Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Embalagens de biscoito são recicláveis na teoria, mas processo não está disseminado. Destino alternativo é possível


Apesar de serem feitas com plástico, embalagens de BOPP são de difícil reciclagem. Alternativa é upcycle feito por empresas

Você já se perguntou o que fazer com a embalagem do biscoito, do salgadinho, da sopa instantânea, da barra de chocolate, do pó de café, entre outros? Seguindo uma ideia lógica, é possível já ter destinado alguns desses pacotes na parte do plástico da coleta seletiva, afinal, tratam-se de objetos feitos de plástico, indiscutivelmente. Porém, o que parece pode não ser tão simples.
Esse plástico metalizado é conhecido como BOPP (bi-axially oriented polypropylene, que significa película de polipropileno biorientada) e tem grandes vantagens para a indústria alimentícia, pois evita contato do produto com gases, oxigênio, variações de temperatura e umidade. Também é mais fácil realizar a impressão em uma embalagem feita com BOPP e ela desliza mais facilmente pelas máquinas da fábrica.

Mas é aí que as vantagens param. Apesar de estudos indianos garantirem a reciclabilidade do material, na prática, ele não ocorre. O principal motivo é o desconhecimento de fabricantes, recicladores, cooperativas e do próprio consumidor. Apesar de ser uma plástico como qualquer outro, o BOPP necessita de mais cuidados, como limpeza. Sem contar que, como a sua reciclagem ainda não é popular, poucas empresas utilizam o material para fabricar outros produtos (veja mais aqui). No entanto, ao menos uma fábrica já foi criada no Reino Unido apenas para a reciclagem de BOPP. No Brasil, poucas recicladoras fazem esse serviço.

A eCycle contatou cooperativas da cidade de São Paulo e a resposta foi parecida. Eventualmente coletavam BOPP, mas com a falta de interesse de compradores, não era viável. A prefeitura do município afirmou que o material não é reciclável e que as cooperativas ligadas à instituição não aceitam tal material.

O que fazer?
E melhor alternativa é usar a criatividade para reaproveitar esses materiais para outros fins, sem que haja o processo de reciclagem. A essa processo se dá o nome de upcycle e quem está à frente disso aqui no Brasil e em outros países do mundo é a Terracycle, que organiza brigadas de consumidores que recebem para recolher e enviar material à empresa. Lá, são feitas bolas, bolsas, caixas de som e outros objetos usando emabalagens BOPP.

Veja também:
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-Falta de compradores faz coleta de BOPP fraca em cooperativas e recicladoras
-Upcycle é opção criativa para dar solução a embalagens feitas com BOPP

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