Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

MAPA DAS COMPENSAÇÕES DE EMISSÕES DE GEE

Utilize este mapa para entender o comercio internacional de creditos de carbono entre os países e empresas, desde a europa-EU-ETS até os países hospedeiros de projetos de carbono. Ano base 2009.



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MAPA DAS EMISSÕES DE GEE NA INDUSTRIA EURÓPÉIA




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Conheça as emissões da indústria europeia
Parte da indústria europeia tem limites legais de emissões de gases de efeito de estufa. Os mapas da campanha Sandbag permitem perceber os limites e emissões da indústria de cada país europeu, mas também onde estão a ocorrer as compensações de emissões.

"É grave a situação dos ecossistemas marinhos, o quadro brasileiro precisa ser repensado"

Não terá sido por falta de informações sobre a gravidade da situação dos recursos naturais no mundo que foram tão difíceis as negociações no Japão, desde a semana passada, no âmbito da Convenção da Diversidade Biológica.
Enquanto ali se sucediam os impasses, na Assembleia-Geral da ONU era apresentado um relatório sobre o direito à alimentação em que se afirma que a cada ano são perdidos no mundo 30 milhões de hectares cultivados, ou 300 mil quilômetros quadrados, área equivalente à da Itália, mais que o Estado de São Paulo – por causa de degradação ambiental e urbanização. "500 milhões de pequenos agricultores sofrem de fome porque seu direito à terra é atacado", diz o documento (France Presse, 22/10).

A redução da biodiversidade significa perdas anuais entre US$ 2 trilhões e US$ 4,5 trilhões, confirma o relatório Economia de Ecossistemas e Biodiversidade, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). O relatório da Global Footprint Network diz que a sobrecarga já imposta aos recursos naturais pela atividade humana exigirá (ou exigiria) que em 2030 precisemos de mais um planeta como a Terra para mantermos os formatos e o ritmo. Em 40 anos se perderam 30% da biodiversidade global. E 71 países já enfrentam déficits na área dos recursos hídricos.

RS lidera a produção de biodiesel

30/10/2010
biodiesel por Gilberto Simon

O Rio Grande do Sul manteve a primeira posição nacional na produção de biodiesel (B100) em 2009, com 28% de participação no mercado brasileiro. Em 2008, o resultado foi de 26%. O RS também manteve o primeiro lugar na produção de carvão vapor, com 4,68 milhões de toneladas.

Mas, ao contrário do Brasil, o RS não segue a tendência de crescimento de energias renováveis, cuja participação em 2009 totalizou 32,66%, e no país, 47,29%. Segundo o presidente do Grupo CEEE, Sérgio Camps de Morais, a matriz energética é diferente da nacional “justamente por ser o RS detentor das maiores reservas de carvão do país.

Correio do Povo

Daniel Nepstad: Agricultura tem papel fundamental para estabilizar o clima

Maura Campanili

Clima e Floresta  IPAM.
O Brasil se comprometeu a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 39% até 2020, mas pretende, ao mesmo tempo, expandir em cerca de 30% as áreas para produção agropecuária. Segundo especialistas reunidos no seminário “Rumo às baixas emissões da agropecuária brasileira”, realizado em 7 de outubro, em São Paulo, o país possui terras e tecnologia suficientes para cumprir essas metas, mas precisa investir política e economicamente em ajustes como o aumento da produção das pastagens, implementação de melhores práticas agrícolas e na recuperação florestal das áreas degradadas. Mas quem vai pagar essa conta? Para Daniel Nepstad, coordenador dos programas Internacional e Cenários do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), organizador do evento junto com o Centro de Estudos em Sustentabilidade da FVG (GVCes), “é preciso caçar o gato”, ou seja, procurar em várias fontes, como os fundos públicos para REDD ou sistemas de cap-and-trade, como da Califórnia (EUA), que deverá investir em programas de REDD em países com florestas tropicais.

Clima e Floresta – Por que a agropecuária é importante nos esforços globais de estabilização do clima do planeta?
Daniel Nepstad – A agricultura e a pecuária respondem diretamente por 31% das emissões globais de gases de efeito estufa, os GEE. Além disso, 55% dessas emissões (ou 17% das emissões globais de GEE) estão associadas ao corte e a queima de florestas tropicais e com a degradação dessas florestas através da exploração madeireira e dos incêndios florestais. No Brasil, as taxas históricas (1996-2005) de desmatamento e degradação florestal na Amazônia e no Cerrado contribuíram para 60% das emissões no nível nacional e 3% no nível global.

Clima e Floresta – Com essa participação relevante, o mercado está cobrando a redução de emissões da agropecuária?
Nepstad – Sistemas internacionais de certificação de produtos da agropecuária já estão favorecendo produtores e empresas que se dispõem a reduzir as emissões de GEE. Três “mesas redondas” internacionais que debatem a produção de óleo de dendê, soja e cana-de-açúcar estabeleceram como um dos critérios de certificação a redução do desmatamento. A produção dessas commodities em áreas de florestas nativas recém desmatadas, por exemplo, não recebem certificação alguma. Além disso, cada mesa redonda está criando metodologias para contabilizar as emissões de GEE dos seus produtores certificados.

Clima e Floresta – O setor tem correspondido a essa demanda?
Nepstad – Empresas e produtores que representam entre 25% e 30% da produção global de soja, óleo de dendê e cana-de-açúcar já assumiram compromissos de cumprir os critérios estabelecidos nestas mesas redondas.

Clima e Floresta – Onde o produtor rural pode buscar recursos e se beneficiar da redução de emissões de gases de efeito estufa?
Nepstad – O produtor que está buscando reduções de emissões de GEE terá um acesso diferenciado aos mercados e linhas de financiamento. De maneira geral, esses financiamentos podem ser divididos em dois tipos: o de origem pública ou privada. O financiamento público provém de governos ou através de instituições financeiras nacionais e internacionais, tal como o Fundo Amazônia, administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) ou Fores Investment Program (FIP) do Banco Mundial. Outro exemplo é o novo Programa de Agricultura de Baixo Carbono (Programa ABC), que está sendo construído por várias instituições do Governo Federal.

Clima e Floresta – E quais são as formas de financiamento privado?
Nepstad – Existem duas formas de financiamento privado fomentando a redução de emissões de GEE: o mercado mandatório e o mercado voluntário. O mercado mandatório é aquele criado através de leis que impõem metas de redução de emissões em empresas e nos setores emissores de GEE. O único mercado mandatório de grande escala em funcionamento é o European Emissions Trading Scheme (ETS), responsável por mais de 90% dos 110 bilhões de dólares de crédito de carbono negociados em 2009. O setor agropecuário pode participar do ETS por meio de Projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Quioto. Entre outras alternativas, o MDL pode compensar projetos que visam sequestrar carbono florestal através de restauro florestal, mas não aceita projetos que busquem reduzir emissões por desmatamento evitado (REDD).

Clima e Floresta – Nesse cenário, quem busca recursos para projetos de REDD tem alguma alternativa de financiamento privado?
Nepstad – Com o fracasso das negociações do tratado do clima em Copenhague (COP 15), a criação de um mercado mandatório em escala global capaz de definir um preço único de carbono demandará ainda alguns anos. Mas o componente mais avançado na negociação internacional capitaneada pela ONU é o REDD, que busca compensar países que consigam reduzir emissões advindas do desmatamento e da degradação florestal. A demanda para possível créditos gerados por programas de REDD também tem encontrado barreiras. Os sistemas cap-and-trade que viabilizem reduções de GEE estão paralisados nos últimos meses em países como Estados Unidos, Canadá e Austrália. Num cenário plausível e de curto prazo é possível que vários mercados pequenos de redução de GEE, como os da Califórnia e do Japão, avancem mais rapidamente e ofereçam benefícios mais reais para projetos e programas de REDD.

Clima e Floresta – Como funciona o sistema cap-and-trade da Califórnia?
Nepstad – No caso da Califórnia, a lei de mudanças climáticas, que está para ser regulamentada ainda em 2010, deve permitir que as empresas deste estado norte-americano cumpram uma parte de suas reduções de emissões através de investimentos em estados do Brasil, Indonésia, África e México, que demonstrem esforços de redução de emissões de desmatamento em seus territórios através de programas de REDD. A força tarefa para o clima e floresta mantida pelos vários governadores conta com a participação de estados brasileiros como Acre, Mato Grosso, Pará e Amazonas. O volume total de demanda da Califórnia para reduções de emissões de GEE de estados tropicais deve ser modesto (10 a 20 milhões de CO2 por ano). Contudo, poderia abrir as portas para regimes de carbono semelhantes com outros estados industrializados, o que deverá aumentar a probabilidade de se criar sistemas de cap-and-trade nacionais, para gerar uma demanda maior para REDD.

Clima e Floresta – Onde entram os financiamentos voluntários?
Nepstad – Os mercados de carbono voluntários atendem, principalmente, as empresas que querem neutralizar as suas emissões através de investimentos em projetos que visem a redução de emissões de GEE. Várias empresas da agroindústria estão assumindo metas voluntárias de redução de GEE (por exemplo, Unilever, Coca Cola, Nutreco). Participam, também, aquelas empresas ou investidores que enxergam no carbono um investimento que poderá gerar dividendos no futuro.

Veja o documento "Reduzindo Emissões de Carbono da Agropecuária: Oportunidades e Desafios para o Brasil"

Os Desafios da Mobilidade Urbana - Contribuição para o Debate Eleitoral de 2010

ANTP
O presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Públicos de Transporte Público e do Grande Recife Consórcio de Transporte, Dílson Peixoto, foi um dos dirigentes do setor a manifestar apoio ao documento Os Desafios da Mobilidade Urbana - Contribuição para o Debate Eleitoral de 2010 enviado pela ANTP a todos os partidos e candidatos que concorrem à eleições de 2010.


EM JOINVILLE
Outros secretários municipais, dirigentes públicos e lideranças do setor também patentearam apoio ao texto. "A Fundação IPPUJ (Fundação Instituto de Pesquisa e Planejamento para o Desenvolvimento Sustentável de Joinville), apoia o documento da ANTP que visa garantir um compromisso com a construção de uma política nacional de apoio ao transporte urbano de qualidade aos candidatos nas eleições de 2010", escreveu Luiz Alberto Souza, presidente da Fundação IPPUJ, de Joinville, Santa Catarina. O manifesto foi publicado nos portais do IPPUJ e da prefeitura de Joinville.

NA FOLHA DE S. PAULO
No domingo, 26 de setembro, a matéria da Folha de S. Paulo intitulada Copa de 2014 é vista como oportundiade para impulsionar investimentos em transporte coletivo, assinalada pelo jornalista especializado Alencar Isidoro, destaca o manifesto da ANTP e sua rcomendação para que o transporte público seja considerado juntamente com o trânsito e com a ocupação do solo urbano. Eis um trecho do texto: “Um manifesto da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) menciona que além do metrô, uma outra alternativa merece ser difundida: os corredores de ônibus conhecidos como BRTs, mais baratos que os metrôs”. Mais adiante, a reportagem afirma: "O manifesto lançado este ano pela ANTP com diretrizes do transporte cita a importância de construir sistemas de transporte ligados à política de habitação e de ocupaão urbana”.

Buenos Aires begins work on BRT line (Argentina)

2010-10-28

The government of Argentine capital Buenos Aires has begun construction of the first line of its bus rapid transit (BRT) system, as part of the city's sustainable transport program.

The exclusive bus lane will run along Juan B. Justo avenue, connecting districts Liniers and Pacífico, the city's website reported. The BRT system is expected to reduce travel time on the route by 20 minutes.

The line will replace current bus routes 166 and 34 and will have 21 stops. Buses will be equipped with GPS systems, allowing passengers to track buses and estimate wait times.

The system is expected to begin operating in 2011.

O SUCESSO DO BIODIESEL

 “Uma pesquisa inédita da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apresentada (28/10) no Seminário Brasilianas sobre Biocombustíveis, lançou mais luzes sobre o programa que marcou mudança fundamental nas políticas públicas brasileiras.

Pela primeira vez decidiu-se amarrar objetivos sociais a um programa econômico, através da criação de uma série de mecanismos induzindo as empresas a apoiarem a agricultura familiar.

Segundo levantamentos de Cleber Lima Guarany – coordenador de Projetos de Biocombustíveis da FGV – hoje em dia a capacidade instalada no setor é de 5,1 milhões de m3, o dobro do necessário para atender às metas de B5 – mistura de 5% no diesel. Desse total, 42% estão no centro-oeste, 17% no sudeste, 25% no sul, 12% no nordeste e 4% na Amazônia.

Mobilidade: BRT é defendido nos debates

Escrito por Fetranspor
especial Michelin Challenge Bibendum
O superintendente da Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano, Marcos Bicalho dos Santos, disse que o projeto de BRT ganhou destaque, durante o Challenge Bibendum. Segundo ele, a maioria dos especialistas defendeu o BRT, acreditando que ele pode favorecer a mobilidade rodoviária sustentável. Para Bicalho, o evento é importante porque reúne o setor, e isso fortalece o movimento de crescimento de alternativas para uma mobilidade sustentável.

“É um momento de satisfação. O Challenge Bibendum está permitindo a geração de uma sinergia no setor, que resultará em melhorias. O BRT vem sendo destacado como uma boa alternativa diante das preocupações com o meio ambiente. Em 2012, vamos ter uma nova realidade de tecnologia de motor – o Euro 5. O BRT já atuará com esta novidade. Com isso, teremos condições de aliar a tecnologia do BRT aos novos sistemas de combustíveis”, afirmou.

No primeiro dia do evento, o Ministério das Cidades promoveu o debate “Transportes, Mobilidade, Cidades e Sustentabilidade”. Participaram da mesa o ministro das Cidades, Márcio Fortes; o ex-governador do Paraná, Jaime Lerner; o especialista Luis Antonio Lindau; o consultor do ITDP, Jonas Hagen; o subsecretário municipal de Transportes, Rômulo Orrico; o consultor do ministério dos Transportes, João Alencar, e a colaboradora do ministério das Cidades, Luiza Gomide.

O tema do painel foi "Transporte e Mobilidade como Elementos Configuradores do Espaço Urbano". Foram abordados aspectos de integração modal e a relação entre infraestrutura de transportes e a ocupação do solo. A temática incluiu mudanças climáticas, financiamento e investimento em infraestrutura.

O ex-governador Jaime Lerner abriu o painel, dizendo que o Brasil "nunca esteve tão per to e, ao mesmo tempo, tão longe de dar uma resposta a problemas fundamentais na cidade: mobilidade, sustentabilidade e coexistência". De acordo com Lerner, o Brasil tem o Ministério das Cidades, que prioriza o transporte. "Hoje o Brasil é o país com a melhor tecnologia de BRT, temos de avançar nesta questão da mobilidade, mas as coisas têm de acontecer", afirmou. Para Lerner, o metrô não é a solução para a mobilidade sustentável. “O metrô não pode ser a solução, se a superfície for bem operada. Não se pode somente operar corredores, mas, sim, conceber bem as cidades”.

Jonas Hagen falou sobre o processo de transformação da superfície da cidade de Nova Iorque, que até 2006 era dominada pelos automóveis, e, desde então, vem passando por uma reformulação, com a integração modal e o advento do transporte por bicicletas. A mudança é creditada à intervenção da prefeitura local, a partir da iniciativa de usar de forma adequada o espaço urbano. Nova Iorque está vivendo uma revolução, segundo Hagen. Entre os exemplos de cidades brasileiras, ele citou Mauá, que implantou 1.700 vagas para bicicletas, e Santos, que tem 15% das viagens feitas por este modal.

O professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Luis Antonio Lindau, destacou a forma como as viagens de até 500 metros são feitas hoje. De acordo com ele, são feitas um terço de automóvel, um terço de coletivo e o restante a pé. Lindau falou que as calçadas não são operadas pelo setor público e afirmou que, ao continuar com a distribuição de transporte com uma faixa na superfície, transportando 1,5 mil pessoas por hora em automóveis, teremos cidades mais congestionadas. "Será necessário fazer um redesenho das cidades, e no Brasil é possível dobrar a quantidade de corredores."

Meta
A arquiteta e urbanista Luiza Gomide frisou que a meta do Ministério das Cidades é atingir a sustentabilidade, dando prioridade ao transporte coletivo, ciclistas e portadores de necessidades especiais, com a transformação de faixas de carro em corredores para ônibus. Gomide também citou que é preciso uma mudança de comportamento dos usuários do transporte coletivo.

João Alencar mostrou que a matriz modal deve acompanhar as transformações da matriz energética, e que o poder público deve reger “como e onde deve ser usado o automóvel”. Além disso, Alencar lembrou que, para solucionar problemas relativos aos deslocamentos, é necessário que as instituições financeiras subsidiem o novo padrão de mobilidade.

O subsecretário municipal de Transportes, Rômulo Orrico, defendeu a tese de que o transporte é um problema da cidade, e está dividido em quatro pilares: funcionalidade da rede – que hoje tem 47% dos deslocamentos feitos de forma não motorizada –, sustentabilidade que apresenta características sobre poluição visual e sonora, custos de produção e manutenção, além da reforma regulatória.

Já o ministro Márcio Fortes citou os investimentos de R$ 11,4 bilhões do PAC da Copa em mobilidade urbana. "Com esse investimento, vamos qualificar o transporte e aproveitar para deixar um legado para o futuro", afirmou.

Sobre os projetos selecionados pelo PAC da Copa, o ministro revelou que a escolha priorizou maior retorno e menor custo, dentro do prazo estipulado, o que justifica a implementação de 21 sistemas de BRT no país. De acordo com o ministro, o tema transpor te entrou na agenda nacional e não sairá mais

BRT: Alternativa para mobilidade urbana

Jornal da Cidade Publicada: 28/10/2010
Uma das alternativas sustentáveis defendidas pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) para a equação da mobilidade urbana x poluição nas capitais e nos municípios com mais de 500 mil habitantes é a implantação do sistema BRT (Bus Rapid Transit). Em média, um ônibus comporta de 70 a 80 passageiros, substituindo 50 automóveis ou 70 motocicletas nas vias. “A implantação de sistemas BRT com serviços mais rápidos e de maior qualidade iria, sem dúvida, atrair usuários de carros e motos. Essa seria uma forma, relativamente rápida, de promover, com baixo custo, melhorias no trânsito e na qualidade do ar”, avalia Marcos Bicalho dos Santos, diretor superintendente da NTU.

O atual cenário macroeconômico do País favorece a população a adquirir com mais facilidade automóveis e motocicletas, ou seja, há um grande incentivo à utilização do transporte individualizado em detrimento ao coletivo. Com isso, 30% dos deslocamentos são realizados em meios motorizados individualmente, ocupando 70% das vias de circulação. Esse é um dos fatores que compromete a qualidade do ar e o trânsito nas cidades.

“Para que tenhamos uma solução adequada para o trânsito e o meio ambiente, principalmente, nos centros urbanos, é preciso estimular a população a usar o transporte coletivo. Paralelamente, é preciso oferecer melhores condições no transporte coletivo por ônibus, implantando os sistemas BRT”, explica Bicalho.

BRT
O BRT, Bus Rapid Transit, é um sistema de ônibus de alta capacidade que provê um serviço rápido, confortável, eficiente e de alta qualidade. Com veículos de transporte coletivo sobre pneus, circulando em corredores exclusivos, o sistema tem desempenho similar aos metrôs, apresentando tempo de parada menor e pagamentos das tarifas nas estações.

Ônibus novos
Para que haja a melhoria da qualidade do transporte urbano por ônibus nas capitais e nos municípios com mais de 500 mil habitantes é fundamental investir também na renovação da frota. Atualmente são 105 mil ônibus em operação no País. “A criação de incentivos fiscais e linhas de crédito especiais são importantes para que as empresas de transporte público possam renovar suas frotas. Além disso, a construção de uma rede multimodal de transportes nas cidades, que incluam as linhas de ônibus convencionais, BRT, metrôs e trens, permitiriam otimizar o transporte coletivo urbano, reduzindo custos com a operação”, complementa Bicalho.

Legislação
Outro ponto que irá contribuir com a equação da mobilidade urbana x poluição são as novas tecnologias a ser implantadas nos ônibus, inclusive nos modelos que circularão nos BRTs. Uma delas são os motores padrão Euro V, que atenderão a fase sete do Proconve (Programa de Controle da Poluição do ar por veículos automotores), e equiparão os ônibus que serão fabricados a partir de 2012. Esses veículos serão equipados ainda com catalisadores de descarga e funcionarão com o diesel S10 - que é um combustível mais limpo, pois concentra somente 10 partículas por milhão de enxofre.

XII SIMAI - Conhecimento Socioambiental

SendoSustentavel: Mobilidade Urbana e TeleTrabalho

FAPESP e FAPERJ lançam chamada sobre mudanças climáticas

29/10/2010
Agência FAPESP
A FAPESP e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) lançam chamada de propostas para seleção de projetos de pesquisa cooperativos e intercâmbio de pesquisadores e estudantes em áreas de pesquisa ligadas às mudanças climáticas globais.

Podem apresentar propostas pesquisadores vinculados a instituições de ensino superior ou pesquisa, públicas ou privadas, no Estado de São Paulo e no Estado do Rio de Janeiro.

Os projetos de pesquisa conjuntos deverão criar conhecimento científico e formar competências e alianças estratégicas em áreas relacionadas ao tema mudanças climáticas globais, contribuindo para o desenvolvimento científico e tecnológico dos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Espera-se que os projetos de pesquisa incentivem a implementação de projetos inovadores de pesquisa, envolvendo estudantes de nível superior, e que seus resultados gerem publicações de artigos científicos e propriedade intelectual.

“O acordo FAPERJ-FAPESP cria mais uma oportunidade para que pesquisadores no Estado de São Paulo e no Estado do Rio de Janeiro desenvolvam projetos de pesquisa conjuntamente. Desta forma, esperamos criar sinergias e aumentar a capacidade nacional para a criação de conhecimento científico sobre mudanças climáticas globais levando a um aumento do impacto da ciência brasileira neste tema tão importante”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.

“Há muito vimos trabalhando na perspectiva do lançamento de um edital conjunto entre as duas agências, o que se tornou possível após a assinatura do acordo de cooperação científica. A área escolhida diz, por si, da importância do edital. Ambos os Estados têm pesquisadores de excelência na área e que, certamente, em um trabalho conjunto, contribuirão para o desenvolvimento científico e tecnológico, e também para a formação de recursos humanos qualificados”, disse Jerson Lima, diretor científico da FAPERJ.

As propostas selecionadas serão cofinanciadas pela FAPESP e pela FAPERJ. Aplicam-se todas as normas da FAPESP às propostas apresentadas por pesquisadores vinculados a instituições sediadas em São Paulo e, da FAPERJ às propostas apresentadas por pesquisadores vinculados a instituições sediadas no Rio de Janeiro.

Entre os temas de interesse da chamada estão as Consequências das mudanças climáticas globais no funcionamento dos ecossistemas, com ênfase em biodiversidade e nos ciclos de água, carbono e nitrogênio, Balanço de radiação na atmosfera, aerossóis, gases-traço e mudanças dos usos da terra” e Dimensões humanas das mudanças climáticas globais”.

Serão selecionados até 30 projetos de pesquisa. A FAPESP e a FAPERJ reservam até R$ 2,5 milhões cada uma para a chamada, totalizando R$ 5 milhões.

As propostas devem ser submetidas à FAPESP como Auxílios Regulares à Pesquisa com duração de até 24 meses e à FAPERJ como Projetos Específicos com duração de até dois anos. Um mesmo pesquisador só poderá submeter uma proposta. As propostas deverão ser encaminhadas até 4 de fevereiro de 2011.

As missões de intercâmbio de pesquisadores e estudantes poderão totalizar 60 dias por pessoa por ano de duração do projeto.
Mais informações sobre a chamada: www.fapesp.br/materia/5935

Perto do fim, COP-10 busca conciliação no Japão

Participante da COP-10 lê documento da Convenção da Biodiversidade, em Nagoya
Representantes de 193 países debatem nesta sexta-feira um texto conciliatório, apresentado pelo Japão, sobre a gestão dos recursos genéticos, na tentativa de encerrar com sucesso a 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Biodiversidade (COP-10).

A COP-10, realizada na cidade japonesa de Nagoya, deve encerrar nesta sexta-feira com um plano estratégico para proteger a biodiversidade entre 2011 e 2020, após o vencimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) estipulados em 2000.

Os países reunidos pretendem concordar o financiamento dos objetivos e o que se transformou no grande empecilho das negociações, um protocolo referido ao uso e distribuição equitativa dos benefícios derivados dos recursos genéticos (ABS, na sigla em inglês).

O ministro do Meio Ambiente do Japão, Ryo Matsumoto, apresentou nesta sexta na reunião de Nagóia um texto que pretende conciliar posturas, depois que os negociadores não puderam redigir a minuta do ABS na meia-noite de quinta-feira, quando vencia o prazo.

Além da proposta japonesa, se coloca "a união das duas propostas principais de missão (financiamento) do plano estratégico", afirmou nesta sexta à Efe um dos negociadores da Guatemala, Edgard Selvin.

Esalq prevê que produção do País crescerá 70% em 10 anos

Daniel Popov
SÃO PAULO - A produção agrícola mundial vai crescer aproximadamente 40% nos próximos 10 anos, com destaque para Brasil, que deve responder por 70% deste total. A previsão é de Roque Dechen, diretor da Escola Superior de Economia Aplicada (Esalq), para quem o setor aposta em sustentabilidade e tecnologia para manter a qualidade da matéria-prima e os altos índices de crescimento vistos nos últimos anos.

Em linha com essa previsão, a Nestlé, que prevê crescer em média 5% ao ano na produção de lácteos no mundo, deve disponibilizar mais de US$ 50 milhões em microcrédito para que seus produtores invistam em sustentabilidade.

Para Roberto Dechen, que também é vice-reitor da USP (Universidade de São Paulo), a palavra de ordem no setor agrícola brasileiro é sustentabilidade. Ele falou ontem sobre o assunto durante o 2º Fórum de Criação de Valor Compartilhado realizado pela Nestlé.

"Todos temos que nos preocupar com a sustentabilidade da produção agrícola, que gera tanto a qualidade de matéria-prima, quanto segurança alimentar. Hoje isso é cobrado tanto do profissional de agronomia, quanto do estudante, exatamente para que tudo que faça seja focado na sustentabilidade. Todas as ações do plantio, a colheita e a transformação do produto têm de estar pautadas na sustentabilidade", comentou Roberto Dechen.

Dechen disse que para obter bons resultados nas produções é obrigatório aliar a sustentabilidade, que se baseia no desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades, aos avanços tecnológicos. "Estamos preocupados com o crescimento esperado no País nos próximos anos, é preciso investir muito em novas tecnologias". argumentou.

Além disso, o vice-reitor também defende a mudança na grade de ensino das atuais faculdades de agronomia, para maior preparo em relação a demanda produtiva do setor até 2020. "O estudante que ingressar em 2011 em alguma faculdade de agronomia, se formará em meio aos crescimentos do setor, e precisa preparo para enfrentar esse novo cenário", finalizou.

A aposta brasileira parece também refletir as expectativas mundiais, contou o diretor da Divisão Agrícola da Nestlé S.A., Hans Jöhr. Para ele, o tema sustentabilidade é uma tendência mundial, já que ela está atrelada a preservação do meio ambiente, melhoria na qualidade de produtos, e aumento de produção. "Isso está encravado em nosso DNA. Temos programas muito ambiciosos para os próximos anos", mencionou.

Próximos anos
Jöhr comentou ontem que a Nestlé projeta um aumento de 5% ao ano na produção de itens lácteos no mundo, que representa um incremento de aproximadamente 100 mil vacas a produção por ano.

Segundo ele, a empresa mundial realiza um total de compras superior a US$ 23 bilhões em matérias-primas, como o café, o cacau e o leite, junto aos pouco mais de 540 mil produtores parceiros da Nestlé. Deste total dois terços são oriundos de países emergentes. "Nesses países temos a nossa fonte de matérias-primas de qualidade, além de nos ajudar na interação com países onde não temos uma estrutura claramente formada", contou.

A companhia suíça afirmou que disponibiliza mais de US$ 50 milhões em microcréditos para auxiliar esses produtores, além de estudos agronômicos para otimizar e melhorar a qualidade dos produtos, e profissionais para prestar assistência técnica nas lavouras. "O desenvolvimento rural é uma preocupação da empresa desde a sua criação. A Nestlé também possuí pesquisas coletadas de dados e técnicas para obter um item de alta qualidade, para fornecer aos produtores de leite da região. E até concessão de microcrédito temos como incentivo para o uso de novas tecnologias".

No Brasil, a Nestlé lidera o ranking de captação de leite fresco, trabalhando com cerca de seis mil produtores diretos 40 mil indiretos. "Desde que está no País - há 79 anos -, a empresa atua com projetos de desenvolvimento rural, com foco principalmente na cadeia do leite", lembrou Jöhr.

Seca no Rio Negro

Acesse o site abaixo e veja as fotos.

http://www.guardian.co.uk/environment/gallery/2010/oct/26/amazon-drought-brazil?&CMP=EMCENVEML1631

Sob risco de colapso

No mundo, 70% das espécies comerciais estão com estoques baixos; no Brasil, índice chega a 80% no Sudeste
 Karina Ninni ESPECIAL PARA O ESTADO 
 O Estado de S.Paulo

A redução drástica da população de algumas espécies de peixes e crustáceos e o desaparecimento de outras foram tema de debate na Conferência da Biodiversidade, em Nagoya, Japão, que acaba na sexta-feira. Especialistas repisaram o alerta: por milênios o ser humano encarou o mar como fonte inesgotável de alimento, mas isso não vale mais, não no planeta de 6,6 bilhões de habitantes. O grande vilão do fenômeno é a pesca desordenada, que no Brasil já ameaça mais de 80% dos estoques do Sul e Sudeste e 50% no Norte e Nordeste.

O relatório Global Ocean Protection, recém-lançado em Nagoya, é claro. "Alguns estoques estão próximos do colapso e não deveriam mais ser pescados. E todos deveriam ser alvo de planos de uso sustentável de longo prazo", afirma Caitlyn Toropova, uma das autoras do estudo.

Relatório divulgado este mês pela ONG World Wildlife Foundation indica que 70% das espécies comerciais do mundo, como o bacalhau do Atlântico Norte e o atum do Mediterrâneo, estão com estoques baixos.

No Brasil, o Censo da Vida Marinha divulgado este mês pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) indica que, das 1.209 espécies de peixes catalogadas na costa e nos estuários, 32 são sobre-exploradas. O caso dos crustáceos é ainda pior: a sobrepesca afeta 10 de 27 espécies.

A situação é agravada pela falta de políticas de ordenamento da atividade pesqueira. O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA)calcula em 350 mil o número de pescadores profissionais do País, que respondem por 70% da captura de espécies marinhas na costa. De acordo com o MPA, existem 60 mil embarcações artesanais e cerca de 10 mil industriais nos 3,5 milhões de quilômetros de quadrados de mar sob jurisdição brasileira.

Pelos números oficiais, foram tiradas dos mares brasileiros 585.671,5 toneladas de pescado em 2009. Mas o sistema de licenciamento, a permissão para a pesca de uma determinada espécie, foi criado nos anos 70 e 80, quando os estoques eram outros.

"É comum, na ausência de um recurso para o qual tem permissão de pesca, que o pescador se volte para outro. A verdade é que não se sabe quem está pescando o quê e com qual licença", diz o professor Jose Angel Alvarez Perez, integrante do Grupo de Estudos Pesqueiros da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Santa Catarina.

Segundo Perez, existem espécies em que há sobrepesca há décadas, para as quais não se deveria mais conceder licenças de captura, como a corvina. "E há outras, como os linguados, para as quais não há nenhuma instrução normativa para a captura."

"Na Europa, diferentes países dividem os recursos e isso favoreceu a normatização e a geração de informações. Os primeiros relatos de sobrepesca na Europa datam do século 19", afirma Antonio Olinto Ávila da Silva, pesquisador do Instituto de Pesca (IP) de São Paulo.

Estudo revela risco de extinção enfrentado por diversas espécies animais



As principais causas apontadas foram as agressões ao meio ambiente ao redor do planeta. Aproximadamente 20% de todas as espécies estão ameaçadas.


 Um estudo divulgado nesta terça-feira à noite pela revista Science, uma das mais respeitadas do mundo, revelou o risco de extinção enfrentado por diversas espécies animais. As agressões ao meio ambiente, ao redor do planeta, foram apontadas como a principal causa.

Do urso ao sapo. Do tubarão à arara. Vinte e cinco mil espécies de mamíferos, aves, anfíbios, répteis e peixes, que estão na lista de animais ameaçados de extinção, foram analisadas por 174 cientistas do mundo todo.

Pela primeira vez os animais foram vistos numa escala global. E a descoberta foi desagradável.

De acordo com a pesquisa 20% de todas as espécies de vertebrados estão ameaçadas: 41% de todos os anfíbios; 33% dos peixes cartilaginosos, como os tubarões; 25% de todos os mamíferos; 22% dos répteis; 15% dos peixes ósseos, como o bacalhau e o atum e 13% das aves estão em risco de desaparecerem.

O estudo mostra que esses números são crescentes. Em média, 52 tipos de aves, mamíferos e anfíbios ficam mais perto da extinção a cada ano.

E, para os pesquisadores, tudo isso poderia ser 20% pior. Só não foi por causa do esforço mundial de preservação, afirmam os cientistas. Mas um esforço, segundo eles, insuficiente para reverter os danos causados pelo manuseio da terra, pelas mudanças do clima e pelo aquecimento dos oceanos.

E os pesquisadores destacam que as espécies estão desaparecendo num ritmo mais alarmante em regiões tropicais: a pior situação, de acordo com o estudo, é no sudeste asiático, onde a expansão agrícola, a extração de madeira e a caça são intensas. No continente africano, grupos inteiros de mamíferos podem deixar de existir com a destruição de florestas.

A Amazônia, claro, também aparece na pesquisa. Os cientistas alertam que a combinação de desmatamento florestal e alterações climáticas leva à seca na região e isso pode acabar com a vegetação e com os alimentos dos animais.

O fim das baleias?

Caros amigos, Muitas baleias estão entre o 1/3 de toda a vida no planeta que está à beira da extinção. Governos estão se reunindo esta semana para considerar um plano ousado de proteger 20% dos oceanos e terra firme até 2020.


Nós só temos alguns dias e um chamado internacional poderá fazer a diferença. Clique para assinar a petição pelo plano 20/20 e encaminhe este alerta:

Hoje existem apenas 300 baleias francas do atlântico norte e 99% das baleias azuis já foram eliminadas. Estes majestosos gigantes estão ameaçadas de extinção e seu caso está sendo usado como exemplo repetidamente. Mas na realidade, um terço de todas as formas de vida no planeta estão à beira da extinção.

O mundo natural está sendo esmagado pela atividade humana, poluição e exploração. Mas existe um plano para salvá-lo - um acordo mundial para criar, financiar e implementar áreas protegidas cobrindo 20% das nossas terras e mares até 2020. Agora mesmo, 193 governos estão reunidos no Japão para enfrentar esta crise.

Nós só temos 3 dias até o fim desta reunião crucial. Especialistas dizem que os políticos estão hesitantes em adotar um objetivo tão ambicioso, mas que um clamor público mundial poderá fazer a diferença, mostrando aos governantes que os olhos do mundo estão sobre eles. Clique para assinar a petição urgente e encaminhe este email amplamente - a mensagem será entregue diretamente para a reunião no Japão:

http://www.avaaz.org/po/o_fim_das_baleias/?vl

Ironicamente 2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade. Os nossos governos já deveriam estar caminhando para "uma redução significativa da taxa atual da perda da biodiversidade". Eles falharam repetidamente, cedendo para a indústria e trocando assim a proteção das espécies por lucros limitados. Nossos animais, plantas, oceanos, florestas, solos e rios estão sufocando sob fardos imensos de super-exploração e outras pressões.

Os seres humanos são a principal causa desta destruição. Mas podemos reverter a situação - já salvamos espécies da extinção antes. As causas do declínio da biodiversidade são vastas e salvá-la vai exigir uma guinada das promessas vagas, sem clareza de quem financia a proteção, para um plano ousado, com fiscalização rigorosa e financiamento sério. O plano de 20/20 é justamente isto: os governos serão forçados a executar programas rigorosos para garantir que 20% das nossas terras sejam protegidas até 2020, e para isso aumentar drasticamente o financiamento.

Tem que ser agora. Em todo o mundo o quadro está cada vez mais sombrio - há apenas 3.200 tigres na natureza, os peixes dos oceanos estão se esgotando e nós estamos perdendo fontes de alimentos ricos para a monocultura. A natureza é resistente, mas temos que prover espaços seguros para ela se recuperar. É por isso que esta reunião é fundamental - é um momento decisivo para acelerar ações baseadas em compromissos claros para proteger nossos recursos naturais.

Se os nossos governos sentirem a pressão esmagadora do público para serem corajosos nós podemos convencê-los a aderirem ao plano de 20/20 nesta reunião. Mas para isto vamos precisar que cada um de nós que está recebendo esta mensagem, faça-a ecoar até chegar na convenção no Japão. Assine esta petição urgente abaixo e depois encaminhe-a amplamente:
http://www.avaaz.org/po/o_fim_das_baleias/?vl

Este ano os membros da Avaaz tiveram um papel fundamental na proteção dos elefantes, defendendo a proibição da caça às baleias, e garantindo a maior Reserva Marinha do mundo nas Ilhas Chagos. Nossa comunidade tem mostrado que podemos definir objectivos ambiciosos - e vencer. Esta campanha é a próxima etapa na batalha essencial para criar o mundo que a maioria de nós em todos os lugares querem - onde os recursos naturais e das espécies são valorizados e o nosso planeta está protegido para as futuras gerações.

http://www.avaaz.org/po/o_fim_das_baleias/?vl

Com esperança,

Alice, Iain, Emma, Ricken, Paula, Benjamin, Mia, David, Graziela, Ben, eo resto da equipe da Avaaz

Planeta precisa dobrar área continental protegida para conservar a biodiversidade

Russell Mittermeier (presidente da Conservação Internacional – CI) e Fabio Scarano (diretor Executivo da CI-Brasil)
A 10ª Conferência das Partes (COP-10) da Convenção da Organização das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (CDB) está em curso há uma semana em Nagoya, no Japão. Essa é a mais importante das conferências da CDB, por 2010 ser o Ano Internacional da Biodiversidade e pelo fato de o planeta ter atingido o ápice da crise da biodiversidade (taxas sem precedentes de perda de hábitats e extinção de espécies). Além disso, caberá à COP-10 examinar o alcance das metas globais de conservação lançadas em 2002.

A constatação é a de que o mundo fracassou em alcançar as metas traçadas para 2010 e sofreu grande perda de espécies e hábitats. Conforme estimativa do painel do TEEB (A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade), só o desmatamento contribui hoje para uma perda anual de cerca de 2,5 a 4,5 trilhões de dólares, o equivalente ao PIB do Japão, o segundo maior do mundo. Portanto, a perda é grande e a situação é grave, ainda que alguns países como Brasil, Colômbia, Peru, Suriname, Guiana e algumas ilhas do Pacífico, dentre outros, tenham alcançado algum sucesso em proteger muitas de suas áreas.

Diante dessa crise, uma das principais expectativas em torno da conferência de Nagoya é que seja lançado um novo conjunto de metas a ser alcançado até 2020, inclusive especificando os mecanismos e o financiamento para fazê-lo.

Historicamente, a principal e mais efetiva ferramenta na preservação da biodiversidade é a criação de áreas protegidas. Assim, a definição do percentual de superfície continental e marítima do planeta a ser protegido até 2020 vem a ser um dos principais compromissos em torno do qual se espera que os 193 países signatários da convenção selem um acordo.

Brasil rejeita acordo parcial sobre biodiversidade

Ministra Izabella Teixeira afirma que, se não houver pacto sobre a regulamentação do uso de recursos genéticos, o País não concordará com mais nada

Herton Escobar - Enviado especial a Nagoya - O Estado de S. Paulo

Diplomatas e autoridades da delegação brasileira avisam: “Não estamos blefando.” Se não houver acordo sobre a regulamentação do uso de recursos genéticos da biodiversidade, o País não concordará com mais nada na 10.ª Conferência das Partes (COP-10) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), que está em andamento em Nagoya, no Japão, desde o dia 19.

“Se quisermos falar sério sobre biodiversidade, temos de falar do pacote todo”, disse ao Estado a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que chegou a Nagoya anteontem para chefiar a delegação brasileira na reta final da conferência.

A COP-10 é a reunião mais importante da CDB, um tratado internacional lançado em 1992 para promover a conservação e o uso sustentável da biodiversidade do planeta. A adoção de um protocolo de regras para o acesso e a repartição de benefícios (ABS, na sigla em inglês) oriundos da exploração comercial de recursos genéticos é a grande lacuna da convenção, que o Brasil e outros países ricos em biodiversidade têm especial interesse em preencher.

As decisões da convenção precisam ser tomadas por consenso entre os 193 países participantes. Se não houver acordo sobre ABS e o Brasil, apoiado por outros países em desenvolvimento, levar a cabo a ameaça de não aprovar outros temas, ocorrerá um fracasso total da conferência.

Os outros dois grandes temas da agenda em Nagoya são a definição de metas para 2020 e a falta de apoio financeiro dos países desenvolvidos para programas de conservação ambiental nos países em desenvolvimento. “Como é que vamos avançar em metas se não tivermos financiamento e se não há regras para acesso e repartição de benefícios dos recursos genéticos?”, argumenta a ministra brasileira.

A ideia por trás do protocolo seria garantir que os lucros obtidos com produtos desenvolvidos com base em recursos genéticos da biodiversidade sejam compartilhados com o país de origem da espécie e com as populações tradicionais que eventualmente tenham contribuído para a pesquisa. Por exemplo, no caso de um fármaco desenvolvido na Europa com base na molécula de uma planta brasileira usada na medicina tradicional de alguma tribo indígena da Amazônia.


Faltando quatro dias para o fim da COP-10, a negociação sobre ABS avança madrugada adentro. Países desenvolvidos, como Canadá, Austrália e alguns europeus, resistem à regulamentação, temendo redução da liberdade de pesquisa – e dos eventuais lucros obtidos com ela.

Mas há também divergências fortes entre países em desenvolvimento. O bloco africano, por exemplo, insiste que o protocolo deve ter efeito retroativo, o que implicaria pagamento de royalties por todos os recursos biológicos extraídos do continente nas últimas décadas ou até séculos. Uma proposta inaceitável para os países desenvolvidos e também para o Brasil, cuja agricultura é quase 100% baseada em espécies exóticas, trazidas originalmente de outros países e continentes, incluindo arroz, feijão, milho e até a carne.

A ameaça de não aprovar nada caso não haja um acerto sobre ABS e financiamento é uma jogada audaciosa do País, que tem o tema como prioridade número um na agenda. O superintendente de Conservação da WWF-Brasil, Claudio Maretti, acha que a estratégia se justifica. “Os países desenvolvidos foram muito competentes em protelar a discussão durante anos. Chegou a hora de dizer um basta. Quem tem de ceder agora são eles.”

Governo lança edital para concessão de mais 210 mil hectares de floresta no Pará

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) lançou hoje (27) o edital de concessão de mais 210 mil hectares de florestas públicas. Na licitação, serão oferecidos cinco lotes na Floresta Nacional (Flona) do Anama, no Pará.

A Flona fica na região da BR-163, no chamado Arco do Desmatamento da Amazônia Legal, uma das áreas mais atingidas por derrubadas ilegais nos últimos anos.

Com a concessão, o governo espera arrecadar pelo menos R$6,7 milhões por ano. O valor poderá aumentar durante o leilão. De acordo com a Lei de Gestão de Florestas Públicas, os recursos serão divididos entre os governos federal, estadual e municipal.

O edital permite a participação de empresas brasileiras, com sede no país, e prevê incentivos para pequenas empresas, associações e cooperativas. Os contratos terão validade de 40 anos.

Além da Flona de Anama, o governo pretende licitar mais concessões na região da BR-163 e em outras áreas ainda este ano. A meta, segundo o SFB, é chegar a 1 milhão de hectares de concessão florestal.

Até agora, a única concessão em funcionamento no país é a da Flona do Jamari, em Rondônia, onde a exploração de 96 mil hectares começou este mês.

Nas áreas manejadas, a exploração de madeira é feita em um sistema de rodízio. A cada ano, as empresas podem explorar uma pequena parte da área concedida, dando tempo para que a vegetação se regenere.
Edição: Aécio Amado

Fundo Nacional para Mudanças Climáticas é regulamentado

Christina Machado
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC) foi regulamentado hoje (27) com a publicação de decreto no Diário Oficial da União. Os recursos serão aplicados em ações de combate à desertificação, adaptação ao clima, promoção e difusão de tecnologias, incentivo às cadeias produtivas sustentáveis e pagamento de serviços ambientais.

Cerca de R$ 226 milhões já foram aprovados para o ano que vem. O decreto foi assinado ontem (26) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e o lançamento do Inventário Brasileiro de Emissões de CO2.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) fará parte do comitê gestor do fundo, que será composto por membros de 11 ministérios, da Casa Civil da Presidência da República, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de representantes de setores não governamentais.

O comitê vai se reunir a cada quatro meses para estabelecer diretrizes em relação à aplicação dos recursos, aprovar projetos de redução das emissões de carbono, recomendar estudo e pesquisas para subsidiar as políticas destinadas ao setor e autorizar relatórios de atividades.
Edição: Lílian Beraldo

Emissões brasileiras de gases estufa aumentaram cerca de 60% entre 1990 e 2005

Luana Lourenço e Yara Aquino
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - As emissões brasileiras de gases de efeito estufa aumentaram cerca de 60% entre 1990 e 2005, passando de 1,4 gigatoneladas para 2,192 gigatoneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente (medida que considera todos os gases de efeito estufa). O número foi apresentado hoje (26) pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, durante a reunião anual do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.

O novo inventário nacional de emissões será apresentado à Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas antes da próxima Conferência das Partes (COP), em novembro, em Cancún, no México. O balanço faz parte da Segunda Comunicação Nacional à Convenção – um relatório do que o Brasil tem feito para mitigar as causas e atenuar os impactos do aquecimento global.

EPA Issues New Emissions Limits for Heavy Trucks, Buses Starting in 2014

BY NEELA BANERJEE, Tribune Washington Bureau October 26, 2010
WASHINGTON -- The Obama administration announced new rules on Monday to reduce greenhouse gas emissions and other pollutants by requiring greater fuel efficiency for big trucks, buses and other heavy duty vehicles starting with new models in 2014.

The regulations, the first of their kind involving heavy vehicles, require them to reduce emissions by 20 percent by 2018, which would require increasing fuel efficiency to an average of about 8 miles per gallon – compared with about 6 miles per gallon now, experts estimate.

Trucks and other heavy vehicles make up only 4 percent of the U.S. vehicle fleet, but given the distance they travel, how much time they spend idling and their low fuel efficiency, they consume 20 percent of all vehicle fuel, according to Don Anair, a senior analyst with the Union of Concerned Scientists' Clean Vehicles Program.

Mobilidade urbana

25/10/2010

Muitos analistas econômicos e de negócios costumam dedicar o seu tempo para análises macroeconômicas, esquivando-se dos dados microambientas, em especial da infraestutura nacional, sendo o tema do momento a mobilidade urbana.

Ao avaliar os fluxos viários dos grandes centros brasileiros a lentidão é percebida de forma latente pelos individuos, sempre preocupados com o trânsito e seus desdobramentos, em relação aos compromissos assumidos e ganhos econômicos gerados. Segundo dados da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), a velocidade média em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, é de nove quilômetros por hora, sendo um verdadeiro absurdo. Andar a pé apresenta-se mais vantajoso do que as opções pelo transporte público ou particular.

Em função da proximidade para a Copa do Mundo, em 2014, o governo federal organizou o “PAC da Mobilidade”, isto é, um conjunto de investimentos e medidas necessárias para possíveis melhorias relacionadas ao transporte urbano, envolvendo um total de R$ 8 bilhões para os próximos anos. No entanto, algumas perguntas devem ser respondidas: seria este valor suficiente? Qual o planejamento para os BRTs (Bus Rapid Transit)? Existem incentivos fiscais para o setor de transportes? Seria útil avaliar a integração entre os modais de transportes? Deveria-se investir nos VLTs ou na expansão das linhas de metrô? Qual a solução para os estacionamentos urbanos?

CDM investors reject CER prices below €10.00/tCO2e

21 Oct 2010 15:29:37
Investors in the primary market for certified emission reductions (CERs) peg Year 2013 deliveries at €9.00-11.00/tonne of CO2 equivalent (tCO2e), according to an ICIS Heren poll.

Post-2012 prices in the CER market remain fragmented, with the value depending on where the project is based and what methodology it uses.

Most investors with presence on the ground say they are unwilling to sell below €10.00/tCO2e for "a quality project".

"I don't think you would get anything sold under €10.00/tCO2e," one source said. One buyer is rumoured to be on the look-out for post-2012 CERs for €9.00/tCO2e and failing to secure any volumes, he added.

Sources agreed that €9.00/tCO2e was a representative bid for Year 2013 CERs at present, around €3.00/tCO2e below current Year 2012 prices in the secondary market.

Lower price for greater risk
Some primary CERs might sell forward at a lower price than that, but only if they carry heavy counterparty, country and delivery risk.

A project without any financing in place in a country with low creditworthiness could sell credits at €7.00/tCO2e, but that would be a too speculative play for most investors, sources said.

Quality projects are those likely to be accepted by the EU even after 2012, so include renewable projects in countries that are either very poor or currently host very few clean development mechanism projects.

"The price depends on the quality of the CER you are holding. A biomass in Africa is worth more than €8.50/tonne - a large industrial gas project maybe isn't", one source said.

But while investors, often with niche carbon experience or acting on behalf of utilities, are reluctant to lower prices below €10.00/tCO2e, many buyers think this price is just too high for the risk of ending up with a CER that might not be valid under the EU Emissions Trading system (ETS).

Financials back out
Banks are backing out of the market, as their risk managers are unhappy about the exposure to political whims.

One banking source said he would not take up a long position in post-2012 CERs "for the foreseeable future" and could not imagine that many others would either. Investors on the ground were scathing of banks assessing the value of the market but "not putting their money where their mouth is."

Two-tier market
The diversifying risk is already starting to create tiers in the CER market, even for credits with delivery before 2012. Buyers are starting to ask for certain CERs and are ready to pay more for them.

This is linked to both delivery risk and the threat of a credit not being EU ETS eligible. Concern is also growing over the future of hydrofluorocarbon (HFC-23) CERs.

Brokers confirm they have been approached by customers looking to buy non-HFC-23 credits and are prepared to pay extra for the guarantee. Anecdotal evidence puts this premium at €0.10-0.20/tCO2e, or around 10% of the current benchmark CER price.

This is likely to keep CER liquidity in the over-the-counter (OTC) market. Various sources estimate that around 90% of CERs trading on exchanges come from HFC-23 projects, with no current filters in place to weed these out.

"There is already a premium on OTC CERs. If you buy a CER on an exchange, you have to factor in the risk that what you get is an HFC-23 CER," one source said. IS

Contra o CO2, o exemplo da Suécia

Le Monde Paris
A Suécia, que acaba de assumir a presidência da União Europeia (UE) por seis meses, procura convencer os parceiros europeus a seguir o seu exemplo e a instituir uma taxa sobre as emissões de carbono, para reduzir as emissões deste gás em todo o território da UE. Os suecos adoptaram esta medida fiscal em 1991, e estão certos da sua eficácia.

"A taxa sobre o carbono atinge muito mais descargas do que o regime de comércio de licenças de emissão de carbono”, garante o ministro sueco do Ambiente, Andreas Carlgren. “Mas atenção”, especifica Mattias Johansson, porta-voz do Ministério. “Não se trata de uma taxa europeia. Aos cépticos, que afirmam que este imposto mata o crescimento, os suecos respondem com um balanço: desde a introdução desta taxa, as descargas de gases com efeito de estufa na Suécia diminuíram em 9%, apesar de, no mesmo período, o crescimento económico ter sido de 48%. “Portanto, esta taxa não prejudica o crescimento”, conclui Mattias Johansson. A taxa sobre o carbono rende anualmente ao Estado sueco 15 mil milhões de coroas (mil e quatrocentos milhões de euros). Em 1991, quando foi lançada, o montante da taxa era 27 euros por tonelada de CO2. Hoje, atinge os 108 euros por tonelada.

Os sucessivos aumentos dos impostos sobre os combustíveis reduziram as descargas de CO2 ligadas aos transportes, um fenómeno que se deve essencialmente aos carros particulares. Todos os anos, entre 1990 e 2005, tem-se verificado uma redução que oscila entre os 1,5 milhões e os 3,2 milhões de toneladas. O Governo insiste no facto de os suecos se incluírem entre os europeus que emitem menos CO2 (6,7 toneladas anuais por habitante, contra a média da UE de 9,3 toneladas).

Em Estocolmo, considera-se que uma taxa sobre o carbono constitui um sinal político claro: o do princípio do poluidor-pagador. E a taxa é fácil de administrar, insistem os suecos. “Nós sempre sugerimos que se baixassem os impostos sobre o trabalho e se aumentassem os impostos sobre as descargas de CO2. É o que se tem vindo a fazer progressivamente. Mas pensamos que a taxa sobre o carbono ainda é demasiado baixa na Suécia”, afirma Anders Grönvall, porta-voz da Associação de Protecção do Ambiente, uma das organizações ecologistas mais poderosas da Suécia, que salienta que o actual Governo de centro-direita só muito recentemente se converteu à taxa sobre o carbono.

A Suécia está em melhor posição do que muitos outros países, em primeiro lugar porque a sua dependência do petróleo é menos forte, graças ao nuclear e às centrais hidroeléctricas que, no conjunto, produzem a quase totalidade da electricidade sueca. Mas também porque, juntamente com a Finlândia, a Suécia é o Estado que utiliza maior quantidade de combustíveis não fósseis, em especial biomassa florestal. Os combustíveis extraídos de recursos renováveis, como o etanol, o metano, os biocarburantes, a turfa e os resíduos, estão isentos da taxa sobre o carbono, o que favoreceu o recurso à biomassa para o aquecimento e a indústria. Desde o seu lançamento, passaram a ser raros os proprietários que aquecem as suas casas a gasóleo.

Há alguns anos, o Governo social-democrata tinha proposto que a Suécia se tornasse, até 2020, o primeiro país do mundo totalmente independente do petróleo. O Governo actual não foi ao ponto de adoptar a ideia como sua

Sustentabilidade aumenta valor de mercado em até 4%, diz estudo

Plantão Publicada em 25/10/2010 às 20h39m

Reuters/Brasil Online
SÃO PAULO (Reuters) - Projetos socioambientais aumentam em até 4% o valor de mercado das empresas, segundo um levantamento da consultoria espanhola Management & Excellence divulgado nesta segunda-feira.

A conclusão foi feita com base nos resultados de uma metodologia que cruza números de capitalização de mercado de empresas listadas no Dow Jones Sustainability Index World (DJSI) e no MSCI.

O DJSI, da Bolsa de Nova York, abrange 317 empresas de vários setores e regiões do planeta, selecionadas de acordo com o desempenho em 100 assuntos ligados a sustentabilidade. Já o MSCI, que tem na carteira algumas das maiores empresas abertas do mundo, não considera questões sobre o assunto.

As empresas também foram submetidas a uma avaliação de desempenho em 500 critérios em sustentabilidade, responsabilidade socioambiental, transparência e governança corporativa, escolhidos pela consultoria.

"O estudo apontou uma performance superior das empresas mais bem sucedidas nesses itens", disse à Reuters Bill Cox, presidente da M&E.

A consultoria ainda mediu os resultados práticos de projetos de sustentabilidade e detectou que o fluxo de caixa livre das empresas avaliadas ficou acima da média de suas concorrentes e que sua eficiência interna era superior.

Em totais, os investimentos feitos por essas empresas em treinamentos online para funcionários, por exemplo, renderam até 1.800% em um ano.

Um exemplo do resultado da aplicação desse método no Brasil, segundo a M&E, foi o Bradesco, que investiu R$ 380,6 milhões em projetos do setor no ano passado.

Segundo Angelica Blanco, diretora da M&E, o valor de mercado do banco foi incrementado em R$ 3,91 bilhões (3,8% do valor de mercado, com base nos números de 2009), devido aos resultados de projetos ligados a sustentabilidade.

"É um método estável de determinar o retorno exato de investimentos em sustentabilidade no fluxo de caixa livre da empresa", disse Angelica.

Licitação verde: sustentabilidade ambiental na aquisição de bens e serviços pela administração pública

Elaborado em 10/2010.
Katiane da Silva Olivei 
A Lei n° 8.666/93 – Lei de Licitações e Contratos, originalmente, não se preocupou em prevê critérios ambientais para orientar a compra de bens ou contratação de serviços pela Administração Pública. Pautava-se, basicamente, em garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a seleção da proposta mais vantajosa (menor preço) para a Administração. Posteriormente, foi incluído como objetivo da licitação, pela Medida Provisória n° 495/2010, a promoção do desenvolvimento social.

Em 19 de janeiro de 2010 foi publicada a Instrução Normativa SLTI/MP n° 01, que dispõe sobre critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela Administração Pública Federal.

Veja o que dispõe os arts. 1° a 3° da IN SLTI/MP n° 01/2010, in verbis:

Art. 1º Nos termos do art. 3º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, as especificações para a aquisição de bens, contratação de serviços e obras por parte dos órgãos e entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional deverão conter critérios de sustentabilidade ambiental, considerando os processos de extração ou fabricação, utilização e descarte dos produtos e matérias-primas.

Art. 2º Para o cumprimento do disposto nesta Instrução Normativa, o instrumento convocatório deverá formular as exigências de natureza ambiental de forma a não frustrar a competitividade.

Art. 3º Nas licitações que utilizem como critério de julgamento o tipo melhor técnica ou técnica e preço, deverão ser estabelecidos no edital critérios objetivos de sustentabilidade ambiental para a avaliação e classificação das propostas.

Adotou-se, portanto, a tendência contemporânea de preocupação com os interesses difusos, e em especial com o meio ambiente.

A noção de sustentabilidade ambiental é baseada na necessidade de se garantir a disponibilidade dos recursos da Terra hoje, assim como para as gerações futuras.

As licitações verdes [01] correspondem a uma forma de inserção de critérios ambientais e sociais nas compras e contratações realizadas pela Administração Pública, priorizando a compra de produtos que atendem critérios de sustentabilidade, como facilidade para reciclagem, vida útil mais longa, geração de menos resíduos em sua utilização, e menor consumo de matéria-prima e energia. Para isso, é considerado todo o ciclo de fabricação do produto, da extração da matéria-prima até o descarte. [02]

.Bicicletas, Transporte Urbano e Sustentabilidade

Sérgio Moraes
Hoje o debate urbanístico age sobre críticas à cidade modernista. Os planejadores urbanos contemporâneos inserem o discurso da “sustentabilidade” no debate do desenvolvimento e planejamento das cidades na busca de novos paradigmas dentro dos aspectos de uma economia sustentável para o planejamento urbano, ideia que lida basicamente com a necessidade de uma mudança de hábitos (de consumo) das populações, a necessidade de um controle do crescimento demográfico, a perspectiva temporal (para as gerações presentes e futuras) e uma reavaliação de escalas (pensar global, agir local).

Dentro desta perspectiva, fatores como a melhoria da qualidade do ar, a conservação de energia, a diminuição dos impactos gerados pelo trânsito, entre outros tópicos, são hoje enfrentados por diversos urbanistas em diferentes países numa tentativa de desenvolver programas urbanísticos de baixo nível de agressão ambiental.

Deve-se notar também que o conceito de sustentabilidade urbana implica em tópicos mais abrangentes que aqueles considerados dentro do conceito de sustentabilidade ambiental, uma vez que o meio ambiente das cidades deve desenvolver-se em âmbitos sociais, econômicos e políticos, além dos ambientais e ecológicos. Desse modo, o conceito vai buscar definir um desenvolvimento social e/ou econômico que melhore e não destrua o meio ambiente natural e construído.

Quais são os desafios da mobilidade urbana no Brasil?

Além da superlotação e da precariedade do transporte o tempo médio das viagens que era de 20 minutos, em algumas cidades, aproxima-se dos 40
Raquel Rolnik
O tema da mobilidade urbana vem sendo pouco discutido nestas eleições. Mas acho que este é um assunto que interessa a todos nós. Para se ter uma ideia, do total de viagens realizadas no país, 41% não são motorizadas, ou seja, são feitas a pé ou de bicicleta. E pedestres e ciclistas sofrem com a ausência de políticas públicas nesta áreas. Um dado impressionante é que o Brasil tem praticamente o mesmo número de usuários de transporte individual – carro, moto – e coletivo – ônibus, trem, metrô. Cada um representa cerca de 30%.

Nas cidades com mais de um milhão de habitantes, no entanto, o transporte público é responsável por uma parcela maior do deslocamento, entre 36 a 40%. Mas infelizmente é no transporte público que as viagens são mais demoradas. O tempo médio é de vinte minutos, sendo que em algumas cidades esse tempo está chegando a quarenta minutos. E essa á uma das principais queixas dos usuários, além da superlotação e da precariedade do transporte.

Por um Brasil sustentável

Especialistas de diferentes áreas são unânimes em afirmar que o maior desafio para um Brasil com desenvolvimento sustentável é o da educação de qualidade para todos os brasileiros.

Mozart Neves Ramos
Conselheiro do Todos pela Educação, membro do Conselho Nacional de Educação e professor da UFPE.
Especialistas de diferentes áreas são unânimes em afirmar que o maior desafio para um Brasil com desenvolvimento sustentável é o da educação de qualidade para todos os brasileiros. Isso é um importante recado para os próximos governantes e parlamentares eleitos em 2010. A pujança do atual momento econômico fez do Brasil um dos primeiros países, no rol das grandes economias, a sair da recente crise global, devendo ter um crescimento do PIB superior a 7%. A educação brasileira, se não vive o mesmo céu de brigadeiro da economia, vem melhorando, de forma sistemática, ao longo dos últimos 15 anos.

O Brasil tem hoje, por exemplo, dois importantes sistemas de apoio à melhoria da qualidade do ensino, o de avaliação (Prova Brasil e Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, Ideb) e o de financiamento (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, Fundeb). O drama é que a velocidade da melhoria está aquém das necessidades do país, em face das inúmeras janelas de oportunidades geradas por essa nova economia. Além disso, a educação tem um papel estratégico que afeta decisivamente as outras políticas sociais e seu desenvolvimento. E é nesse sentido que precisamos entender o caráter de urgência da educação no país.

Preparo do solo em canavial pode aumentar emissões

Data: 25/10/2010 21:26
Por: Redação TN /Alícia Nascimento Aguiar, Esalq
Pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, pela engenheira agroecóloga Adriana Silva-Olaya avaliou o efeito do preparo do solo para o cultivo de cana-de-açúcar sobre as emissões de CO2 quando este é realizado na presença ou ausência de palha na superfície do solo, considerando o crescente interesse da utilização da palhada com fins energéticos. “Uma pequena variação no carbono acumulado poderia resultar em mudanças consideráveis na concentração atmosférica de CO2 “, ressalta a pesquisadora.

O preparo do solo para o plantio de cana muda a quantidade de CO2 emitido“Atualmente, 50% da área total de cana-de-açúcar é colhida mecanicamente, prática que além de evitar emissões decorrentes da queima da biomassa vegetal, favorece o incremento no estoque de carbono do solo”, relata a autora do trabalho. O estudo aponta que o cultivo do solo por tecnologia de aração e outros processos de preparo incrementam a mineralização do carbono orgânico do solo (COS) e as emissões de CO2. O acúmulo de COS pode ser diminuído durante a reforma do canavial dependendo do sistema de preparo utilizado.

A decomposição da matéria orgânica do solo é aumentada pela perturbação física causada pelo preparo, a qual provoca a quebra dos macroagregados e expõe o carbono protegido no interior deles à atividade microbiana. “Diante dessa situação, esse estudo se propôs quantificar as emissões de CO2 derivadas de três sistemas de preparo do solo utilizados durante a reforma dos canaviais no estado de São Paulo, assim como avaliar a influência da palha nesses processos de emissão”, explica a pesquisadora.

Novo consumidor quer produtos sustentáveis

"...Roberto Müller: O que representa sustentabilidade na cabeça do consumidor?


Marcos Gouvêa de Souza: Esse foi o ponto de partida das nossas preocupações. O tema sustentabilidade vem sendo de fato muito explorado. É presença constante na mídia e nos interessou muito discutir que impacto isso tem e terá no comportamento do consumidor: nos seus hábitos, nas suas atitudes, nas suas preferências. Nós temos um evento anual, que é o fórum de varejo da América Latina, que é considerado, do ponto de vista estratégico, o evento mais relevante que se faz na América Latina no setor de varejo. E este ano ele ocorreu nos dias 19 e 20 de outubro no hotel Transamérica, em São Paulo. Para tema central deste ano foi eleita a sustentabilidade. Para que não ficássemos no plano das opiniões, nós desenvolvemos uma pesquisa que envolveu 17 países -como Índia, Japão, EUA, Inglaterra, França, Espanha, México, Portugal, Chile e Turquia, entre outros- para entender como o consumidor vê o tema da sustentabilidade e como essa sua percepção e seu entendimento geram mudanças no seu comportamento e como isso é diferente do que ele fazia anteriormente. Nós estamos na fase de análise da pesquisa e é muito interessante perceber, em primeiro lugar, como sustentabilidade quer dizer tudo e quer dizer nada ao mesmo tempo. Porque é um tema que ainda é hermético para o consumidor. O outro aspecto que nós identificamos é que existe uma curva de aprendizagem e uma curva de maturidade daquilo a que chamamos de metaconsumidor. O metaconsumidor seria aquele consumidor que, além do benefício econômico, tem uma preocupação adicional com a origem desse produto, e nós percebemos que o primeiro momento dessa curva de aprendizagem é o estágio da sensibilidade. "Eu estou ouvindo falar nesse tema, e repito coisas mesmo que eu não entenda nenhuma profundidade sobre o significado real de tudo isso", é o que pensa o consumidor nessa fase, que é um estágio que estamos vivendo de forma ampla no mercado hoje. O estágio final -nós identificamos cinco estágios- é o estágio da advocacia em relação ao tema, que é quando ele se torna um defensor e o seu comportamento é fortemente influenciado pelo que ele percebe e pelo que ele comprova em relação a isso. E o outro aprendizado que temos nesse processo, usando os dados de uma pesquisa que foi feita nos EUA: o consumidor norte-americano aceita pagar uma média ponderada de até 6% a mais em um produto quando ele percebe benefícios ligados a consumo consciente, sustentabilidade. Esse estudo, estamos fazendo pela primeira vez no Brasil, e vamos ter esta medida a partir de agora, além de repetir este estudo a cada dois anos. A predisposição de pagar um pouco mais ainda é pequena, mas a atitude de rejeição é muito mais forte.

Márcio Rodrigues: A pesquisa foi feita em diversos países, alguns desenvolvidos, outros, emergentes. Há uma diferença muito grande de percepção de sustentabilidade dentro destes dois polos?

Marcos Gouvêa de Souza: a hipótese que nós temos trabalhado é de que essa consciência e atitudes ligadas a sustentabilidade são fortemente impactadas por variáveis e, de uma forma ou de outra, acabam definindo o nível socioeconômico do País. O nível de educação, a maturidade do consumidor, a competitividade do mercado, a renda per capita. Então, esses elementos acabam determinando, mais do que o nível econômico do país, o socioeconômico, e acabam criando as diferenças.

Milton Paes: No Brasil, apesar de toda a desigualdade há outras questões que contam. Na bolsa de valores, esse novo mercado é um paradigma sobre a empresa ser sustentável. É verdade a afirmação de que as empresas mais preocupadas com a questão da sustentabilidade passam a ter cada vez mais valor de mercado?

Marcos Gouvêa de Souza: Sem dúvida nenhuma passam a ter maior valor de mercado, o mercado já está reconhecendo. A dimensão com que isso merecia ser considerado eu não saberia dizer ainda, mas é inegável que o volume de informações que se disponibilizam, o processo de informação que tem acontecido e o fato de que alguns fundos internacionais, por exemplo, têm hoje de avaliar práticas ligadas a sustentabilidade antes de definir em quais empresas investirão, faz com que se comece a desenhar uma nova realidade de mercado. São justamente esses os aspectos que nós estamos querendo trazer para discussão, para que se veja de forma mais abrangente o impacto da sustentabilidade nos negócios, não só a partir do que nos parece vital, que é o comportamento do consumidor, mas, de fato, e até de maneira mais abrangente, quais movimentos econômicos e de negócios isso precipita. "... ( continua)

Acesse aqui a entrevista na integra.

A escola, o emprego, a renda, a violência, artigo de Washington Novaes

[O Estado de S.Paulo]
O Brasil tem vivido embalado, nos últimos tempos, pelas animadoras notícias de redução da miséria, da pobreza e do desemprego, graças às políticas sociais e econômicas dos últimos governos.

Produzem um choque, por isso, as informações do Ipea e do IBGE (Estado, 12/10) de que entre agosto de 2004 e agosto último a taxa de desemprego dos 20% mais pobres da população (renda per capita domiciliar abaixo de R$ 203,3 mensais) aumentou de 20,7% para 26,27%. No mesmo período, a desocupação dos 20% de renda maior (acima de R$ 812,3 mensais) caiu de 4,04% para 1,4% – ou seja, caiu 67,9%. E as causas são claras, segundo Márcio Pochmann, do Ipea: dificuldades relacionadas com baixa escolaridade, num momento em que “a competição é por trabalhadores qualificados”.

Tratamento de resíduos sólidos é desafio para governantes e sociedade

Acabar com os grandes depósitos de lixo que existem no país, os chamados lixões, e promover o tratamento dos resíduos sólidos de forma adequada é o grande desafio do país e uma das prioridades da agenda ambiental. O problema – a destinação dos resíduos sólidos – voltou aos grandes debates nacionais com a aprovação, em agosto, da Política Nacional sobre Tratamento de Resíduos Sólidos, que estava em tramitação há 19 anos no Congresso Nacional.


O diretor do Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do Ministério do Meio Ambiente, Geraldo Abreu, deu destaque à importância da conscientização de gestores e da sociedade sobre o tema em palestra, na semana passada, no 1º Fórum sobre Resíduos Sólidos da Universidade de Brasília (UnB), na Faculdade de Educação.

Em 2030, a energia eólica satisfará 22% das necessidades energéticas mundiais

Publicado em 22 de October de 2010. Tags: energia eólica
Dentro de dez anos, a electricidade produzida a partir do vento irá satisfazer cerca de 12% das necessidades energéticas mundiais, segundo um estudo realizado pelo Global Wind Energy Council e pela Greenpeace.

Segundo o relatório, citado no Diário Económico, o cenário a 20 anos diz ainda que este valor poderá disparar até aos 22%. Com presença em 75 países, a energia eólica poderá alargar-se a mais regiões, sendo a China um dos mercados mais apetecíveis do momento.

De acordo com o relatório, porém, o petróleo vai continuar durante as próximas décadas a ser o principal combustível, um estatuto reforçado pelas recentes descobertas realizadas em águas ultra-profundas. A pesquisa que originou estas descobertas, recorde-se, só se tornou concretizável com o aumento recente do preço do barril de crude.

De acordo com Nobuo Tanaka, presidente da Agência Internacional de Energia (AIE), cerca de metade do fornecimento mundial de petróleo será proveniente da produção offshore em 2015 – quando hoje este número não chega a um terço.

Esalq recebe inscrições para workshop sobre florestas e carbono

Agência USP
Para discutir conhecimentos e questões atuais a respeito de projetos e metodologias de restauração florestal com fins de sequestro e mercado de carbono, será realizado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP em Piracicaba, no dia 3 de novembro, o Workshop em restauração florestal e sequestro de carbono. O evento, que começa às 8h30, é dirigido a estudantes, profissionais e demais interessados no tema.

A organização é do Núcleo de Apoio às Atividades de Cultura e Extensão Universitária em Educação e Conservação Ambiental (Nacepteca) da Esalq, com apoio da empresa de energia AES Tietê, além do Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais (Ipef) e da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq), entidades ligadas a Esalq.

As inscrições devem ser feitas até 28 de outubro pelo email eventos@ipef.brEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. .

Com informações da Assessoria de Comunicação da Esalq
Mais informações: (19) 3429-4268 begin_of_the_skype_highlighting (19) 3429-4268 end_of_the_skype_highlighting ramal 235

Cargill entra em biodiesel no Brasil com usina no MS

Plantão Publicada em 22/10/2010 às 13h51m
Reuters/Brasil Online
SÃO PAULO (Reuters) - A Cargill construirá a sua primeira usina de biodiesel no Brasil no município de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, onde investirá cerca de 130 milhões de reais em uma unidade com capacidade para a produção de 200 mil toneladas do biocombustível, segundo nota da empresa divulgada nesta sexta-feira.

"(...) A nova fábrica funcionará anexa à atual unidade de esmagamento de soja da Cargill (em Três Lagoas) e terá capacidade anual de produção de 200 mil toneladas de biodiesel", afirmou a companhia, sem dar mais detalhes em comunicado.

A unidade deve começar a operar em 2012.
A exemplo do que deverá ocorrer com a Cargill, outras companhias do setor no país utilizam a soja como a principal matéria-prima para a produção de biodiesel -cerca de 85 por cento da produção do biocombustível no país é feita com a oleaginosa.

Caderno de Sustentabilidade >>. Tn sustentavel


A noção de felicidade, atrelada à ideia de abundância, gera um grande equívoco na sociedade, levando as pessoas ao consumo desmedido e, consequentemente, ao desperdício.

O relatório ‘Estado do Mundo – 2010’, lançado recentemente pelo Instituto Akatu e o Worldwatch Institute (WWI), que tem por objetivo promover a reflexão sobre os graves problemas do mundo em que vivemos, mostra que, além de excessivo, o consumo é desigual: em 2006, os 65 países com maior renda e que somam 16% da população mundial foram responsáveis por 78% dos gastos em bens e serviços. Somente os norte-americanos (apenas 5% da população mundial) respondem por 32% do consumo global. Essa desigualdade é a fonte de muitos conflitos relacionados ao acesso à água, alimento, moradia e tantos outros bens essenciais à vida humana.

Audiência pública debaterá mobilidade urbana para a copa em MT

Fonte: Só Notícias/Alex Fama

A Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal (Agecopa) fará audiência pública para apresentação do Plano de Mobilidade Urbana na região metropolitana de Cuiabá. O evento está marcado para acontecer no dia 19 de novembro, às 9h, no auditório da Assembleia Legislativa, em Cuiabá. O aviso de audiência foi publicado no Diário Oficial do Estado que circula hoje.

Serão apresentadas e discutivas as propostas para o novo sistema de transporte coletivo e as intervenções viárias agregadas aos principais corredores de tráfego das cidades de Cuiabá e Várzea Grande. Em agosto, a Assembleia Legislativa aprovou a contratação de empréstimos no valor de R$ 1,1 bilhão, pela Agecopa visando preparar Cuiabá para ser subsede da Copa do Mundo de 2014.

Recentemente, o governo do Estado já conseguiu o financiamento com a Caixa Econômica Federal, de R$ 454 milhões, para obras de mobilidade urbana em Cuiabá e Várzea Grande como a implantação do corredor de trânsito (BRT) ligando o aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, à avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA-Cuiabá). O outro ramal do BRT (Bus Rapid Transit) ligará o centro da capital ao Coxipó, além da duplicação da rodovia e da ponte Mário Andreazza.

Não há condições para novo acordo climático em Cancún, diz diplomata

Chanceler Patricia Espinosa descartou pacto para reduzir gases-estufa.COP 16 só deve elaborar 'agenda básica' para 'prosseguir negociações'.
Da AFP
Chanceler mexicana já descartou resultados práticos na COP 16, quase um ano depois do fracasso da COP 15, em Copenhague

A chanceler mexicana, Patricia Espinosa, disse nesta segunda-feira (18) que "não estão dadas as condições" para se adotar um novo acordo de redução de emissões de gases-estufa na próxima Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 16), prevista para começar em 29 de novembro em Cancún, leste do México.

CRIANÇA E CONSUMO >>> ALANA

Hidrogênio energético: no rumo da competitividade

Da Agência Ambiente Energia
- O país ganhou uma referência na corrida para entrar de vez na economia do hidrogênio. O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), órgão ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), publicou o estudo “Hidrogênio energético no Brasil – subsídios para políticas de competitividade 2010-2025″. O objetivo do trabalho é oferecer elementos para definir ações e políticas públicas para o desenvolvimento e adoção de tecnologias do hidrogênio. A elaboração do estudo envolveu o trabalho de uma série de especialistas.

Segundo o CGEE, o estudo tem como linhas principais propostas para o incentivo à economia do hidrogênio; à produção do hidrogênio; ao desenvolvimento da logística do hidrogênio; e aos sistemas de utilização do hidrogênio. Com um horizonte de 15 anos, as propostas apresentadas pelo documento estabelecem ações para curto prazo (0 a 5 anos); médio prazo (5 a 10 anos); e longo prazo (10 a 15 anos).

O estudo apresenta ainda a percepção das oportunidades para o Brasil, sendo que o incentivo destas tecnologias por meio de instituições governamentais e empresariais deve propiciar ganhos consideráveis na forma de diminuição de impactos ambientais na geração e utilização de energia; aumento da segurança energética; melhoria do aproveitamento dos recursos naturais; desenvolvimento regional; desenvolvimento de parque industrial competitivo; geração de empregos

Hidrogênio: um mercado comparável ao do petróleo

Por Júlio Santos, da Agência Ambiente Energia
– A corrida para a economia do hidrogênio já superou muitas etapas, como mostra a evolução desta tecnologia nos Estados Unidos, Japão e países da Europa. Apesar de ainda mais distante nesta caminhada, o Brasil vem, nos últimos anos, procurando fazer a lição de casa para ser um competidor de renome. Só que algumas barreiras precisam ficar para trás, segundo Paulo Fabrício Palhavam Ferreira, consultor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) na elaboração do estudo “Hidrogênio energético no Brasil – Subsídios para políticas de competitividade: 2010-2025″.

“Ainda necessitamos de grandes esforços em pesquisa e desenvolvimento, se desejamos nos tornar detentores desta tecnologia. O arcabouço regulatório ainda é muito pequeno e a indústria nacional necessita de incentivos para desenvolver esta tecnologia”, aponta ele nesta entrevista, exclusiva ao Portal Ambiente Energia. Para Paulo Palhavam, a economia do hidrogênio pode, no futuro, representar um mercado comparável ao do petróleo.

Agência Ambiente Energia – Na concepção do estudo, que fatores ou condicionantes foram levados em conta?

Paulo Fabrício Palhavam Ferreira - O estudo levou em consideração os principais documentos brasileiros referentes à tecnologia do hidrogênio, isto é o Roteiro para a Estruturação da Economia do Hidrogênio no Brasil (MME, 2005) e o Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação para a Economia do Hidrogênio (ProH2, MCT, 2002). O estudo manteve as principais conclusões obtidas nos documentos oficiais tais como tecnologias e aplicações prioritárias.

Carbono: Manter a floresta em pé será um bom negócio

Qua, 20 de Outubro de 2010 20:43
Mircléia Matos - Agência Aleac

A sessão desta quarta-feira, 20, foi dedicada exclusivamente à apresentação de um projeto de lei encaminhado pelo Poder Executivo que cria uma forma de remunerar os produtores do Acre pela preservação da floresta. Considerado pioneiro no Brasil, o projeto institui o “Sistema Estadual de Incentivo a Serviços Ambientais (SISA) e o Programa de Incentivo a Serviços Ambientais – Carbono”.

O projeto tem como objetivo atrair investidores mundiais, incluindo empresas e governos de países industrializados, que precisam compensar suas excessivas emissões de gases que causam o aquecimento do planeta, o chamado Efeito Estufa. Uma das formas de compensação é o pagamento para os proprietários rurais que, por lei, são obrigados a manter 80% de suas terras sem desflorestar, as chamadas reservas legais, responsáveis pela captura do gás carbônico e pela liberação do oxigênio.

De acordo com o presidente da Aleac, Edvaldo Magalhães, o projeto vai ser debatido e, talvez, votado ainda na sessão desta quinta-feira, 21, dependendo de acordo entre as lideranças dos partidos. “Este é um dos projetos mais importantes que a Casa já debateu nos últimos 12 anos. Vamos ampliar o debate e vamos votar, pois queremos fazer história nesta área de sequestro de carbono”, declarou.

Água para 123 milhões de brasileiros depende da Mata Atlântica

Por clipping
A Mata Atlântica apresenta hoje a área de vegetação nativa brasileira mais devastada do País. Reduzida a apenas 27% de sua cobertura original, ainda é uma das regiões do mundo mais ricas em diversidade biológica, embora dados apresentados pela SOS Mata Atlântica assegurem que apenas 7,26% de seus remanescentes permanecem bem conservados.

Sua manutenção e preservação deixou de ser uma prioridade restrita aos ambientalistas. Agora, depende do envolvimento de todos os setores produtivos, econômicos e sociais do Brasil, uma vez que em seus limites vivem 123 milhões de pessoas – 67% de toda a população brasileira.

Esse número expressivo de habitantes necessita da preservação dos remanescentes de vegetação nativa, dos quais depende o fluxo de mananciais de águas que abastecem pequenas e grandes cidades.

As áreas de cobertura vegetal nativa que ainda restam prestam serviços ambientais importantes, como a proteção de mananciais hídricos, a contenção de encostas, a temperatura do solo e a regulação do clima, já que regiões arborizadas podem reduzir a temperatura em até 2º C.

Segundo um estudo da entidade WWF, mais de 30% das 105 maiores cidades do mundo dependem de unidades de conservação para garantir seu abastecimento de água. As matas ciliares, nome dado ao conjunto de vegetação localizada às margens dos cursos de água, foram avaliadas como comprometidas na Mata Atlântica. São fundamentais para a proteção e preservação da diversidade da flora e fauna, pois além de evitar o agravamento de secas e o aumento das enchentes, também funcionam como corredores para que animais e sementes possam transitar entre as áreas protegidas e garantir a alimentação e variabilidade genética das mais diferentes espécies.

As áreas bem conservadas e grandes o suficiente para garantir a biodiversidade e manutenção da Mata Atlântica a longo prazo não chegam a 8% de sua cobertura vegetal original. A região continua a sofrer sérias ameaças, que podem se agravar caso o Código Florestal brasileiro sofra alterações que não garantam a utilização responsável e sustentável de seus recursos naturais.

Além de reduzidos, os remanescentes estão fragmentados e se distribuem de maneira não uniforme ao longo do território, fator que compromete a perpetuidade de espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção.

Hotspot - Especialistas estimam que a Mata Atlântica, considerada um hotspot (área prioritária para conservação, com alta biodiversidade e endemismo e ameaçada no mais alto grau) possua mais de 20.000 espécies de plantas, aproximadamente 35% de toda a flora existente no País.

Segundo dados da Conservação Internacional (CI), trata-se do hotspot número 1 entre as regiões monitoradas em todo o mundo. Levantamentos indicam que sua área abriga 849 espécies de aves, 370 de anfíbios, 200 de répteis , 270 espécies de mamíferos e cerca de 350 espécies de peixes. Outro dado alarmante: das 472 espécies ameaçadas de extinção em todo o território nacional, 276 (mais de 50%) estão na região.

“As ações de proteção do MMA direcionadas à Mata Atlântica incluem o aperfeiçoamento da legislação, com a aprovação da Lei da Mata Atlântica e a instituição de projetos e programas de conservação e recuperação de mata nativa”, afirma o coordenador do núcleo Mata Atlântica do MMA, Wigold Schaffer. “Também envolvem o monitoramento e fiscalização dos desmatamentos e queimadas, a criação e implementação de unidades de conservação e a ampliação de parcerias com instituições públicas e privadas da sociedade civil.”

Considerada por especialistas como um avanço na legislação ambiental brasileira, a Lei da Mata Atlântica (nº 11.428/2006) e sua regulamentação possuem regras claras e incentivos para que a conservação, proteção, regeneração e utilização sustentável de seus componentes sejam implementadas.

Schaffer explica que uma das principais metas do Governo Federal é transformar pelo menos 10% da área total da região em unidades de conservação (UCs) de proteção integral e uso sustentável. Atualmente, existem 123 UCs federais e 225 estaduais na Mata Atlântica, o que resulta em quase 1,7 milhão de hectares transformados em áreas de proteção integral (3%) e pouco mais de 2 milhões de hectares de áreas de uso sustentável.

Ameaça - Dentre as espécies de flora ameaçadas em seus limites, destacam-se o pau-brasil, araucária, palmito-juçara, jequitibá, jaborandi, jacarandá e imbuia, além de orquídeas e bromélias.

Com relação à fauna, das 202 espécies de animais consideradas oficialmente ameaçadas de extinção no País, 171 eram da Mata Atlântica. Das 20 espécies de répteis ameaçadas no Brasil, 13 ocorrem neste bioma. Entre os animais terrestres que ocorrem na região sob alto risco de extinção, 185 são vertebrados (quase 70% do total ameaçado no Brasil), entre eles 118 aves, 16 anfíbios, 38 mamíferos e 13 répteis.

Alguns deles ficaram bastante conhecidos após campanhas de preservação, como o mico-leão-de-cara-dourada, mico-leão-da-cara-preta, a saíra-sete-cores, papagaio-da-cara-roxa e o tatu-bola.

Além da perda de hábitat, as espécies da Mata Atlântica são vítimas do tráfico de animais, comércio ilegal que movimenta no mundo US$ 10 bilhões por ano.

Fatores de perda – Entre os fatores de destruição da vegetação nativa da Mata Atlântica constam a expansão da pecuária bovina, a implantação de monoculturas agrícolas, o reflorestamento com espécies exóticas, a abertura de novas fronteiras de agricultura e de ferrovias e rodovias sem estratégias sustentáveis.

O avanço desordenado das cidades, empreendimentos e grandes obras de infraestrutura, bem como a mineração e a exploração madeireira também contribuíram para a degradação da cobertura vegetal original.

De 2005 a 2008, os estados que mais desmataram foram Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia, responsáveis por mais de 80% do total de desmatamento ocorrido no período.

Em 2006, o MMA indicou 880 áreas prioritárias para conservação distribuídas em 429 mil km2 de Mata Atlântica. Desse total, 522 são áreas novas e 358 já possuem algum tipo de proteção.

Corredor Ecológico - O conceito de corredor ecológico ou corredor de biodiversidade se refere a extensões significativas de ecossistemas nos quais ocorre o fluxo de indivíduos e genes entre áreas remanescentes de ecossistemas, unidades de conservação e áreas protegidas. Aumentam, assim, a probabilidade de sobrevivência das diferentes espécies que neles habita, e asseguram a manutenção de processos evolutivos em larga escala.

O Corredor Central da Mata Atlântica, localizado nos estados da Bahia e Espírito Santo ao longo da costa atlântica, estende-se por mais de 1.200 km no sentido norte-sul, e foi implementado desde março de 2002. O corredor agrega ecossistemas aquáticos de água doce e marinhos (dentro da plataforma continental).

O projeto conta com a assistência técnica da Cooperação Brasil-Alemanha (GTZ) e com investimentos do banco alemão KFW e da União Europeia. Também atuam em projetos de conservação da região a Fundação SOS Mata Atlântica, Conservação Internacional, WWF, Mater Natura e outras entidades não-governamentais.

Outra grande área de preservação dentro dos limites da Mata Atlântica é o Corredor da Serra do Mar, que cobre cerca de 12,6 milhões de hectares, do Paraná ao Rio de Janeiro, englobando as serras do Mar e da Mantiqueira.

Bom exemplo - Quando adquiriu a Fazenda Bulcão, em Aimorés (MG), o fotógrafo Sebastião Salgado encontrou uma propriedade quase totalmente formada por pasto degradado. Com o processo de recuperação da área, realizado pelo Instituto Terra, o local foi transformado em Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), e a fazenda foi tornou-se a primeira RPPN recuperada de área degradada na Mata Atlântica.

Nela já foram plantadas mais de 1 milhão de mudas nativas desde 1999. Como resultado, o fluxo de água da região ficou mais homogêneo ao longo do ano, e foram cadastradas sete nascentes que ainda não haviam sido identificadas no Córrego do Bulcão, que passa dentro da propriedade. O local funciona também como corredor ecológico e referência de envolvimento social na preservação da Mata Atlântica.

Definição e abrangência - A Mata Atlântica é composta por um conjunto de formações florestais, campos naturais, restingas, manguezais e outros tipos de vegetação que são considerados ecossistemas associados e compõem diferentes paisagens. Essas formações cobriam originalmente total ou parcialmente 17 estados brasileiros e abrangiam uma área de aproximadamente 1,3 milhão de quilômetros quadrados.

Ilhas oceânicas também se agregam aos seus domínios, além dos encraves de Mata Atlântica – como formações florestais e brejos interioranos – existentes em meio a outros biomas. As limitações da região estão estabelecidas no Mapa da Área de Aplicação da Lei nº11.428/2006, do IBGE, que pode ser encontrado nos sites www.ibge.gov.br ou www.mma.gov.br. (Fonte: MMA)

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