Krugman admite a possibilidade de a Grécia ter de abandonar a moeda única europeia, o euro, e diz que, se tal acontecer, Portugal e a Espanha serão afectados.
Da Redação
Madrid - O economista norte-americano Paul Krugman, em entrevista ao jornal espanhol El País, publicada domingo (11), admite a possibilidade de a Grécia ter de abandonar a moeda única europeia, o euro, e diz que, se tal acontecer, Portugal e a Espanha serão afectados.
O Prémio Nobel de Economia considera que Portugal poderá ser o país mais afectado pela "possibilidade plausível de a Grécia ser forçada a sair" do euro, o que "provocaria sérios problemas a todos os outros", em especial Espanha e Irlanda.
Krugman diz que eventual saída da Grécia não provocaria necessariamente o colapso da Europa. "Ficaria surpreendido" se França, Alemanha ou os países do Benelux não defendessem "com unhas e dentes a moeda única no futuro mais imediato".
Na entrevista, o economista critica a política alemã. "A austeridade espanhola teria muito mais possibilidades de funcionar se a Alemanha não seguisse uma política de austeridade", diz Krugman.
Segundo afirma, a Alemanha está a "desempenhar um papel realmente destrutivo", pois "está a empurrar-se a si própria e ao resto da Europa para a via da autodestruição".
"Parte do problema da Zona Euro é que existem muitas vias de contágio, pelo que a austeridade de um país conduz à depressão nos outros países. A austeridade pode parece bem a um país, porque reduz a sua dívida, mas não tem em conta o custo que impõe aos vizinhos com as políticas restritivas", avalia Paul Krugman..
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