world and globally. Failure to agree radical reductions in emissions spells a global health catastrophe, which is why health professionals must put their case forcefully now and after Copenhagen.9
Hábito Alimentar : Fator Crítico do Sucesso de Uma Nação
por Laércio Bruno Filho
O conceito de Piramide Alimentar apresenta os padrões referentes a uma alimentação balanceada e saudavel.
São padrões estabelecidos e recomendados pelas organizações de saúde como sendo uma dieta equilibrada que ao ser adotada proporciona e contribui para a boa saúde.
Na ilustração acima são apresentados os modelos conceituais propostos nos EUA e no Brasil sendo possivel observar que ambos são praticamente iguais.
No entanto, os habitos alimentares nos dois países são bem distintos por conta de diversos fatores.Por exemplo; condições climáticas, cultura, renda per capita e estilo de vida.
Considerando tais premissas, pergunta-se:
1- Por que nos EUA, de um modo geral, observamos um padrão alimentar tão desbalanceado, quando comparado com o proposto em sua piramide?
2- Porque nos importamos e como isto nos atinge ?
Resposta 1: por que nos EUA existe uma gigantesca indústria alimentícia, conhecida por "Big Food", que pratica forte atividade de lobby junto ao congresso em busca de proteger seus interesses. Além disso investe bilhões em campanhas de marketing com o objetivo de direcionar a sociedade para o consumo de seus produtos, concorrendo assim com o sistema educação e saúde que deveria "ensinar" o cidadão a se alimentar da forma adequada.
Fatores complementares: total acessibilidade aos produtos por conta de uma excelente rede de logistica capilar; preço muito barato; sociedade com ritmo de vida muito acelerado nos grandes centros urbanos.
Big Food movimenta assim boa parte do PIB americano.
Resposta 2 : por que os EUA exportam para todo o mundo o "way of eating". Um modelo persuasivo, ancorado pelo conceito de que "refeição prática tem que ser rápida", que redesenhou o modo de se alimentar e de produzir alimentos.
O recente debate que acontece nos EUA sobre a questão do Sistema de Saúde estabelece uma ligação direta entre alimentação e saude.
Uma das questões centrais do debate é o quanto e como se gasta.
O Sistema de Saude Publica adotado nos EUA tem alguma similaridade ao modelo brasileiro, no sentido de que existe um sistema estatal de assistencia à saúde que é ineficaz e mal gastador fazendo-se então necessária uma alternativa, que é representada pelos seguros-saúde privados.
De forma geral, no sistema estatal americano as“filas” existem mas são menores, o atendimento é muito mais eficaz que o nosso e o paciente é atendido de forma efetiva, sem ter que esperar tanto tempo por uma consulta com o especialista.
A rede de atendimento é mais distribuida, oferecendo mais pontos de atendimento. A tecnologia é abundante,acessivel e otimiza sobremaneira os resultados tecnicos/médicos reduzindo custos operacionais.Medicamentos são distribuídos gratuitamente e não costumam faltar.
A industria de fármacos também possui um influente e atuante lobby.
Mesmo assim há muita insatisfação, por parte de quem paga impostos, não recebe o retorno desejado tendo que optar pelo sistema privado e seu elevado custo.
Way of Life
Mas, o que mais chama a atenção neste momento é o “way of eating” exportado pelos EUA para o mundo todo que comprovadamente conduz em medio e longo prazos ao desequilíbrio da saúde, gerando doenças e altíssimos custos de tratamento. (Veja o estudo realizado e acessivel pelo link logo abaixo).
Doenças como diabetes, câncer, hipertensão, hoje incidem com maior freqüência sobre a população e alguns cientistas endereçam a causa diretamente ao habito alimentar.
Artigo do NYTimes
Um artigo publicado em 10/set, aborda a questão da saúde publica nos EUA sob uma ótica realista e esclarecedora, apontando as correlações entre grandes conglomerados industriais e governo. Sua leitura leva a uma reflexão direta sobre como isto impacta em toda uma nação.
O argumento central do artigo é que o fator determinante da "quebra" do sistema de saúde americano não está unicamente ligado ao fato de que o gigantesco orçamento dedicado à saúde é mal utilizado, mas também: (i) aos hábitos alimentares inadequados da população que foram modelados e estabelecidos pela indústria de alimentos nas últimas décadas; (ii) nos resultados de ações exercidas pelo lobbies da industria de fármacos e (iii)pela complexidade socio-economica, o que incluiria grandes impactos no agrobusiness.
Trechos do artigo:
- “_ Os EUA gastam mais de $2,3 trilhões de dólares (...com saúde), de forma inadequada (...) o norte-americano gasta o mesmo que um cidadão europeu (em alguns países da europa ocidental), no entanto tem uma qualidade de vida inferior, por contas de doenças como diabetes, hipertensão,cancer (...) e pelo fato da obesidade ser um mal que acomete cada vez mais a população”.
- “_ (...) mesmo um sistema de saúde muito eficaz enfrentaria grandes dificuldades quando se defrontasse com uma população que tem uma dieta alimentar inadequada...”
-“_ (...) três quartos do orçamento da saúde são destinados ao tratamento preventivo de doenças crônicas, quase todas ligadas à alimentação e tabagismo”.
-“_ São gastos $147 bilhões para tratar da obesidade,$116 bilhões para diabetes, outras centenas de bilhões para moléstias cardiovasculares e diversos tipos de câncer, tudo atribuído ao modelo alimentar. Estudo recente aponta que 30% dos aumentos dos gastos em saúde, nos últimos 20 anos, pode ser atribuído à taxa de aumento da obesidade, uma condição que já responde por quase um décimo de todos os gastos em cuidados de saúde.”
Mesa do Brasileiro.
O artigo é muito pertinente quando trazido á realidade brasileira porque cada vez mais o fast-food e o junk food ganham espaço, principalmente para o individuo que vive nas médias e grandes cidades, . Observe que não são apenas os "hambúrgueres com batata-frita+ refrigerante", ícones do movimento junk, mas toda uma variedade de alimentos e bebidas, produtos,contendo elevados níveis calóricos; com açucares, gorduras trans, conservantes, estabilizantes, soluções químicas para preservar e realçar sabor, cor, etc.
Fatores como distancia entre trabalho e residencia,dificuldade de transporte,tempo de lazer extremamente limitado,sedentarismo, dificultam o ato de “comer em casa”.
Para completar o quadro, a publicidade persuasiva e sedutora contribui negativamente para a mudança no habito alimentar.
O que é mais grave, atingindo principalmente as novas gerações.
Os produtos são livremente comercializados,para crianças e adolescentes em fase de desenvolvimento,amparados por ampla e sofisticada publicidade, de forma legal e confortavel para a industria "Big Food".
Recentemente algumas medidas coibitivas foram aplicadas pelo Ministério Publico à industria,mas ainda de forma muito tímida. A publicidade, por exemplo, continua á vontade. Algumas poucas instituições educacionais também tem se manifestado nesta direção.
São"gotas no oceano", mas já é um começo.
De volta aos EUA.
Estudos desenvolvidos pelo CDC (Centers for Disease Control and Prevention/EUA) apontam que um em cada três americanos nascidos a partir do ano 2000 sofrerá de alguma forma com aspectos correlatos ao Diabetes tipo 2. Alarmante!
Numeros:
Aproximadamente 24 milhões de Americanos tem diabetes.
• Destes, 18 milhões são diagnosticados.
• Diagnosticados com diabetes tipo 1 : 5% to 10%.
• Pessoas com pre-diabetes: 56 milhões.
• Custo para tratar o diabetes: $174 bilhões/ano.
fonte: American Diabetes Association and Centers for Disease Control and Prevention
Benchmarking?
O conceito de Piramide Alimentar apresenta os padrões referentes a uma alimentação balanceada e saudavel.
São padrões estabelecidos e recomendados pelas organizações de saúde como sendo uma dieta equilibrada que ao ser adotada proporciona e contribui para a boa saúde.
Na ilustração acima são apresentados os modelos conceituais propostos nos EUA e no Brasil sendo possivel observar que ambos são praticamente iguais.
No entanto, os habitos alimentares nos dois países são bem distintos por conta de diversos fatores.Por exemplo; condições climáticas, cultura, renda per capita e estilo de vida.
Considerando tais premissas, pergunta-se:
1- Por que nos EUA, de um modo geral, observamos um padrão alimentar tão desbalanceado, quando comparado com o proposto em sua piramide?
2- Porque nos importamos e como isto nos atinge ?
Resposta 1: por que nos EUA existe uma gigantesca indústria alimentícia, conhecida por "Big Food", que pratica forte atividade de lobby junto ao congresso em busca de proteger seus interesses. Além disso investe bilhões em campanhas de marketing com o objetivo de direcionar a sociedade para o consumo de seus produtos, concorrendo assim com o sistema educação e saúde que deveria "ensinar" o cidadão a se alimentar da forma adequada.
Fatores complementares: total acessibilidade aos produtos por conta de uma excelente rede de logistica capilar; preço muito barato; sociedade com ritmo de vida muito acelerado nos grandes centros urbanos.
Big Food movimenta assim boa parte do PIB americano.
Resposta 2 : por que os EUA exportam para todo o mundo o "way of eating". Um modelo persuasivo, ancorado pelo conceito de que "refeição prática tem que ser rápida", que redesenhou o modo de se alimentar e de produzir alimentos.
O recente debate que acontece nos EUA sobre a questão do Sistema de Saúde estabelece uma ligação direta entre alimentação e saude.
Uma das questões centrais do debate é o quanto e como se gasta.
O Sistema de Saude Publica adotado nos EUA tem alguma similaridade ao modelo brasileiro, no sentido de que existe um sistema estatal de assistencia à saúde que é ineficaz e mal gastador fazendo-se então necessária uma alternativa, que é representada pelos seguros-saúde privados.
De forma geral, no sistema estatal americano as“filas” existem mas são menores, o atendimento é muito mais eficaz que o nosso e o paciente é atendido de forma efetiva, sem ter que esperar tanto tempo por uma consulta com o especialista.
A rede de atendimento é mais distribuida, oferecendo mais pontos de atendimento. A tecnologia é abundante,acessivel e otimiza sobremaneira os resultados tecnicos/médicos reduzindo custos operacionais.Medicamentos são distribuídos gratuitamente e não costumam faltar.
A industria de fármacos também possui um influente e atuante lobby.
Mesmo assim há muita insatisfação, por parte de quem paga impostos, não recebe o retorno desejado tendo que optar pelo sistema privado e seu elevado custo.
Way of Life
Mas, o que mais chama a atenção neste momento é o “way of eating” exportado pelos EUA para o mundo todo que comprovadamente conduz em medio e longo prazos ao desequilíbrio da saúde, gerando doenças e altíssimos custos de tratamento. (Veja o estudo realizado e acessivel pelo link logo abaixo).
Doenças como diabetes, câncer, hipertensão, hoje incidem com maior freqüência sobre a população e alguns cientistas endereçam a causa diretamente ao habito alimentar.
Artigo do NYTimes
Um artigo publicado em 10/set, aborda a questão da saúde publica nos EUA sob uma ótica realista e esclarecedora, apontando as correlações entre grandes conglomerados industriais e governo. Sua leitura leva a uma reflexão direta sobre como isto impacta em toda uma nação.
O argumento central do artigo é que o fator determinante da "quebra" do sistema de saúde americano não está unicamente ligado ao fato de que o gigantesco orçamento dedicado à saúde é mal utilizado, mas também: (i) aos hábitos alimentares inadequados da população que foram modelados e estabelecidos pela indústria de alimentos nas últimas décadas; (ii) nos resultados de ações exercidas pelo lobbies da industria de fármacos e (iii)pela complexidade socio-economica, o que incluiria grandes impactos no agrobusiness.
Trechos do artigo:
- “_ Os EUA gastam mais de $2,3 trilhões de dólares (...com saúde), de forma inadequada (...) o norte-americano gasta o mesmo que um cidadão europeu (em alguns países da europa ocidental), no entanto tem uma qualidade de vida inferior, por contas de doenças como diabetes, hipertensão,cancer (...) e pelo fato da obesidade ser um mal que acomete cada vez mais a população”.
- “_ (...) mesmo um sistema de saúde muito eficaz enfrentaria grandes dificuldades quando se defrontasse com uma população que tem uma dieta alimentar inadequada...”
-“_ (...) três quartos do orçamento da saúde são destinados ao tratamento preventivo de doenças crônicas, quase todas ligadas à alimentação e tabagismo”.
-“_ São gastos $147 bilhões para tratar da obesidade,$116 bilhões para diabetes, outras centenas de bilhões para moléstias cardiovasculares e diversos tipos de câncer, tudo atribuído ao modelo alimentar. Estudo recente aponta que 30% dos aumentos dos gastos em saúde, nos últimos 20 anos, pode ser atribuído à taxa de aumento da obesidade, uma condição que já responde por quase um décimo de todos os gastos em cuidados de saúde.”
Mesa do Brasileiro.
O artigo é muito pertinente quando trazido á realidade brasileira porque cada vez mais o fast-food e o junk food ganham espaço, principalmente para o individuo que vive nas médias e grandes cidades, . Observe que não são apenas os "hambúrgueres com batata-frita+ refrigerante", ícones do movimento junk, mas toda uma variedade de alimentos e bebidas, produtos,contendo elevados níveis calóricos; com açucares, gorduras trans, conservantes, estabilizantes, soluções químicas para preservar e realçar sabor, cor, etc.
Fatores como distancia entre trabalho e residencia,dificuldade de transporte,tempo de lazer extremamente limitado,sedentarismo, dificultam o ato de “comer em casa”.
Para completar o quadro, a publicidade persuasiva e sedutora contribui negativamente para a mudança no habito alimentar.
O que é mais grave, atingindo principalmente as novas gerações.
Os produtos são livremente comercializados,para crianças e adolescentes em fase de desenvolvimento,amparados por ampla e sofisticada publicidade, de forma legal e confortavel para a industria "Big Food".
Recentemente algumas medidas coibitivas foram aplicadas pelo Ministério Publico à industria,mas ainda de forma muito tímida. A publicidade, por exemplo, continua á vontade. Algumas poucas instituições educacionais também tem se manifestado nesta direção.
São"gotas no oceano", mas já é um começo.
De volta aos EUA.
Estudos desenvolvidos pelo CDC (Centers for Disease Control and Prevention/EUA) apontam que um em cada três americanos nascidos a partir do ano 2000 sofrerá de alguma forma com aspectos correlatos ao Diabetes tipo 2. Alarmante!
Numeros:
Aproximadamente 24 milhões de Americanos tem diabetes.
• Destes, 18 milhões são diagnosticados.
• Diagnosticados com diabetes tipo 1 : 5% to 10%.
• Pessoas com pre-diabetes: 56 milhões.
• Custo para tratar o diabetes: $174 bilhões/ano.
fonte: American Diabetes Association and Centers for Disease Control and Prevention
Benchmarking?
Não deixe de ler na íntegra o artigo de Michael Pollan; Big Health x Big Insurance.
Acesse o link abaixo e leia o artigo.
link:http://www.nytimes.com/2009/09/10/opinion/10pollan.html?_r=1&th&emc=th
Acesse o link abaixo e leia o artigo.
link:http://www.nytimes.com/2009/09/10/opinion/10pollan.html?_r=1&th&emc=th
Acesse os links abaixo e leia o estudo completo mencionado no artigo .
10:10 - Negociação Individual de Carbono. Próximo passo no combate às emissões? "Personal carbon trading: the next step in tackling carbon emissions?"
Semana passada, 01 set em Londres, foi lançada a campanha 10:10.
Causou polemica. Um dos motivos é que convida o individuo a assumir ações que visam a redução de suas próprias emissões de carbono, contribuindo assim de forma integrada com outros milhares de voluntários, para a redução do aquecimento global e seus impactos nefastos.
[importante mencionar que ação similar está sendo discutida na França e causando também muita polemica. Na França, a proposta é uma taxação sobre o carbono emitido pelo cidadão. Na Inglaterra já há quem aponte para esta saída( taxação do cidadão pela emissão do co2), como a solução para reduções efetivas.]
Lançada a campanha e feitas as primeiras pesquisas os números revelam resistência do público a algumas formas de fixar o preço do carbono. Embora 85 por cento dos consultados entenda a ameaça das alterações climáticas, apenas 33 por cento estão dispostos a aceitar algo como um pagamento por milha rodada, como se fosse um tipo de pedágio em regime de tarifação rodoviária. A grande pergunta que fica é se as necessárias reduções de carbono poderiam ser feitas através de medidas voluntárias, ou se em breve ela vai se tornar uma medida obrigatória e taxada pelo governo?
Clique no link abaixo e leia o artigo publicado hoje,08/set, no The Guardian.
link:
http://www.guardian.co.uk/environment/2009/sep/07/personal-carbon-trading
Saiba mais sobre a Campanha 10:10 no post logo abaixo.
Causou polemica. Um dos motivos é que convida o individuo a assumir ações que visam a redução de suas próprias emissões de carbono, contribuindo assim de forma integrada com outros milhares de voluntários, para a redução do aquecimento global e seus impactos nefastos.
[importante mencionar que ação similar está sendo discutida na França e causando também muita polemica. Na França, a proposta é uma taxação sobre o carbono emitido pelo cidadão. Na Inglaterra já há quem aponte para esta saída( taxação do cidadão pela emissão do co2), como a solução para reduções efetivas.]
Lançada a campanha e feitas as primeiras pesquisas os números revelam resistência do público a algumas formas de fixar o preço do carbono. Embora 85 por cento dos consultados entenda a ameaça das alterações climáticas, apenas 33 por cento estão dispostos a aceitar algo como um pagamento por milha rodada, como se fosse um tipo de pedágio em regime de tarifação rodoviária. A grande pergunta que fica é se as necessárias reduções de carbono poderiam ser feitas através de medidas voluntárias, ou se em breve ela vai se tornar uma medida obrigatória e taxada pelo governo?
Clique no link abaixo e leia o artigo publicado hoje,08/set, no The Guardian.
link:
http://www.guardian.co.uk/environment/2009/sep/07/personal-carbon-trading
Saiba mais sobre a Campanha 10:10 no post logo abaixo.
10:10 - Campanha Inglesa para Redução Voluntária de GEE
O que é a campanha 10:10 ?
Trata-se de uma campanha de reforço à redução das emissões de GEE, focada na ação de individuos, empresas e instituições de forma que estas reduzam a sua “pegada de carbono” em 10% até o final do ano de 2010. Porisso 10:10
Por que 10% em 2010?
Embora os políticos discutam metas de redução de emissões para 2050 e 2030, os cientistas dizem que o pico das emissões mundiais devem começar a cair nos próximos anos. Isso significa que precisamos de cortes profundos nas emissões geradas pelos países desenvolvidos, o mais rapidamente possível. Quanto mais tempo passar, menor a chance de evitar os desastres gerados pelo aquecimento global.
O que significar assinar a campanha e dela participar?
O que significar assinar a campanha e dela participar?
Para os indivíduos significa o comprometimento de cortar suas emissões em 10% até o final de 2010. Serão oferecidas diversas sugestões de como realizar. As grandes empresas de energia ajudarão os clientes, mostrando quanta energia eles estão economizando em suas contas.
E sobre as empresas que participarão?
E sobre as empresas que participarão?
A promessa para as empresas é um pouco mais flexível para permitir que as empresas que fizeram cortes profundos nos últimos anos venham também a participar desta campanha, uma vez que ela é uma ação voluntária. Elas irão e comprometer a ficar o mais próximo possível da meta de 10% e desenvolvendo ações de incentivo para que seus clientes, funcionários e fornecedores venham também a se inscrever. Também foram estipuladas metas especialmente direcionadas para as escolas e outras instituições.
Quem está por trás Desta iniciativa?
A campanha é apoiada por uma ampla coligação que vão desde o jornal The Guardian,várias ONGs importantes, grandes empresas, personalidades políticas e Carbon Trust.
Quem se inscreveu até agora?
Uma série de personalidades públicas: incluindo artistas, escritores, chefs e esportistas. Entre as organizações que já se inscreveram estão um clube de futebol da Primeira Liga, um grande museu e Agentes Nacionais de Saúde.
A Campanha 10:10 exercerá qualquer efeito sobre a política de governo?
O objetivo é se buscar a adesão de um grande número de indivíduos, empresas e instituições, o mais rapidamente possível e, em seguida, integrar como o desafio do governo em sua meta de redução de emissões de GEE.
O que isto tem a ver com a COP em Copenhague , este ano?
É crucial para os resultados deste encontro.Poucos acreditam que acredita que qualquer acordo firmado na conferência climática da ONU em Copenhague em dezembro vai fixar metas de redução de emissões como osde muitos como os cientistas dizem ser realmente necessárias. A campanha é um esforço adicional que diz:”Temos de começar a cortar nossas emissões independentemente”.
Há uma opinião corrente, por parte dos envolvidos na negociação do acordo de Copenhague,que indica que as chances de os países em desenvolvimento assumirem e assinarem responsabilidades por metas de redução crescerá caso os países ricos darem exemplo.
Há uma opinião corrente, por parte dos envolvidos na negociação do acordo de Copenhague,que indica que as chances de os países em desenvolvimento assumirem e assinarem responsabilidades por metas de redução crescerá caso os países ricos darem exemplo.
Participar da Campanha exigirá uma mudança importante na sua vida?
Não. A menos que você já tenha reduzido suas emissões. Caso contrário os primeiros 10% são o mais fáceis.A ações dizem respeito à economia de energia em casa e cortar viagens desnecessárias. Isto vai lhe poupar dinheiro.
Esforços individuais não seriam apenas uma gota no oceano?
Não, se eles são parte de um movimento de massas. A campanha 10:10 faz os esforços de cada pessoa se tornar significativo, assegurando que muita gente vai estar se comprometendo a fazer os mesmos cortes
Qual é o interesse das pessoas no Reino Unido para se inscrever, quando o país responde por apenas 2% das emissões do mundo?
A campanha 10:10 está sendo lançada como uma campanha nacional,apenas na Inglaterra, mas os cientistas dizem que é o alvo certo para todo o mundo desenvolvido. Há a esperança de que a campanha seja clonada em outros países e nós estaremos ajudando o máximo possível para que isso aconteça.
Haverá um símbolo concreto da campanha, como uma pulseira, p. exemplo?
Haverá um símbolo concreto da campanha, como uma pulseira, p. exemplo?
A campanha 10:10 produzirá etiquetas de metal que podem ser usado no pulso ou no pescoço (ou em qualquer outro lugar). Eles são feitos de sucata recuperado de aviões antigos. Eles estarão à venda por £ 1.
10:10 Como é diferente de outras campanhas do clima? 10:10 é único porque ele pede para que as pessoas pratiquem uma ação simples, mas significativa para que todos possam compreender e contribuir. Como resultado, já está recebendo apoio sem precedentes da mídia, empresas, ONGs e setor público.
10:10 Como é diferente de outras campanhas do clima? 10:10 é único porque ele pede para que as pessoas pratiquem uma ação simples, mas significativa para que todos possam compreender e contribuir. Como resultado, já está recebendo apoio sem precedentes da mídia, empresas, ONGs e setor público.
Como as pessoas irão se inscrever?
Em 1 de Setembro vai haver um evento na Galeria de arte Tate Modern, em Londres. Mas os indivíduos e as organizações poderão se inscrever no site da 10:10, a qualquer momento
ALIANÇA BRASILEIRA PELO CLIMA : Posicionamento Sobre As Negociações De Mudanças Climáticas E As Ações Do Governo Brasileiro
São Paulo, 2 de setembro de 2009 –
Catorze das principais entidades brasileiras representativas do agronegócio, florestas plantadas e bioenergia anunciaram hoje a formação da Aliança Brasileira pelo Clima, com o objetivo de contribuir com propostas concretas para as negociações ligadas à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. O foco principal é a agenda que o governo brasileiro vem defendendo nas negociações globais, que culminarão na 15ª Conferência das Partes da
Convenção (COP 15) em dezembro próximo em Copenhague, na Dinamarca.
Convenção (COP 15) em dezembro próximo em Copenhague, na Dinamarca.
Em seu Documento de Posicionamento, a Aliança destaca a natureza global dos desafios ligados às mudanças climáticas como um dos principais motivadores da união de esforços.
É apontada também a necessidade de ações coordenadas e urgentes por todas as partes envolvidas, que priorizem tecnologias disponíveis, economicamente viáveis e de impacto no curto prazo.
“Na visão da Aliança, o Documento de Posicionamento é um texto vivo, que evoluirá de acordo com o andamento das negociações e de outras iniciativas na mesma linha”, explica o Presidente da Associação Brasileira de Agribusiness (ABAG), Carlo Lovatelli.
Leia e baixe o release em sua íntegra aqui.
DOCUMENTO DE POSICIONAMENTO SOBRE AS NEGOCIAÇÕES DE MUDANÇAS
CLIMÁTICAS E AS AÇÕES DO GOVERNO BRASILEIRO
- Setembro de 2009 -
CLIMÁTICAS E AS AÇÕES DO GOVERNO BRASILEIRO
- Setembro de 2009 -
Os setores da agricultura, de florestas plantadas e de bioenergia do Brasil entendem que a busca pelo desenvolvimento de “economias de baixo carbono” é uma meta central, no Brasil e no exterior, com o objetivo de lutar pela mitigação e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas. Nesse sentido, a Aliança Brasileira pelo Clima: Agricultura – Florestas Plantadas – Bioenergia torna pública a sua posição sobre as negociações ligadas à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (doravante Convenção) e ações correlatas que o País precisa adotar nessa matéria, considerando e reconhecendo que:
• Os países desenvolvidos têm maior responsabilidade histórica pela concentração de gases causadores do efeito estufa (GEE) na atmosfera e, por isso, devem adotar metas internacionais ambiciosas no sentido de limitar o aumento da temperatura em no máximo 2°C;
• Os países desenvolvidos têm maior responsabilidade histórica pela concentração de gases causadores do efeito estufa (GEE) na atmosfera e, por isso, devem adotar metas internacionais ambiciosas no sentido de limitar o aumento da temperatura em no máximo 2°C;
(...) Não deixe de ler o documento em sua íntegra e se desejar, baixe-o aqui.
Agenda Social da Sustentabilidade: COMBATE À EXCLUSÃO RACIONAL
3/9/2009
Por Fábio de Castro
(texto extraído do Boletim FAPESP)
Agência FAPESP :
Pensar criticamente – isto é, ser capaz de reconhecer e formular bons argumentos – é uma prática fundamental para o exercício pleno da cidadania e da democracia. Mas, apesar de ser uma necessidade tão universal, a intimidade com a boa argumentação não é uma realidade para grande parte da população, que, por conta disso, fica exposta a todo tipo de falácias e argumentações enganosas.
Com a finalidade de combater essa “exclusão racional”, acaba de ser lançado o livro Pensamento crítico – O poder da lógica e da argumentação, de Walter Carnielli e Richard Epstein. Segundo os autores, a obra tem como objetivo servir de guia para a boa argumentação e, ao mesmo tempo, de instrumento de “autodefesa intelectual contra as falácias do mundo contemporâneo”.
(...) Segundo Carnielli, um dos diferenciais da obra é abordar o pensamento crítico de maneira fundamentada, diferentemente de outras obras que tratam o tema, em geral, como retórica e técnica de argumentação, sem base sólida na lógica.
“Nosso livro é um guia da arte de pensar criticamente a partir de bases lógicas. Ele preenche uma lacuna, uma vez que em línguas latinas não há praticamente nada sobre o assunto e, mesmo nos Estados Unidos, não há um livro que trate do pensamento crítico de maneira fundamentada, sistemática e ao mesmo tempo voltada para o grande público”, disse Carnielli à Agência FAPESP.
Segundo ele, o livro é dirigido a um público amplo com o objetivo de contribuir com o acesso à cidadania. “Da mesma forma que falamos em exclusão digital, podemos falar hoje em exclusão racional, ou exclusão argumentativa. Se a pessoa não tem acesso às bases da boa argumentação, será facilmente enganada”, disse.
Carnielli indica como um dos destaques da obra o fato de sua análise não se limitar a argumentos válidos ou inválidos, mas se estender também às definições de argumentos fortes e fracos.
“Apresentamos, de forma sistematizada, uma teoria da argumentação com bases sólidas na lógica contemporânea, passando também pela teoria clássica da argumentação, partindo de Aristóteles, com bases claras e simples”, explicou.
Ao aproximar argumentação e lógica, a obra adquire uma grande amplitude de aplicações práticas, úteis para vestibulares, concursos públicos, exames de todo tipo e práticas profissionais de jornalistas, professores, advogados, juízes, políticos, médicos e cientistas, por exemplo. “O livro pode ser utilizado por um público que vai de estudantes de colégios a parlamentares”, disse.
Jiu-jitsu da argumentação
O uso de exemplos cotidianos e de ilustrações bem-humoradas (incluindo diversas tiras) são destaques da obra que contribuem para aumentar a proximidade do pensamento crítico com a realidade dos leitores. “Embora tenhamos mantido a estrutura da edição norte-americana, a versão brasileira foi completamente refeita, com o uso de exemplos do cenário público nacional, incluindo política, televisão, jornalismo e cartoons”, disse Carnielli.
O livro é dividido em quatro partes principais: “As bases fundamentais”, “A estrutura dos argumentos”, “Como evitar os maus argumentos” e “Argumentos com base na experiência”.
A primeira parte trata de definir o que é o pensamento crítico, o que são frases vagas e ambíguas, o que são bons argumentos, quais os princípios da discussão racional, os critérios básicos para rejeitar ou aceitar afirmações e a diferença entre plausibilidade e verdade.
A segunda parte explica o que são as afirmações compostas, os argumentos complexos e as generalidades. Já a terceira parte ensina a detectar maus argumentos: afirmações ocultas, apelos emocionais e falácias estruturais ou falácias de conteúdo.
A quarta parte, além de fazer um inventário de falácias, devidamente classificadas, ensina a boa utilização de analogias e generalizações, entre outras. Um dos capítulos finais é reservado aos elementos da lógica propriamente dita.
“Podemos dizer que se trata aqui de um ‘jiu-jitsu da argumentação’. A ideia é instrumentalizar o leitor para se defender das falácias. Nas duas últimas partes tratamos de mostrar, por exemplo, como enganar com números e estatísticas, como usar a falsa precisão e falsos positivos e como deturpar gráficos e médias. Fazemos também uma relação das falácias famosas – incluindo a lista negra das falácias mais perigosas”, explicou o professor da Unicamp.
O livro levou cerca de sete anos para ser feito. “Escrever em linguagem simples é mais difícil e demorado do que se expressar por fórmulas matemáticas. Mas isso era necessário para que o livro fosse acessível e cumprisse sua missão”, disse.
Segundo Carnielli, o pensamento crítico traz grandes vantagens competitivas no mundo contemporâneo, no qual todos são submetidos a pressões de argumentos falaciosos que inundam a internet, a publicidade e o jornalismo, por exemplo. Além disso, ele garante uma orientação racional para que se possa tomar posição sobre os debates sociais polêmicos, que passam por temas como aborto, criacionismo ou direitos humanos.
“Todos esses temas estão presentes no livro. O conhecimento da boa argumentação permite que tomemos decisões melhores e que possamos lutar por nossos direitos em todos os campos. Podemos usar o pensamento crítico para avaliar e-mails maliciosos, boatos e notícias falsas, ou para desmascarar, sob um discurso aparentemente coerente, a superstição e o obscurantismo”, destacou.
Pensamento crítico – O poder da lógica e da argumentaçãoAutores: Walter Carnielli e Richard Epstein
Lançamento: 2009
Preço: R$ 34
Mais informações: www.livrariacultura.com.br
Por Fábio de Castro
(texto extraído do Boletim FAPESP)
Agência FAPESP :
Pensar criticamente – isto é, ser capaz de reconhecer e formular bons argumentos – é uma prática fundamental para o exercício pleno da cidadania e da democracia. Mas, apesar de ser uma necessidade tão universal, a intimidade com a boa argumentação não é uma realidade para grande parte da população, que, por conta disso, fica exposta a todo tipo de falácias e argumentações enganosas.
Com a finalidade de combater essa “exclusão racional”, acaba de ser lançado o livro Pensamento crítico – O poder da lógica e da argumentação, de Walter Carnielli e Richard Epstein. Segundo os autores, a obra tem como objetivo servir de guia para a boa argumentação e, ao mesmo tempo, de instrumento de “autodefesa intelectual contra as falácias do mundo contemporâneo”.
(...) Segundo Carnielli, um dos diferenciais da obra é abordar o pensamento crítico de maneira fundamentada, diferentemente de outras obras que tratam o tema, em geral, como retórica e técnica de argumentação, sem base sólida na lógica.
“Nosso livro é um guia da arte de pensar criticamente a partir de bases lógicas. Ele preenche uma lacuna, uma vez que em línguas latinas não há praticamente nada sobre o assunto e, mesmo nos Estados Unidos, não há um livro que trate do pensamento crítico de maneira fundamentada, sistemática e ao mesmo tempo voltada para o grande público”, disse Carnielli à Agência FAPESP.
Segundo ele, o livro é dirigido a um público amplo com o objetivo de contribuir com o acesso à cidadania. “Da mesma forma que falamos em exclusão digital, podemos falar hoje em exclusão racional, ou exclusão argumentativa. Se a pessoa não tem acesso às bases da boa argumentação, será facilmente enganada”, disse.
Carnielli indica como um dos destaques da obra o fato de sua análise não se limitar a argumentos válidos ou inválidos, mas se estender também às definições de argumentos fortes e fracos.
“Apresentamos, de forma sistematizada, uma teoria da argumentação com bases sólidas na lógica contemporânea, passando também pela teoria clássica da argumentação, partindo de Aristóteles, com bases claras e simples”, explicou.
Ao aproximar argumentação e lógica, a obra adquire uma grande amplitude de aplicações práticas, úteis para vestibulares, concursos públicos, exames de todo tipo e práticas profissionais de jornalistas, professores, advogados, juízes, políticos, médicos e cientistas, por exemplo. “O livro pode ser utilizado por um público que vai de estudantes de colégios a parlamentares”, disse.
Jiu-jitsu da argumentação
O uso de exemplos cotidianos e de ilustrações bem-humoradas (incluindo diversas tiras) são destaques da obra que contribuem para aumentar a proximidade do pensamento crítico com a realidade dos leitores. “Embora tenhamos mantido a estrutura da edição norte-americana, a versão brasileira foi completamente refeita, com o uso de exemplos do cenário público nacional, incluindo política, televisão, jornalismo e cartoons”, disse Carnielli.
O livro é dividido em quatro partes principais: “As bases fundamentais”, “A estrutura dos argumentos”, “Como evitar os maus argumentos” e “Argumentos com base na experiência”.
A primeira parte trata de definir o que é o pensamento crítico, o que são frases vagas e ambíguas, o que são bons argumentos, quais os princípios da discussão racional, os critérios básicos para rejeitar ou aceitar afirmações e a diferença entre plausibilidade e verdade.
A segunda parte explica o que são as afirmações compostas, os argumentos complexos e as generalidades. Já a terceira parte ensina a detectar maus argumentos: afirmações ocultas, apelos emocionais e falácias estruturais ou falácias de conteúdo.
A quarta parte, além de fazer um inventário de falácias, devidamente classificadas, ensina a boa utilização de analogias e generalizações, entre outras. Um dos capítulos finais é reservado aos elementos da lógica propriamente dita.
“Podemos dizer que se trata aqui de um ‘jiu-jitsu da argumentação’. A ideia é instrumentalizar o leitor para se defender das falácias. Nas duas últimas partes tratamos de mostrar, por exemplo, como enganar com números e estatísticas, como usar a falsa precisão e falsos positivos e como deturpar gráficos e médias. Fazemos também uma relação das falácias famosas – incluindo a lista negra das falácias mais perigosas”, explicou o professor da Unicamp.
O livro levou cerca de sete anos para ser feito. “Escrever em linguagem simples é mais difícil e demorado do que se expressar por fórmulas matemáticas. Mas isso era necessário para que o livro fosse acessível e cumprisse sua missão”, disse.
Segundo Carnielli, o pensamento crítico traz grandes vantagens competitivas no mundo contemporâneo, no qual todos são submetidos a pressões de argumentos falaciosos que inundam a internet, a publicidade e o jornalismo, por exemplo. Além disso, ele garante uma orientação racional para que se possa tomar posição sobre os debates sociais polêmicos, que passam por temas como aborto, criacionismo ou direitos humanos.
“Todos esses temas estão presentes no livro. O conhecimento da boa argumentação permite que tomemos decisões melhores e que possamos lutar por nossos direitos em todos os campos. Podemos usar o pensamento crítico para avaliar e-mails maliciosos, boatos e notícias falsas, ou para desmascarar, sob um discurso aparentemente coerente, a superstição e o obscurantismo”, destacou.
Pensamento crítico – O poder da lógica e da argumentaçãoAutores: Walter Carnielli e Richard Epstein
Lançamento: 2009
Preço: R$ 34
Mais informações: www.livrariacultura.com.br
U$ 600 bilhões/ano para conter Caos Climático.
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Postado por
Unknown
em
9/02/2009 03:05:00 AM
Marcadores:
cambio climático,
ONU
Adaptación a cambio climático requiere 600.000 millones de dólares anuales: ONU
01 de septiembre, 2009 El mundo necesita una inversión anual de hasta 600.000 millones de dólares para adaptarse al cambio climático, según la Encuesta Mundial Económica y Social de 2009 elaborada por la ONU.
El informe, divulgado hoy en la sede de la Organización en Nueva York, advierte que de no aumentar pronto los recursos para la mitigación y adaptación frente al fenómeno, las pérdidas económicas podrían alcanzar el 20% del Producto Mundial Bruto.El texto explica que la mayor parte de esta inversión deberá fluir de los países industrializados a las naciones pobres, que son las más amenazadas por el cambio climático, además de que pueden agudizar el fenómeno en su afán de desarrollo.
De acuerdo con el Departamento de Asuntos Económicos y Sociales de la ONU (DESA), los fondos asignados actualmente a la adaptación al fenómeno son inadecuados.
El estudio destaca la urgencia de establecer un programa de inversión que equilibre el crecimiento económico con planes de desarrollo basados en energías limpias.En este sentido, propone un “Plan Marshall” para el cambio climático en el que el dinero enviado a los países pobres se destine a proyectos de energía renovable, gestión forestal, asistencia técnica y programas sólidos de desarrollo.
01 de septiembre, 2009 El mundo necesita una inversión anual de hasta 600.000 millones de dólares para adaptarse al cambio climático, según la Encuesta Mundial Económica y Social de 2009 elaborada por la ONU.
El informe, divulgado hoy en la sede de la Organización en Nueva York, advierte que de no aumentar pronto los recursos para la mitigación y adaptación frente al fenómeno, las pérdidas económicas podrían alcanzar el 20% del Producto Mundial Bruto.El texto explica que la mayor parte de esta inversión deberá fluir de los países industrializados a las naciones pobres, que son las más amenazadas por el cambio climático, además de que pueden agudizar el fenómeno en su afán de desarrollo.
De acuerdo con el Departamento de Asuntos Económicos y Sociales de la ONU (DESA), los fondos asignados actualmente a la adaptación al fenómeno son inadecuados.
El estudio destaca la urgencia de establecer un programa de inversión que equilibre el crecimiento económico con planes de desarrollo basados en energías limpias.En este sentido, propone un “Plan Marshall” para el cambio climático en el que el dinero enviado a los países pobres se destine a proyectos de energía renovable, gestión forestal, asistencia técnica y programas sólidos de desarrollo.
Saída é a Sustentabilidade, diz negociador do País
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Postado por
Unknown
em
9/01/2009 04:06:00 PM
Marcadores:
convenção do clima,
copenhagen
DIÁRIO NET/Antonio Gaspar
Quem não se adaptar à idéia de que o combate às mudanças climáticas passa pela adoção do desenvolvimento sustentado vai perder oportunidades tanto no mercado interno quanto no externo. A afirmação é do negociador-chefe brasileiro para a conferência do clima de Copenhague, na Dinamarca, Luiz Alberto Figueiredo.
O encontro programado para o início de dezembro vai contemplar dois eixos de negociação: a fixação de metas para o segundo período do Protocolo de Quioto e o Plano de Ação de Bali, que trata da implementação plena da convenção do clima. "As negociações colocam desafios que vão impactar nosso modo de viver, trabalhar e produzir", afirma Figueiredo.
"É importante salientar que não estaremos discutindo um sucessor para Quioto, mas um segundo compromisso", afirma o negociador-chefe do Brasil. O País, segundo Figueiredo, trabalha com o consenso de que devemos realizar um esforço global para combater as mudanças climáticas, conforme indicação dos cientistas. "Os acadêmicos dizem que é preciso reduzir as emissões de gases de efeito estufa entre 25% e 40% até 2030 tendo como base o ano de 1990", explica. O embaixador diz ainda que outro entendimento é o de que a resposnabiliade pela redução das emissões é comum, porém diferenciada entre os países.
De acordo com o negociador, a convenção do clima reconhece que as nações em desenvolvimento terão aumento de emissões enquanto que os países desenvolvidos devem cumprir metas absolutas de redução de emissões. "Os desenvolvidos já têm toda a infra-estrutura montada, enquanto que os em desenvolvimento ainda estão construindo essa infra-estrutura, que tem como objetivo levar à redução da pobreza. É preciso levar em conta que o simples ato de levar eletricidade a uma casa aumenta a emissão", diz Figueiredo.
Mas, segundo o embaixador, os países em desenvolvimento devem buscar o desenvolvimento por meio de estratégias que permitam a produção com menor emissão de gases de efeito estufa.
Um exemplo seria o Brasil resolver adicionar 20% de biodiesel ao diesel. Com isso o País estaria crescendo como menos emissão de CO2. "As ações de mitigação realizadas pelos países em desenvolvimento deverão ser registradas, verificáveis e submetidas a escrutínio internacional", explica Figueiredo.
"O País irá a Copenhague munido de elevadas ambições. Precisamos de ações imediatas e compatíveis com a crise ambientail atual", diz o negoacidor brasileiro.
De acordo com Figueiredo, o Brasil desfruta de uma situação singular. Possui uma matriz energética mais limpa, com 45% a 46% de sua energia sendo obtida de fontes renováveis, ante, por exemplo, os países da OCDE em que o porcentual fica entre 5% e 10%. "Nós estamos crescendo com baixa emissão de CO2", afirmou.
"No Brasil a consciência de nossas lideranças empresariais sobre os problemas causados pela mudança climática é até mesmo superior à demonstrada por outros países
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