IPAM - A tão aguardada estratégia de REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação forestal), como apontam os especialistas, é vista como uma forma do país arrecadar significantes quantias de financiamento de carbono para proteger suas vastas florestas tropicais.
Silvicultura é um dos vários setores no qual o governo brasileiro pretende implementar regulações de gases de efeito estufa nos próximos anos.
Uma política nacional REDD integraria estratégias em nível estadual que já estão encaminhadas em regiões Amazônicas como o Acre e o Pará.
Segundo Mauro Pires, subsecretário brasileiro de mudanças climáticas, isso também daria confiança a investidores privados, que têm se mostrado receosos de investir em programas isolados REDD.
“No ano passado nós tivemos vários debates entre o governo e a sociedade. Neste ano nós levamos essas discussões para autoridades em diversos ministérios,” argumentou Pires.
“Nossa expectativa é que um esboço para uma estratégia nacional seja entregue para autoridades do governo até o final do ano”, explicou.
"REDD Catapora"
Pesquisadores da área têm criticado o ritmo dessas discussões, declarando que o Brasil deveria ter um rascunho pronto até junho, quando o país sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, conhecida como Rio+20.
“O país deveria otimizar uma estratégia nacional que integre e reconheça o trabalho já feito nos estados”, disse Paulo Moutinho, diretor executivo do influente Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e um dos primeiros proponentes do conceito REDD em negociações climáticas internacionais.
“O pior que poderia acontecer é o que chamamos de "REDD catapora", com diferentes pontos espalhados no país. Investidores olhariam a situação e não colocariam dinheiro devido à incerteza,” declarou a jornalistas em evento realizado em São Paulo na última quarta-feira (7).
O acordo sobre a REDD nas negociações climáticas das Nações Unidas em Durban permitiram aos governos em países mais pobres implementar programas REDD nacionais financiados por países ricos.
A maioria da atividade REDD que está acontecendo até então, é na forma de projetos individuais extraoficiais ou iniciativas a nível estadual.
Alguns temem que, à medida que países caminham em direção a sistemas que registrem desmatamento e emissões de GEE relacionadas, sob um quadro global REDD usando níveis nacionais como referência para medir reduções, créditos REDD gerados de projetos subnacionais ou individuais podem não ser reconhecidos.
Equilíbrio bilionário
O IPAM estima que se o Brasil conseguirá cumprir seu objetivo de reduzir o desmatamento em 80% até 2020, o país teria de cortar o equivalente a 5,7 bilhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono reduzidas.
“A grande questão é: quem paga essa conta?”, questionou Moutinho.
Moutinho explicou que o sistema poderia começar com financiamento local de fontes públicas e privadas para reduzir o desmatamento, e evoluir para um programa internacional quando as negociações a um nível COP avançarem.
Diversos estados brasileiros já estão implementando políticas que trabalham com a REDD. Um deles, o Acre, já fechou acordo com a Califórnia para trocar créditos de carbono advindos de redução de desmatamento.
O ministro do meio ambiente argumentou que o Brasil não está demorando em entregar sua estratégia REDD porque devido ao tamanho de suas florestas e de sua biodiversidade, é necessária uma discussão mais detalhada sobre a política REDD e feedback do processo de negociação internacional sobre o clima.
Ele afirmou que “apesar do progresso (em relação à REDD) na última COP (Conferência das partes) em Durban”, ainda há um longo caminho a percorrer antes de haver um consenso em estruturar um método de trabalho global REDD
Tradutor Google engole até que nós temos MinistrA de Meio Ambiente... e o dado do IPAM sobre a redução ate 2020 engole outros 3 bilhões de toneladas que constam do Decreto de regulamentação da política nacional de clima.
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