Da Agência Ambiente Energia - Fazer com que a construçao de hidrelétricas na Bacia Amazônica seja feita de forma integrada e não isolada, para garantir um visão regional com ganhos para o desenvolvimento, meio ambiente e economia. Quem defende esta solução é o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, que participou na quarta-feira, dia 28 de abril, da audiência pública sobre “Ações compensatórias pelas usinas do Rio Madeira e a utilização dos recursos hídricos na Amazônia”, promovida pela Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados.
“Fazer leilões por bacias hidrográficas, dentro do mesmo bioma, reflete não apenas no meio ambiente, mas na economia e pode acelerar os licenciamentos”, disse. Segundo ele, conduzir o processo preparatório para a construção das usinas de forma integrada pode evitara a fragmentação do bioma e dar uma abordagem sistêmica ao projeto. Andreu também defendeu que as compensações sejam destinadas diretamente para as áreas de proteção e indígenas localizadas ao redor das hidrelétricas.
Na audiência, o superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos da ANA, Ney Maranhão, apresentou as características hídricas das bacias Amazônicas e do Tocantins-Araguaia e lembrou que a ANA realiza estudo sobre a margem direita do rio Amazonas. Ele destacou o potencial da região e falou sobre os problemas que precisam ser enfrentados e sobre a necessidade de fortalecer institucionalmente os órgãos regionais e ter um modelo de desenvolvimento sistêmico para a região.
“Cerca de 40% dos cinco milhões de habitantes da região são populações ribeirinhas que não possuem sistema de saneamento encanado. É um paradoxo que ao lado de rios na Amazônia essas pessoas não tenham água em casa”, disse Maranhão
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