Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Empresários brasileiros criam metas de sustentabilidade


Este relatório trata de três questões: Como seria um mundo sustentável? Como podemos fazê-lo acontecer? Que papel podem desempenhar as empresas para assegurar um progresso mais rápido em direção a esse mundo?
Acesse o relatório completo aqui


Plantão
Publicada em 27/09/2011 às 19h25m

Cláudio Motta (claudio.motta@oglobo.com.br)

A sustentabilidade pode ser um ótimo negócio. Empresários brasileiros pretendem apresentar, no ano que vem, um conjunto de medidas e metas ambientalmente corretas, que serão reunidas no documento "Visão 2050: a nova agenda para empresas". A ideia é apontar os caminhos para construir uma economia verde (e amarela) nos próximos 40 anos. Esse é um dos temas do quatro Congresso Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável, o Sustentável 2011, que começou nesta terça-feira no Pier Mauá. O evento também é uma forma do país se preparar para receber, no ano que vem, a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

O ponto de partida dos empresários brasileiros é a versão global do Visão 2050, lançada em 2010 pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD). Essas metas serão adaptadas à realidade nacional, sob a coordenação do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds).

- Temos ganhos em relação a energia, porque a participação da geração hidroelétrica é grande, mas há desvantagens em saneamento e educação - disse Marina Grossi, presidente do Cebds, durante a abertura do Sustentável 2011.

Soluções tecnológicas, como prédios comerciais autossuficientes em energia, ou seja, que geram a energia que consomem, foram citados como exemplos. Porém, saber como custear medidas de infraestrutura, como o saneamento, é um desafio.

- É uma questão de ponto de vista: um copo pode estar meio vazio ou meio cheio - disse o Secretário Geral Assistente da ONU e coordenador executivo da Rio+20, o francês Brice Lalonde - precisamos da liderança do Brasil nas questões ligadas à sustentabilidade.

Para empresários, a aposta no meio ambiente também é uma maneira de garantir que seus negócios vão se adaptar às exigências das mudanças climáticas. O chairman do Cebds e CEO da Phillips no Brasil, Marcos Bicudo, diz que é necessário mudar paradigmas e ter visão de longo prazo.

- Em 1992, a grande discussão foi quanto aos danos causados pela camada de ozônio. Agora, o tema mais preocupante é o aquecimento global e as mudanças climáticas. Qual será o do futuro? - perguntou - os empresários têm que construir um planejamento estratégico que garanta minimamente por dez anos o retorno aos seus acionistas.

O relatório final do Visão 2050 Brasil será discutido no congresso Sustentável 2012 e apresentado na Rio+20. Conheça a íntegra do Visão 2050 global.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2011/09/27/empresarios-brasileiros-criam-metas-de-sustentabilidade-925457255.asp#ixzz1ZFExXzSp

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